Ele já tinha explicado tudo claramente, mesmo assim, Alex e os outros acreditavam que não conseguiriam arrancar mais informações perguntando de novo.No caminho até aquele lugar, ele já havia investigado a pessoa que divulgou as fotos e os vídeos. Era realmente uma pessoa comum, incapaz de causar grandes problemas.Os materiais divulgados online provavelmente foram devido a questões pessoais daquela pessoa, que manipulou as fotos e os vídeos antes de postá-los na internet, sem outras intenções.Quanto aos assuntos envolvendo Guilherme e Severino, parecia que ele não sabia muito.Embora não conhecesse bem Guilherme, nem o tivesse visto muitas vezes, pela luta na montanha e pelo golpe pesado que deu em Lorenzo, era evidente que ele não era alguém que se misturava facilmente com outras pessoas.Depois de uma breve reflexão, não era difícil julgar que a confissão dessa pessoa estava correta.Provavelmente, a vida de Guilherme e da irmã dele nos últimos tempos deveria ter sido muito simples
Sem dar tempo para Leopoldo e os outros pensarem mais, Eduardo entrou na casa, interrompendo as reflexões. Temendo que Eduardo fizesse algo precipitado e causasse mais problemas, Leopoldo se apressou em perguntar ao vê-lo retornar:- Você não exagerou na força, né?O barulho de antes podia ser ouvido de dentro da casa, o som conseguia ultrapassar a barreira de duas portas. Leopoldo temia que Eduardo tivesse perdido o controle e machucado gravemente alguém. Por menor que fosse o lugar, todos ali se conheciam. No dia a dia, podiam até brigar e discutir, mas diante de um grande problema, se uniriam e não seria fácil para estranhos se infiltrarem, mesmo com dinheiro.Leopoldo estava preocupado que, se a situação piorasse, eles acabariam ficando presos ali.- Fica tranquilo, Leo, eu sei medir minha força.Eduardo respondeu de maneira despreocupada. Provavelmente por causa da intensidade dos movimentos lá fora, suas mãos estavam avermelhadas, especialmente nos nós dos dedos, onde os sinais e
Cidade CH.Situada na região sudoeste costeira, essa cidade turística era conhecida pela sua acessibilidade e grande população, que se mantinha constante durante todo o ano. Grandes celebridades, inclusive, podiam passar despercebidas entre os turistas. Em feriados, alguns famosos eram obrigados a comprar bilhetes de pé, temendo que seus fãs se sentissem pressionados a ceder seus assentos.Tatiana e Guilherme chegaram ao local no dia seguinte. Encantados com a paisagem deslumbrante, decidiram fazer uma pausa e aproveitaram meio dia de lazer. Essa oportunidade surgiu após Tatiana suplicar por uma chance de desfrutar do ambiente.Ela havia passado quase um mês confinada no pequeno pátio, sem sair de casa. No último dia para verificar a situação de Guilherme após ele ter confrontado alguém. Tatiana se sentia como uma donzela de uma era antiga, presa em casa todos os dias. Ver a beleza à sua frente trouxe nele um desejo intenso de liberdade. Loh, que havia mencionado que poderiam pegar
Ela não é exatamente contrária a deixar tudo para trás. Só que...Só que havia uma sensação inexplicável de relutância em seu coração, algo que ela não sabia de onde vinha e precisava de uma razão para entender. Ou talvez, precisasse que a outra parte desse a ela um motivo incontestável para partir.- Loh, eu não estou dizendo que não quero ir com você.Tatiana voltou a encará-lo, os olhos revelando uma emoção um tanto complexa. Ela hesitou, mas finalmente conseguiu expressar seus pensamentos.- Eu só acho que nossa vida está bem atualmente. Não há necessidade de irmos embora.Claro, ela não se esquecia da carreira de Loh. Ela mesma poderia viver tranquilamente sem depender dele, encontrando algum emprego qualquer para se sustentar. Mas esse era o pensamento dela, ela não podia interferir na vida dos outros.Então Tatiana continuou:- Claro, Loh, eu só estou falando. Porque, no momento, nossa vida parece boa. Mas, se você tiver conexões e capital para empreender no exterior, partir é n
Tatiana seguiu Lorenzo de volta, mas não foi comer. Depois de um grande choro, não só seu rosto estava pegajoso, como também seu corpo estava coberto de suor. Então, mesmo com fome, ela insistiu em voltar para o hotel para tomar um banho e recuperar as energias.O restaurante ficava no primeiro andar do hotel, e a comida não era muito diferente da dos pontos turísticos, era até mais barata.Antes de subir, Tatiana pediu para Lorenzo esperar no primeiro andar e já fazer os pedidos, afinal, ela não era exigente e comia de tudo.Lorenzo concordou, acompanhou ela até o andar de cima, trocou de casaco e desceu, se lembrando de chamar Severino para jantar com eles.Eles tinham saído juntos para passear, mas não estavam muito próximos.Logo, Severino chegou ao restaurante no local combinado com Lorenzo.Era um lugar perto da janela, com vista para o mar. Do lado de fora, uma camada de pedras cobria o chão, com plantas típicas da Cidade CH. Mais adiante, a vista noturna da cidade iluminava a
Tatiana se sentou ao lado de Lorenzo, justamente quando o garçom empurrava o carrinho de alimentos, colocando os pratos pedidos anteriormente na mesa.- O pedido do Severino ainda não chegou? Você não vai comer? - Perguntou Tatiana, surpresa, depois que o garçom saiu.Antes que Severino pudesse explicar, Lorenzo, que já estava cortando o bife dele, respondeu rapidamente:- Severino fez o pedido depois, deve demorar um pouco mais. Vamos comer.- Tudo bem, então Severino terá que esperar um pouco mais. - Disse Tatiana, sorrindo para ele, pegando a colher para provar a comida em sua frente, enquanto esperava tranquilamente que Lorenzo cortasse seu bife.Eles já haviam comido naquele restaurante antes e a comida era boa, embora o serviço fosse um pouco lento. Pedir a comida antecipadamente ajudava, mas qualquer adição no pedido significava uma longa espera.Severino não se importou, embora seu humor tivesse sido afetado ao ver Lorenzo atarefado em ajudar Tatiana. Afinal, de certa forma, Ta
No terceiro andar do hotel havia uma varanda, com um café-livraria, onde os visitantes podiam descansar gratuitamente. Do lado de fora, a varanda era adornada com uma variedade de flores, sendo as rosas as mais abundantes. Vermelhas, brancas, cor de champanhe, todas podadas em forma de treliça e entrelaçadas com outras flores trepadeiras. O ambiente apresentava uma visão utópica sob as luzes. Era realmente lindo.A primeira impressão de Lorenzo ao trazer Severino ali foi de que ele não deveria ter trazido um homem, mas sim aquela mulher.Rosas. Se as informações que ele tinha lido estavam corretas, essas eram as flores favoritas daquela mulher. Rosas, clichês e românticas. - Sr. Borges, não sei por que o senhor me chamou para vim aqui com você. O que está acontecendo? Severino, seguindo Lorenzo, estava ficando cada vez mais nervoso com o silêncio dele. Afinal, ele não acreditava que Lorenzo o tinha trazido ali apenas para ver as rosas. Isso seria ainda mais assustador.Lorenzo con
A mente de Severino, que havia acabado de clarear, ficou confusa novamente. Ele quase não conseguiu reagir.“Quem desapareceu?”- Sr. Borges, pode ser que a Srta. Taís tenha saído para dar uma volta ou talvez ela esteja no quarto se arrumando e não ouviu o senhor bater. Espere um pouco, talvez ela volte em breve.Apesar de ter duvidado de Tatiana durante o jantar, Severino agora tentava defendê-la, na esperança de acalmar a voz fria do outro lado da linha. Mas, claramente, todas as palavras ditas por ele não surtiam efeito.Na verdade, sua explicação só parecia ter aumentado a raiva já evidente na voz gélida do outro lado:- Venha imediatamente, não me faça repetir.- Sim!Sem ousar falar mais nada, Severino respondeu rapidamente e correu para o quarto de hotel que haviam reservado. Ele não estava no mesmo andar que Tatiana e Lorenzo. Eles estavam na suíte presidencial no último andar, um apartamento extremamente luxuoso, equipado com quarto principal e um secundário. Embora Severino