Após descobrir a identidade de Ademir, Sergio ficou completamente paralisado. Ele parecia ter perdido sua alma, seus olhos estavam sem um traço de vitalidade. Ele sabia que estava acabado, ninguém poderia salvá-lo agora, ninguém ousaria.- Levem ele! - Com uma simples ordem de Cesar, Sergio foi amarrado e colocado em um carro. Mesmo conhecendo a verdade, o resto da vida de Sergio seria passada na prisão negra. Ele sentia que a única saída seria após sua morte, carregado para fora para ser cremado.- Pare! O que vocês estão fazendo? Deixem ele aqui! - Nesse momento, o homem ricamente vestido de antes saiu da porta com duas guarda-costas femininas, cheio de fúria. Inicialmente, ele não queria se envolver. Mas Sergio era inútil demais! Ele não suportava mais e precisava intervir. Afinal, Sergio ainda tinha algum valor. Antes de conseguir o Pílula do Corvo Dourado, ele não poderia permitir que algo acontecesse com Sergio.- Melhor você não se envolver, se não tiver nada a ver com isso. - A
Do outro lado, na Mansão da família Silva.Quando Beatriz retornou, toda a família estava fervendo de emoção.- Beatriz! Finalmente você voltou, estava tão preocupada! – Eduarda disse emocionada.- Irmã! Você está bem? Sofreu alguma humilhação lá dentro? – Carlos demonstrou preocupação.Desde que souberam que Beatriz tinha caído nas mãos de Lúcio, estavam vivendo em angústia, temendo que algo de ruim acontecesse a ela. Para resolver a situação, fizeram uso de todos os contatos que tinham e investiram uma quantia significativa de dinheiro. No entanto, todas essas tentativas foram em vão.Justo quando a tensão estava à flor da pele, Beatriz retornou, para alívio de todos.- Mãe, estou bem. Sinto muito por ter preocupado todos vocês. - Beatriz esboçou um leve sorriso, afinal, tinha realmente passado por momentos de susto, mas, por sorte, voltou sã e salva.- A culpa é toda de Ademir, aquele inútil, não consigo acreditar! Se não fosse por ele, como você teria sido capturada? - Reclamou Edu
Observando Gabriela fechar os olhos e se insinuar daquela maneira, Ademir ficou momentaneamente atordoado, era realmente uma imagem irresistível. - O que há com sua boca? Não está se sentindo bem? – Ele perguntou.- O que você está falando? Eu quero que você me beije. - Gabriela respondeu, irritada.- O quê? - Um espasmo passou pelo canto do olho de Ademir. - Isso não é uma boa ideia, né?- Se não quer, não beije. Se perder essa chance, não terá outra. - Gabriela sorriu sedutoramente.- Menino! Só um tolo não aproveitaria essa oportunidade, você é pior que um tolo! - Exclamou o velho de um olho só, que espiava do segundo andar.- Cala a boca! – Ademir se virou e lançou um olhar furioso. No entanto, ao se voltar novamente e encontrar o rosto perfeito de Gabriela e seus lábios cor de cereja, ele percebeu que talvez tivesse perdido algo.- Tudo bem, chega de brincadeira. Vamos falar sério. - Gabriela mudou de assunto.- Recentemente, Thiago tirou uma grande parte da equipe de liderança do
- Gabriela, por que você trouxe ele aqui? -Ursula franziu ligeiramente a testa.- É minha casa, eu trago quem eu quiser. - Gabriela respondeu calmamente. - Além disso, já escolhi o novo Chefe Farmacêutico, é o Sr. Ademir!- O quê?! - Assim que estas palavras foram ditas, todos exibiram expressões surpresas.- Gabriela! Você está brincando? Que qualificações ele tem para ser o Chefe Farmacêutico da família Ribeiro? - Ursula estava um pouco irritada.- Ademir é um mestre em medicina e tem um profundo conhecimento em farmacologia. Não vejo qualquer problema em ele ser o Chefe Farmacêutico! - Gabriela demonstrou autoridade.- Você está agindo de forma ridícula! - Ursula estava agora um pouco furiosa.- Ok, ok, vamos parar com as brigas. Vamos sentar e conversar com calma. - Vendo que a situação estava tensa, Luísa rapidamente se levantou para apaziguar. - Ademir, deixa eu te apresentar a nossa família. Esta é minha mãe, você já deve ter encontrado ela em outro momento, e este é meu primo,
- O quê? - O acesso súbito de raiva de Gabriela fez Ricardo franzir as sobrancelhas. - Prima, você está disposta a cortar relações comigo por causa de um amante? - A razão pela qual ele estava subjugando Ademir era dupla, em parte porque não o tolerava e em parte para testar a postura de Gabriela.- Ademir é o meu salvador. Se você ousar fazer alguma coisa com ele, não me culpe por não ser educada! - Gabriela exclamou com um tom grave. Se não fosse pelo fato de ele ser seu primo, ela já teria desferido dois tapas em seu rosto.- Muito bem, excelente! - A expressão de Ricardo se tornou um pouco sombria. - Quanto ao caso de Karina, posso deixar passar por enquanto. Mas ele não está qualificado para ser o médico-chefe! Definitivamente, não! -Isso era o primeiro passo para usurpar o poder, e ele não desistiria facilmente.- Quem está ou não qualificado, não é você quem decide, sou eu! - Gabriela falou, cheia de retidão.- Gabriela, tudo o que você tem foi dado pela família. Se você favorec
Quando ambos os lados chegaram a um acordo, a atmosfera na sala ficou tensa como se fossem espadas sacadas e bestas carregadas. Ademir e o ancião de sobrancelhas brancas enviaram seus servos para comprar ervas medicinais. Eles preparariam seus próprios venenos ali mesmo e os consumiriam imediatamente. Quem venceria dependia unicamente de suas respectivas habilidades.- Irmã, você acha que o Ademir vai conseguir? E se ele for envenenado e morrer? - Luísa estava um pouco preocupada.- Se ele aceitou o desafio, deve ter algum grau de confiança. Acredite nele. - Embora Gabriela mantivesse uma expressão impassível, ela estava internamente inquieta. Se possível, preferiria que Ademir admitisse a derrota.- Eu entendo, mas as especialidades de Ademir são as artes médicas. Comparado ao Sr. Leonardo na área de venenos, ele está em desvantagem. - Luísa olhou para Gabriel com desespero. Cada profissão tem suas especialidades, e uma diferença marcante separa os amadores dos profissionais.Ao contr
- O quê? Fezes?! - Ao ouvir isso, Ricardo começou a sentir náuseas imediatamente. Mas a droga já estava em seu sistema, impossível de vomitar, fazendo seu rosto ficar vermelho como um pimentão. Comer merda era antes apenas uma expressão; agora havia se tornado realidade.- Quem diria que o Ademir é tão ardiloso, alimentando o primo com fezes. Como ele vai conseguir comer algo depois disso? - Luísa cobria o nariz, mantendo distância, uma expressão de desgosto estampada em seu rosto.- Só posso culpar Ricardo por ter a boca tão suja, ele mereceu isso. - Gabriela mal conseguia conter o riso.- Seu moleque! Você fez isso de propósito?! - Ricardo levantou a cabeça, o rosto sombrio, os olhos repletos de um ódio quase selvagem. Nunca em sua vida foi tão humilhado.- Se estamos falando de fabricação de drogas, a receita é, naturalmente, minha escolha. Posso adicionar o que bem entender. - Ademir declarou, como se fosse óbvio.- Muito bem! Você é realmente corajoso! - Ricardo mostrou um sorriso
- Garoto! Não abuse da situação. Você está sendo irresponsável, isso sim! - O velho de sobrancelhas brancas estava claramente irritado. - Agora, não apenas o Sr. Ricardo está envenenado, mas você também. Caiu na minha armadilha. Sem o meu antídoto, você não sobreviverá até amanhã!- Sério? Que tal apostarmos para ver quem morrerá primeiro? - Ademir sorria de forma enigmática.- Você... - O velho de sobrancelhas brancas ficou sem palavras, só conseguia pensar. “Nem eu me atreveria a tanto, como esse rapaz pode ousar colocar em risco a vida do Sr. Ricardo?”. Pela situação, era óbvio que Ricardo seria o primeiro a desistir. Foi exatamente por considerar isso que ele optou por um empate. Mas, aparentemente, o adversário não estava disposto a conceder.- Ademir! Me dê o antídoto agora, nós perdemos! - Ricardo falou, mordendo os dentes. A dor era insuportável para ele. Caso contrário, ele jamais se submeteria a alguém tão insignificante.- Sr. Ricardo, uma rendição verbal não mostra nenhum