Arthur acompanhou com um comentário irônico:- Ademir, você quer um conselho? É melhor você se separar logo de Gabriela, senão você só vai se humilhar!Diante disso, Ademir nem se deu ao trabalho de responder, apenas continuou a beber seu chá calmamente.No entanto, essa atitude arrogante só fez aumentar a antipatia dos demais.- Não estava todo arrogante agora pouco? Por que está tão calado agora? Isso é tudo que você é capaz? - Lívia zombou com um sorriso frio.Para ela, era claro que o adversário estava se sentindo envergonhado.- Deixa pra lá, vamos manter a nossa dignidade, senão, daqui a pouco, ele vai ficar furioso. - Heitor brincou com um sorriso zombeteiro.Um inútil que sabe alguns truques de briga, Ademir realmente não o levava a sério.- E quem é aquele? Tão bonito e com tanto charme. – Disse Lívia.Naquele momento, Lívia parecia ter visto algo, apontando de repente para a porta.Todos olharam na direção que ela apontava, todos viram um homem elegante segurando um leque, ca
- O quê?Heitor e seus companheiros ficaram pasmos ao ver o respeitoso e cortês tratamento do Elder para com Ademir.Os olhos deles se arregalaram em descrença.O jovem mestre da família Moraes, um dos dez notáveis jovens da Província N, aclamado como um nobre de elite, estava recebendo um inútil com um sorriso?Isso era impossível!- Não pode ser! O Ademir conhece o Sr. Elder? - O sorriso no rosto de Lívia se petrificou.Ela pensava que Elder tinha aparecido por causa de Heitor, mas para a sua surpresa, Ademir era o verdadeiro objetivo dele.E pela aparência, a relação entre eles parecia ser muito boa.- Por que diabos esse garoto conhece o Sr. Elder?! - Surpreso, Arthur sentiu mais inveja do que choque.Um inútil, que direito tinha ele de fraternizar com a nobreza?- Como isso é possível? - Heitor ficou paralisado, com um olhar de total surpresa.Ser ignorado por Elder era uma coisa, mas Heitor simplesmente não podia aceitar que alguém que ele mesmo aspirava conhecer tratasse Ademir
- Venham, aproximem-se todos para um brinde!Edson segurava a taça com ambas as mãos, varrendo o olhar por todos ao seu redor, e em seguida, ele esvaziou o copo com um só gole.Ao ver isso, todos se levantaram e ergueram suas taças em resposta.Depois de feitas as cordialidades iniciais, rapidamente chegou a hora dos presentes.- Sr. Edson, esse é um cavalo dourado que eu criei cuidadosamente para você, que todos os seus desejos se realizem!- Sr. Edson, este Pingente de jade era um adorno exclusivo dos antigos príncipes chineses, espero que você goste.- Sr. Edson, esta pintura é uma obra genuína de um grande artista, uma verdadeira raridade. Aqui, fica meu desejo de saúde e felicidade constante!Um após o outro, os convidados avançaram com seus presentes, começando a despejar felicitações.Havia muitos ricos e poderosos presentes.O ato de dar presentes subentendia uma competição e uma comparação.Quem desse o presente mais valioso e mais raro ganharia o maior prestígio.Por um lado,
- Qual é a situação?Enquanto observavam a liteira sendo trazida para dentro, as pessoas trocavam olhares perplexos e começavam a cochichar entre si.Hoje não é o aniversário de cinquenta anos do Edson?O que o Samuel está tentando dizer trazendo uma liteira até aqui?Ele está tentando causar confusão de propósito?- O que você quer dizer com isso? - O sorriso de Edson lentamente desvaneceu.Ele não esperava que Samuel fosse tão decisivo, indo direto ao ponto, sem rodeios.- De acordo com o compromisso matrimonial, hoje, eu vim para me casar com Gabriela. - Disse Samuel, serenamente.- Compromisso matrimonial?- Não pode ser? O Samuel e a Gabriela já estão noivos?- Eles são muito compatíveis, não é estranho eles estarem noivos, mas essa maneira de receber a noiva é um pouco abrupta demais.As pessoas comentavam, com surpresa, com dúvida, inveja e curiosidade.Um casamento no dia do aniversário.Era a primeira vez que eles presenciavam tudo aquilo.- Vamos falar sobre o compromisso mat
Naquele momento, Henrique deu um tapa na mesa e se levantou, gritando furiosamente:- Samuel! Não pense que porque você tem um pouco de habilidade, pode vir aqui e causar essa confusão. A família Ribeiro não é qualquer “clãzinho” que você pode intimidar quando bem entender.- E quem é você? Que direito você tem de dirigir a palavra a mim? - Samuel olhou para Henrique friamente.- Escuta aqui! - Henrique estufou o peito, altivo. - Meu nome é Henrique, agora sou um oficial de alta patente no Exército Tigre, lutei em inúmeras batalhas, abatendo centenas!- Um mero oficial, você nem sequer é um general, de onde vem toda essa coragem, como você ousa ser tão arrogante na minha frente? - Disse Samuel, com desdém.- Embora eu seja apenas um oficial, minha general é a Débora, a Deusa da Guerra! Duvido que você tenha coragem de desafiá-la! - proclamou Henrique, orgulhoso.- Débora?Samuel arqueou levemente a sobrancelha, e um vislumbre de emoção finalmente apareceu em seu rosto.Como a primeira
- O quê?Ao ver Henrique gravemente ferido no chão, todos ao redor ficaram pasmos.Ninguém esperava que Samuel, com um simples gesto, tivesse derrotado um alto oficial do Exército Tigre.Será que ele era forte demais?O mais crítico era que o superior de Henrique era a Débora, a Deusa da Guerra.Ao ferir alguém em público, Samuel não estaria desafiando a própria Deusa da Guerra?Será que ele era insolente demais ou apenas destemido?- Audacioso, Samuel! Você ousa ferir um membro da família Ribeiro, pensa que não temos ninguém para nos defender?! Após um breve momento de choque, os membros da família Ribeiro se levantaram furiosos, batendo na mesa.Ser desrespeitado dessa forma era algo intolerável.- Samuel! Sou um oficial do Exército Tigre, você não terá o perdão da Débora, por me ferir!Henrique se levantou cambaleante, ao mesmo tempo chocado e furioso.Desde pequeno, ele era dotado de um talento excepcional e uma compreensão brilhante, tais competências o fizeram se tornar um mestr
Samuel pisou com força no chão, e uma violenta energia vital verdadeira atingiu Henrique.Henrique foi forçado a recuar repetidamente, vomitando mais um bocado de sangue.- Você... - Ele mordeu os dentes, irado mas sem se atrever a falar.Ele reconhecia a própria derrota naquele dia.- Samuel! Você está indo longe demais! - Ao ver seu filho sendo ferido novamente, Décio ficou furioso.- Chega de bobagens, faça uma escolha. Ela vai comigo ou você prefere sair deitado dentro desse caixão? - Samuel ficou de pé, com as mãos para trás, imponente.- Samuel! Você acha que sozinho pode subjugar toda a família Ribeiro? Isso é pura arrogância! - exclamou Décio, indignado.- Quem disse que estou sozinho? - Samuel ergueu a mão e estalou os dedos. - Entrem.Assim que sua voz se extinguiu, um som de passos coordenados surgiu de fora.De longe a perto, crescente em volume.O chão tremia, até que as bebidas nos copos sobre a mesa começaram a oscilar.E então, sob os olhares atônitos de todos.Um grupo
- Você não sai daqui com a Gabriela sem antes me derrotar.Ademir se colocou à frente, com uma expressão fria, sem dar o braço a torcer.- O que? - Os convidados se mostraram surpresos, completamente sem reação.Ninguém imaginava que, naquele momento, alguém teria a coragem de desafiar Samuel.A audácia era grande demais, não era?- Por que Ademir está se intrometendo? Ele está procurando a própria morte? - Lívia arregalou os olhos, com uma expressão de total surpresa.A posição de Samuel não precisava ser mencionada, apenas o esquadrão atrás dele já era suficientemente ameaçador.- Ousar desafiar o general formidável? É realmente uma falta de noção! - Arthur soltou um riso frio.Samuel, com o poder das tropas em suas mãos, era dominador e poderia, com um simples comando, fazer com que Ademir fosse alvejado por balas como um favo de mel.- Seu tolo! Você acha que, por conhecer o Elder, pode se ostentar na frente de Samuel? Isso é uma piada! - Heitor tinha um olhar que parecia ver algué