Ao meio-dia.Ademir chegou à Mansão dos Silva dirigindo seu carro.A Mansão dos Silva estava localizada perto da mundana agitação do centro da cidade, a propriedade não era muito extensa, mas tinha um jardim formidável com flores cor de ameixa e diversas plantas.Quando Ademir saiu do carro, a primeira coisa que ele avistou foi Beatriz parada na entrada da casa.Ele pretendia fingir que não a tinha visto, mas antes mesmo de entrar, foi detido por ela.- Pare! Tenho algo para te dizer! - O quê?Os dois estavam de costas um para o outro, olhando em direções opostas.- Meu avô não tem se sentido bem ultimamente. Ainda não contei para ele sobre o nosso divórcio, para não o aborrecer.- Você acha que consegue esconder isso?- Após os feriados, vou encontrar uma oportunidade para falar a sós com ele, mas não hoje!Ademir grunhiu concordando com Beatriz- Entendi. Alguma outra coisa?- Não. - Disse Beatriz friamente, virando-se para entrar na casa, sem encontrar seus olhos com o de AdemirPa
Duas garrafas de cerveja artesanal com embalagem velha foram colocadas sobre a mesa. - Eu pensei que fosse algo bom! São só duas garrafas? E de cerveja artesanal? - Carlos disse com desdém. - Uma cerveja artesanal como essa custa no máximo dois mil reais por garrafa, não é nada especial, não pode nem ser comparada ao Romane-Conti do Sr. Marcelo.- É verdade! Cerveja artesanal é tão desvalorizada que nem um cachorro beberia! - Alguém concordou.Na verdade, a cerveja artesanal não era ruim, só parecia insignificante em comparação.- Como você ousa trazer uma bebida tão barata? Não tem vergonha mesmo! - Beatriz zombou.- Como a cerveja artesanal pode ser barata? Será que apenas os vinhos estrangeiros é que são nobres? - Ademir disse calmamente.- Uma garrafa de vinho do Sr. Marcelo vale mais de cem mil, e a sua apenas dois mil, me parece bem mais barata, não? - Carlos fez uma cara de nojo.Vinho caro nem sempre é bom, o importante é gostar; além disso, como você sabe que a bebida que eu
- Pai, você está brincando? Isso é realmente uma cerveja artesanal refinada? - Carlos arregalou os olhos, meio incrédulo.- Sim! Essa cerveja é tão amarela e turva, não pode ser falsa? - Eduarda também estava com uma expressão de espanto.- Vocês não entendem, a cerveja quando é artesanal tem essa cor, e quando produzida com malte, mais profunda a cor, quem entende de cerveja sabe disso. - Augusto explicou.Ao ouvir isso, as expressões de todos mudaram instantaneamente. Antes, eles estavam insistindo que era uma bebida falsa, e de repente tiveram que engolir suas palavras. Se fosse outra pessoa dizendo isso, eles talvez não acreditassem. Mas Augusto, um conhecedor experiente e apreciador de boas bebidas, não poderia errar.- Uma vez, quando estava jantando com um líder, tive a sorte de beber uma cerveja artesanal de malte, então me lembro claramente. Até mesmo este copo, em comparação com o que bebi antes, é ainda mais saboroso e suave. Deve ser uma cerveja produzida em alguma fazenda
Marcelo bateu subitamente na mesa e anunciou em voz alta:- Senhores e senhoras, queridos amigos, tenho uma ótima notícia para vocês. Nós, do Grupo Oliveira, planejamos recentemente aumentar o capital e expandir nossas ações. Gostaria de saber se alguém aqui presente tem interesse em participar?"Aumentar o capital e expandir as ações?" - Ao ouvir essas palavras, todos os olhares se voltaram imediatamente naquela direção. Todos extremamente surpresos, afinal, o Grupo Oliveira é uma empresa de qualidade, uma presença de destaque em todo o setor farmacêutico da Cidade A. Adquirir ações da empresa sempre foi algo muito restrito, e agora, um anúncio súbito de aumento de capital e expansão de ações. - Sr. Marcelo, por que a necessidade de expandir as ações de repente? Será que está faltando capital? - Beatriz perguntou curiosa.- Claro que não. Tomamos essa decisão porque planejamos abrir o capital - Marcelo explicou, sorrindo. - Todos aqui sabem da solidez e da força do Grupo Oliveira. Es
- Você disse o quê? - Marcelo ficou um pouco tenso, parecendo duvidar do que ouviu.- Eu disse que não tenho nenhum interesse em uma empresa que está prestes a falir. - Ademir repetiu.- Falir?Todos pareceram confusos ao ouvir esta palavra, sem entender direito o que estava acontecendo.- Você está falando bobagem! - Marcelo deu um pulo, negando veementemente. – O nosso Grupo Oliveira está prosperando, em nosso momento de glória, como poderíamos falir? Pare de fazer alarde falso!- Você sabe muito bem se estou fazendo alarde falso ou não. Eu acabei de receber notícias de que o Grupo Oliveira foi fechado completamente por causa da venda de medicamentos falsos. A falência é apenas uma questão de tempo. - Ademir revelou.Neste momento, todos ficam perplexos.Vender medicamentos falsos? Fechado?Os olhares foram todos inconscientemente direcionados para Marcelo.- Isso é um absurdo! Você está simplesmente falando absurdos! Estou te avisando, não fique espalhando boatos aqui! O Grupo Olive
Assim que essas palavras foram ditas, todos mudaram a expressão. Era uma oportunidade rara de enriquecer, como poderiam deixá-la escapar facilmente?- Marcelo! Não se rebaixe ao nível desse garoto, ele está claramente com inveja de você. Somos diferentes, todos nós confiamos em você! - Eduarda declarou imediatamente sua posição.- Sim, sim! Sr. Marcelo, você não pode voltar atrás na questão da parceria, você acabou de prometer isso a nós. - Todos concordaram. Enquanto falavam, seus olhos se voltaram automaticamente para Ademir, reprovando-o.- Ademir! Eu estou te avisando para não atrapalhar nossos negócios! Caso contrário, não serei gentil com você!- É isso aí! Se você falar besteira de novo, vai ser expulso daqui!Todos começaram a repreender, falando ao mesmo tempo. Na visão deles, Ademir estava deliberadamente difamando Marcelo, tentando impedir a sua ascensão. Que pensamentos inescrutáveis!- Vocês confiam tanto assim em Marcelo? Já pensaram se ele estiver mentindo? - Ademir per
No dia seguinte, logo pela manhã, Thiago, o homem mais rico de Cidade A, estava tomando café com um velho magro e cadavérico, de maneira descontraída, dentro da Mansão dos Mendes.-Igor, é uma pena, aquela mulher foi muito esperta, ela se foi antes do afrodisíaco fazer efeito, senão, eu teria dormido com ela hoje! - Thiago falou, um tanto desapontado.- Thiago, fique tranquilo, o afrodisíaco que eu coloquei, ela não conseguirá neutralizar. Se ela não quiser morrer, terá que vir até você e implorar. Então, você poderá "degustá-la" como quiser. - O velho magro, Igor, respondeu com um sorriso.- Sério? Isso é ótimo! - Os olhos de Thiago brilharam. Ele há muito cobiçava Gabriela, uma "rosa" com espinhos, afinal, a ideia de brincar com uma mulher de alto nível na cama fazia seu coração palpitar.- Thiago... - Nesse momento, um guarda-costas se aproximou e sussurrou algo no ouvido de Thiago.- O quê? Oscar está morto?! - O rosto de Thiago quebrou a atmosfera amistosa do momento. - Quem fez i
- Thiago, o chefe dos três grandes líderes da Cidade A! - Exclamou Beatriz.- O quê? Thiago?! - Com essas palavras, Bruna imediatamente arregalou os olhos, parecendo ter visto um fantasma.Quem não sabia que Thiago mandava em toda Cidade A?Oscar era apenas um mafioso do distrito leste, mas Thiago era o verdadeiro "Imperador Subterrâneo" de Cidade A!Seu poder era tão grande que se dizia que ele poderia cobrir o céu com uma mão só!Fosse no mundo dos negócios, na política ou nas forças armadas, ele tinha conexões em todos os lugares.Ofender Thiago era algo mais terrível do que a morte!- Presidenta Beatriz, por favor, não me diga que Thiago também está envolvido nisso? - Bruna engoliu em seco.- É difícil dizer, Oscar era subordinado de Thiago, agora que Oscar morreu repentinamente, Thiago certamente vai investigar. Se foi realmente obra de Ademir, estamos encrencados! - Beatriz disse, com um olhar sério.- Mesmo assim, seria culpa de Ademir, não deveria nos afetar, certo? - Bruna per