O homem de meia-idade tinha uma expressão hostil:- Estou avisando, não se meta ou vou quebrar as suas pernas!- Você pode mexer com qualquer um deles, mas com ela, não.Ademir se posicionou na frente de Gabriela, com um olhar indiferente.- E se eu insistir?O homem de meia-idade deu uma risada fria.- Então vou te destroçar.Ademir sorriu.- Insolente, acho que você já viveu demais! - O homem de meia-idade finalmente explodiu de raiva. - Venham, batam nele! Batam forte! Se ele morrer, eu assumo a responsabilidade!- Sim, senhor!Recebendo as ordens, os seguranças não hesitaram e avançaram com suas lâminas em direção a Ademir.Ademir, com um breve toque, fez todos os utensílios da mesa saltarem, e com um movimento do seu braço, os lançou.Acompanhado pelo sussurro do vento cortante, os utensílios funcionaram como armas ocultas, perfurando diretamente os joelhos dos seguranças.Num piscar de olhos, o grupo de seguranças que estivera tão arrogante agora jazia no chão.- O quê?! O homem
- Fique tranquilo, se eu faço algo, eu assumo as consequências sozinho. Não vou envolver vocês dois. Claro, se estão com medo, podem ir embora antes de tudo começar. Fingirei que nem vi vocês por aqui. - Ademir falou de forma despretensiosa.Essas palavras simples fizeram Heitor e Arthur se sentirem humilhados e indignados. Os olhares das três mulheres tornaram a situação ainda mais desconfortável, deixando suas faces queimando em vergonha.Ser menosprezado por um pobretão desses era uma grande humilhação!- Garoto! Você está condenado! Todos vocês estão condenados! - Exclamou o homem de meia-idade enquanto se levantava do chão, seu rosto distorcido por uma raiva animalesca.- Condenado? Quer repetir? - Ademir ergueu a mão e acertou o homem com mais alguns tapas.- Você... - O homem de meia-idade mal conseguiu abrir a boca, que já estava sem vários dentes, antes de receber outro golpe.Ele grunhiu e finalmente desmaiou, incapaz de suportar mais.Lívia e as outras estavam chocadas. Ni
O semblante de Lívia se iluminou, e ela exclamou:- Sarah, agora você está salva! Basta que o Heitor convença o Sr. Martim e você certamente vai sair dessa encrenca de uma vez por todas!- Se isso for verdade, serei eternamente grata, Heitor!Sarah fez uma reverência profunda, expondo mais do que deveria do seu decote.- Não precisa agradecer, somos todos amigos. Uma pequena ajuda não é nada mais que minha obrigação?Heitor gesticulou de forma gentil com a mão.- Muito bem, muito bem, já que o problema foi resolvido, que tal irmos ao bar para bebermos mais um pouco?Arthur ligou para o motorista e sinalizou para que todos entrassem no carro e partissem.Justamente quando o motor de seu veículo rugiu para a vida, uma frota de cerca de dez carros de negócios pretos fez uma entrada barulhenta, cercando completamente o restaurante. À medida que as portas dos carros se abriam, um exército de homens armados com cassetetes invadiu o restaurante, exalando um ar mortal.- Merda! Esses caras não
Ao olhar para os olhos frios de Ademir, um aperto doloroso tomou o coração de Beatriz, mas ela forçou uma expressão calma no rosto.- Ademir, eu não fiz isso para ganhar seu agradecimento, mas para evitar que algo ruim aconteça com você. - Disse ela, de forma indiferente.- O que acontece comigo não tem nada a ver com você. - Ademir respondeu, mantendo um semblante frio.- Eu sei que você me odeia e reconheço que falhei contigo. Mas, no futuro, farei o meu melhor para compensar os meus erros. - Beatriz continuou.- Compensar? - Ademir deu uma risada sarcástica. - Beatriz, você está superestimando a si mesma. Você acha que me importo com isso?- Então, com o que você se importa? Ou, melhor, existe algo com o que eu possa te ajudar? - Beatriz perguntou, tentando sondar suas intenções.- Desculpe, eu não preciso de nada que venha de você. Apenas gostaria que você se mantivesse à distância. - Respondeu Ademir.- Você realmente me odeia tanto assim? - Beatriz franziu a testa, sentindo uma e
Logo depois de Gabriela deixar Ademir na Clínica do Bem-Estar, um carro de placa falsa, todo preto, parou discretamente em uma esquina não muito longe da clínica.A porta do carro se abriu e vários assassinos encapuzados, vestidos de preto e armados com pistolas silenciadas, caminharam lentamente em direção à Clínica do Bem-Estar. Eram profissionais bem treinados, com um entrosamento silencioso e eficiente, cercando completamente o local sem precisar de uma única palavra. Todas as saídas foram bloqueadas.- Vamos lá...O líder fez um sinal com a mão. Um dos homens à esquerda acenou com a cabeça, e estava prestes a arrombar a porta quando, de repente, a porta principal da Clínica do Bem-Estar se abriu. Uma luz amarelada se projetou para fora.- Já que estão aqui, não há por que se esconderem. Por favor, entrem.Uma voz indiferente ecoou. Os rostos dos homens mudaram ligeiramente. Olhando pela fresta da porta, viram Ademir sentado em uma cadeira, saboreando tranquilamente uma bebida. Na
- Não me mate, eu vou falar!O líder dos assassinos estava tão assustado que parecia que sua alma havia deixado seu corpo. Sem hesitar, ele contou tudo em detalhes, não deixando nada de fora.A identidade do seu padrão, seu endereço, ele não deixou passar nada.Depois de ouvir, Ademir assentiu, e depois de lidar rapidamente com os assassinos, saiu novamente.Naquele momento, em uma luxuosa banheira de hotel, o jovem de cabelos brancos, Lorenzo, estava ao telefone com Martim.- Sr. Martim, pode ficar tranquilo. Meus homens são eficientes e não deixarão rastros. A partir de amanhã, você não verá mais aquele rapaz.- Melhor assim. Não quero surpresas no meu noivado amanhã.- Claro, eu garanto que tudo correrá bem amanhã e que você terá a dama ao seu lado.Lorenzo abriu um sorriso malicioso.- Está bem, é isso então. Preciso achar alguma mulher para me acalmar agora.- Bom, não vou mais interromper sua noite.Depois da breve conversa, Lorenzo desligou o telefone. Ele se vestiu com seu roup
Ademir dirigia freneticamente enquanto fazia inúmeras ligações no celular. No entanto, por mais que tentasse, Beatriz nunca atendia do outro lado da linha.Subitamente, um sentimento inexplicável de pânico tomou conta dele. Era como se algo muito importante desvanecendo na sua frente.Com o pé no acelerador, ele dirigiu diretamente para a casa da família Silva. Desde o divórcio, ele nunca mais havia retornado àquela casa.Mas agora, ele não podia se dar ao luxo de considerar as consequências.Descendo do carro, caminhou apressadamente até a porta da frente, tocando a campainha e batendo na porta com insistência.- Quem é esse sem educação? Não sabe bater à porta uma vez só? - Uma voz impaciente soou e a porta se abriu súbitamente.- Ademir? É você? O que você está fazendo aqui? - Eduarda franziu a testa, claramente descontente.- Onde está Beatriz? Preciso ver ela agora! - Exigiu Ademir.- Você acha que pode vê-la apenas por que quer? Quem você pensa que é? Saia daqui agora mesmo! - Ed
- Algumas coisas precisam ser esclarecidas pessoalmente. - Beatriz sacudiu a cabeça.- Tudo bem, vocês têm três minutos para encerrar isso de uma vez por todas.Eduarda não disse mais nada e se posicionou silenciosamente ao lado.De qualquer forma, no dia seguinte, toda a sua família estaria se mudando para a Cidade Z, para viver uma vida na alta sociedade. Um inútil como Ademir jamais teria outra oportunidade de ver a sua filha.- Não foi acordado que cortaríamos relações? Por que você veio? - Indagou Beatriz, seus olhos demonstravam sentimentos conflitantes.- Já descobri a verdade, sei que você foi coagida pelo Martim. Você não precisa se casar com ele; posso te ajudar a resolver todos os seus problemas! - Disse Ademir com intensidade.Ao ouvir, Beatriz primeiro ficou surpresa, depois sorriu educadamente:- Não sei de onde você tirou essa informação, mas quero que saiba que eu escolhi me casar com Martim. Não há coerção alguma. De qualquer maneira, obrigada pela sua boa intenção.E