Ao sair da Mansão dos Mendes, Gabriela, que acabara de demonstrar tanta força, subitamente fraquejou e quase caiu no chão. Ademir, rápido como um raio, a amparou imediatamente e perguntou preocupado: - O que houve? Você não está se sentindo bem? - Estou me sentindo fraca, mal consigo caminhar. Gabriela balançou a cabeça. Depois de passar por um estado de completa tensão até agora, ela se sentiu totalmente drenada quando finalmente relaxou.- Vou te carregar! Gelo se aproximou imediatamente, oferecendo-se para a tarefa. - Você está gravemente ferido, não pode fazer isso. Gabriela recusou de imediato. - São só arranhões. Não tem problema. Gelo deu uma batidinha no peito, despreocupado. - Se eu digo que você está mal, é porque realmente está! O rosto de Gabriela endureceu. Seu olhar era severo. - O que? Gelo hesitou e, percebendo a situação, assentiu prontamente: - Tudo bem, minha cabeça está um pouco tonta.- Deixe-me fazer isso. Ademir, um tanto resigna
Na manhã seguinte, dentro da Clínica do Bem-Estar.Ademir acordou cedo, fez sua higiene matinal e começou a preparar o seu prato favorito para o café da manhã, macarrão cozidoPrimeiro fez o caldo, depois cozinhou o macarrão, e por fim, enfeitou o prato com alguns vegetais verdes.Simples, mas deliciosamente aromático.- Nossa! Que cheiro delicioso!Assim que o macarrão de Ademir foi colocado na mesa, Beatriz entrou pela porta.Hoje ela vestia um tailleur muito elegante e usava saltos altos pretos.Seus longos cabelos estavam presos em um rabo de cavalo, fazendo seu pescoço ficar amostra.Ela estava deslumbrante.- Macarrão?Beatriz olhou e ficou encantada:- Ademir, como sabia que eu não ainda tomei café hoje? Se é realmente para mim, então vou aproveitar!Ela se sentou e começou a se servir.- Este macarrão não é...Ademir estava prestes a falar algo quando a porta do quarto se abriu abruptamente.- Amor! Estou com fome, o macarrão já está pronto?Gabriela estava vestida com uma cami
Gabriela deu de ombros, se sentou à mesa e colocou o prato de macarrão em sua frente. Com um sorriso sedutor, ela disse:- Obrigada pelo café da manhã que você fez, meu amor. Você é tão atencioso!- Você entendeu errado. Esse macarrão é meu. - Beatriz puxou o prato de volta. - Faz três anos, e eu nunca me canso da habilidade culinária de Ademir. Ele sabe que eu adoro macarrão.- Sra. Beatriz, não seja presunçosa. O passado é passado. Este prato agora é meu.Gabriela, sem dar o braço a torcer, pegou o macarrão de volta. - Sra. Gabriela, tomar o que é dos outros não é um hábito louvável. Este é o meu sabor favorito; é feito para mim!- Quem disse que eu não gosto de macarrão? Já foi feito pelo Ademir, eu adoro!- Gostar não significa que seja adequado para você!- O que é adequado ou não, eu que decido!As duas mulheres começaram a se confrontar, discutindo veementemente. O prato de macarrão ia de um lado para o outro, sem nenhuma das duas querer ceder. Era como se dar um passo atrás
- Presidenta Beatriz, você veio me procurar, há algum problema? - Diante da clara tensão existente no ar, Ademir finalmente não resistiu e quebrou o silêncio.- O que, eu não posso te visitar sem um motivo?Beatriz fez uma expressão como se estivesse avaliando um traidor.- Não foi isso que eu quis dizer.Ademir sentiu um certo desconforto.- Vamos, falemos de negócios. Você conhece o Felipe, não é? Quero que ele venha fazer uma consulta médica. - Beatriz finalmente foi ao ponto.- Consulta médica?Ademir a observou de cima a baixo e disse com desconfiança:- Além de alguns problemas menstruais, você não tem nenhuma outra questão. Controle suas emoções e evite alimentos frios, isso será suficiente.- Você que tem problemas menstruais! - Beatriz fulminou-o com o olhar. - Eu não disse que a consulta era para mim, é para um parente meu. Ela desmaiou de repente ontem, e está com muita dor de cabeça. Os exames no hospital não mostraram nada, então a única opção é chamar o Felipe.- Entendi.
- É você?!Ao ver Ademir ali, Noêmia ficou atônita por um momento, seu rosto transmitia espanto.Ademir também se mostrou muito surpreso ao vê-la..Ele não esperava que os parentes de Beatriz fossem essas duas mulheres.Que mundo pequeno!- Então, vocês se conhecem?Beatriz olhou de um lado para o outro, parecendo um pouco confusa.- Conhecer é pouco! - Noêmia disse entre dentes cerrados. - Esse cara foi quem nos bateu ontem!- O quê?Assim que estas palavras foram ditas, todos ali ficaram atordoados.- Noêmia, você tem certeza de que não se enganou? - Eduarda perguntou cautelosamente.- Como eu poderia me enganar? Reconheceria esse rosto mesmo que ele se transformasse em cinzas! Além disso, suspeito que a dor de cabeça da minha mãe é por causa do tapa que ele deu nela!Noêmia estava com uma expressão de ferocidade.- É isso mesmo! Ele deve ser o culpado pelos meus sintomas, alguém tem que prendê-lo agora! - Luciana, que estava na cama, gritou enfurecida.Como diz o ditado, a inimizade
Assim que as palavras foram ditas, o rosto dos três se iluminaram de felicidade.Só de ouvir esse título, todos já sabiam que a origem desse homem era nobre.Somente um médico divino como esse poderia estar à altura de seus status.- Carlos, como você conseguiu trazer Hugo? - Eduarda perguntou curiosamente.- Naturalmente, eu sozinho não teria essa habilidade toda. Quem trouxe Hugo foi o Sr. Martim. - Carlos respondeu com um sorriso.- Sr. Martim?Os olhos de Eduarda brilharam.O verdadeiro nome de Sr. Martim é Martim Marques, um nobre de Cidade Z, com vasta fortuna e grande influência.Ele tem conexões poderosas tanto no campo militar quanto político.O mais crucial é que a família Marques de Cidade Z tem sempre mantido relações muito estreitas com a família Silva de Cidade S.Parece até que em Cidade S, há um interesse em arranjar um casamento entre Martim e sua filha.Em outras palavras, assim que sua filha concordar, ela se casará rapidamente com uma família rica de Cidade Z!A par
Na entrada da "Clínica do Bem-Estar".- Ei! Espere aí!Beatriz acelerou o passo para alcançar Ademir e o agarrou pelo braço:- Por que está andando tão rápido? Mal consegui te alcançar!- Desculpe, não posso lidar com seus dois parentes. Melhor você encontrar outra pessoa. - Ademir respondeu friamente.Ele realmente não queria ter muito contato com essas pessoas.- Quem disse que você precisa cuidar deles? Por que está tão rude Beatriz revirou os olhos.- Eu pensei que...- Pensou o quê? Que eu seria irracional e te forçaria a fazer sala para eles? - Beatriz respondeu, visivelmente irritada.- Não, não é isso.Ademir deu um sorriso de constrangimento.O fato de ela ser compreensiva o fazia se sentir estranhamente desconfortável.- Tudo bem, eu sei que elas estão erradas, mas da próxima vez, fique longe delas.Beatriz alertou gentilmente:- Elas são da Cidade S e pertencem a famílias poderosas. Se a situação ficar feia, nem mesmo Gabriela pode ser capaz de te proteger.- Sério? Parecem
- Depois de curar a doença da minha mãe, acertaremos todas as nossas contas, as novas e as antigas!O tom de Noêmia era cortante, seus olhos emanavam pura raiva.- Fique à vontade.Ademir deu de ombros, mantendo sua habitual tranquilidade.- Você...Os dentes de Noêmia rangeram ao ponto de produzir um barulho audível, e nessa situação, ela anão tinha como retaliar toda essa afronta feit por Ademir. Justamente quando o impasse entre os dois estava no climax, um alvoroço de repente soou na entrada do hospital.Olhando para cima, eles viram um comboio totalmente armado, entrando de forma imponente no hospital.A equipe vinha das forças armadas, e a exibição era impressionante.As pessoas sentadas ali estavam armadas até os dentes, passando a impressão de uma aura assassina.Onde passavam, multidões e veículos recuavam.- Que estranho, até o exército foi mobilizado? Será que estão atrás de algum foragido? - Beatriz olhava para os lados, claramente confusa.Noêmia também estava perplexa.-