Dra. Daise concordou, se aproximou e usou um termômetro na testa.A temperatura de William já estava em 40 graus. - Seria bom dar uma injeção, a febre diminuirá mais rápido . - Disse Dra. Daise, franzindo a testa.- Não precisa, me dê remédios. - Recusou Willian, balançando a cabeça.Liliane sabia que William não gostava de injeções. Uma vez, ele desmaiou de febre e o médico foi dar uma injeção, mas assim que acordou, ele a retirou.- A ferida precisa ser tratada. - Disse Dra. Daise.- Deve ser suturada? - Respondeu Liliane, com uma pergunta.- Não, ainda não está no ponto de precisar suturar. - Negou Dra. Daise, com a cabeça. Então, pegou remédios da caixa médica e aconselhou. - Este é um antifebril, pode ser tomado mesmo se tiver bebido. Tome a cada quatro horas, pare quando a febre passar. Este anti-inflamatório, pode ser tomado uma vez ao dia. Os remédios estão aqui, vou indo, me ligue se precisar de algo.- Ok, obrigada. - Agradeceu Liliane.- Não precisa agradecer. - Disse Dra.
Liliane apertou os lábios sem dizer uma palavra.- Liliane... Não me abandone... Foi minha culpa, não deveria ter agido assim com você, não vá... Desculpe... - Murmurou William.O coração de Liliane batia sem parar por causa dessa frase de William.O “desculpe” que ela esperou por tantos anos.Liliane, com os olhos vermelhos, deixou lágrimas caírem.Mesmo depois de tantos anos, ela ainda não conseguia se libertar completamente dos seus sentimentos por ele.Ela se preocupava quando ele se machucava, até correu para o Jardim Azul, por causa da sua febre alta.Ela estava evitando ele por medo, não porque não amasse ele mais.Naquela noite, Liliane ficou no Jardim Azul cuidando de William, até que o dia começou a clarear e ela finalmente adormeceu ao lado da cama.Mansão Baía.Kerry recebeu uma ligação de Lisa e imediatamente foi procurar Liliane, mas ela não estava no quarto.Ele ligou para o celular de Liliane, mas ninguém atendeu.Incapaz de encontrar ela, Kerry decidiu ir sozinho para
Além disso, ela não sentiu nada de anormal em seu corpo.Depois de pensar por um momento, Liliane se acalmou, certa de que havia subido para a cama devido ao cansaço.Do lado de fora da porta, Jorge não conseguiu conter sua curiosidade. - Sr. William, você e Srta. Liliane se reconciliaram? - Perguntou Jorge.- Você é muito ocioso, não é? - Repreendeu William, desviando o olhar e olhou com frieza para Jorge.- Desculpe, Sr. William, eu ultrapassei os limites. - Desculpou Jorge, balançando a cabeça apressadamente.- Como está a situação de Miguel agora? - Perguntou William, em voz baixa, vestindo roupas.- Quatro costelas quebradas, cotovelo fraturado, concussão cerebral. A cirurgia já foi concluída, mas a recuperação levará um longo tempo. - Respondeu Jorge.- Ele teve sorte. - Comentou William, os seus olhos se contraíram de leve. - Sr. William, há outra coisa sobre Srta. Liliane. - Acrescentou Jorge, olhando de relance para o banheiro.- O que é? - Perguntou William.- A família Mar
Liliane respirou fundo, enxugando as lágrimas prestes a cair. - William, não podemos voltar ao passado! - Comentou Liliane.Depois de dizer isso, Liliane se virou e saiu.Ao ver a determinação nas costas de Liliane e ouvir suas palavras antes de sair, William sentiu uma dor aguda no peito, como se estivesse prestes a se abrir.No entanto, ele se esforçou ao máximo para conter o desejo de seguir ela, escondendo toda a dor profundamente em seu coração.Mansão Baía.As duas crianças correram em direção a Liliane, assim que a viram voltar.Alice agarrou as pernas de Liliane, olhando para ela com lágrimas nos olhos.- Mamãe, onde você foi? Eu não conseguia encontrar você. - Reclamou Alice.Um amargor subiu ao peito de Liliane, ela se agachou e abraçou Alice.- Mamãe teve alguns problemas ontem à noite e não voltou para casa. Esqueci de dizer a vocês. Desculpe. - Explicou Liliane.Ian olhou com cuidado para as leves olheiras nos olhos de Liliane.- Mamãe, você não dormiu ontem à noite? - Pe
- Caramba, ainda está dormindo aqui com essa cara de pau? - Rugiu Diego.Liliane, exausta, abriu os olhos lentamente e se sentou, encarando Diego com olhos frios.- Você tem algum respeito? - Retrucou Liliane.- Porra, que se dane o respeito! - Gritou Diego. - Por que diabos você denunciou minha conta? Só porque eu estava fazendo uma live na sua casa e isso te irritou, né?Antes que Liliane pudesse responder, Ian e Alice saíram correndo do quarto.Ao ver Diego parado na porta, com aparência de que iria atacar, Alice correu e empurrou ele.- Por que está maltratando minha mãe? - Gritou Alice, furiosa.Diego, já enfurecido, ficou ainda mais irritado com o empurrão de Alice. Ele se virou, agarrou o cabelo de Alice e rangeu os dentes.- Pirralha! O que você está fazendo aqui? Sai logo da minha frente! - Rugiu Diego.Com isso, ele empurrou Alice com força para o chão.- Alice!- Alice! Tanto Liliane, quanto Ian exclamaram em choque.Ian rapidamente ajudou a atordoada Alice a se levantar,
Depois de dizer isso, ele se virou, correu em direção ao quarto onde ele estava dormindo. Liliane desviou o olhar e olhou para Marta: - Obrigada.Marta levantou o punho: - Lili, não tenha medo. Amanhã vocês vão trabalhar, vou ficar de olho neles!Liliane não quis dizer muito, apenas acenou com a cabeça e foi em direção a Alice. Ao ver a filha com os olhos inchados de chorar, Liliane a abraçou com ternura.A Dra. Daise disse: - Não há outros problemas, apenas os cabelos da Alice foram puxados bastante.Liliane sentiu uma dor no coração, quase não conseguia respirar, enquanto acariciava a cabeça pequena de Alice: - Querida, é porque a mamãe não te protegeu bem.Alice enterrou o rosto no colo de Liliane, segurando firmemente as roupas dela com suas pequenas mãos.- Mamãe... Eu não quero ver esse homem mau. Eu quero que ele vá embora, eu o odeio.O pequeno corpo de Alice tremia enquanto chorava. Liliane, contendo seu ódio, consolou: - Está bem, mamãe promete, nos próximos dois dias
Marta respondeu com um "Sim" e mostrou lentamente uma faca de cozinha, se aproximando deles:- Se ninguém assumir a responsabilidade, vou matar todos.Os membros da família Marques arregalaram os olhos em choque. No segundo seguinte, gritos ecoaram pelo terceiro andar, atravessando toda a mansão. Todos quase se atropelaram para sair do quarto de Diego.À noite.Quando Kerry voltou para casa bocejando, ficou surpresa ao ver a sala vazia. G expulsou todos eles? Logo, sua ideia foi dissipada pela chegada rápida de Viviane descendo as escadas. Viviane, ao passar por Kerry, parou de repente. Ela olhou para ele com desprezo: - Você, sem vergonha, como um cachorro que fica pedindo abrigo.Kerry ficou confuso. Ele se aproximou e segurou Viviane.- Você está falando de quem?- Estou falando de você! - Viviane disse, cuspiu e continuou. - Estrangeiro fedorento! Se não fosse por você, seu quarto seria meu!Kerry riu: - Entendi, é seu, certo!Dito isso, Kerry se levantou, foi até a despensa e
Diego estava radiante de alegria: - Mãe, me dá esses documentos! Eu vou encontrar alguém para comprá-los!Paula disse: - Certo! Eu e seu pai ficamos responsáveis pelas joias e relógios!- Não podemos perder tempo, vamos descer para tomar um café da manhã e depois sair! - Disse Diego.Os membros da família Marques concordaram com a cabeça e saíram do escritório para se preparar para o café da manhã. Para economizar tempo, todos se apertavam na cozinha, ocupados com as tarefas. Sem perceber, Marta estava de olho neles, se aproximando lentamente da cozinha. Raul terminou de fazer ovos fritos e estava prestes a levar o prato para fora quando, ao se virar, deu de cara com alguém. Raul quase deixou o prato cair de susto e estava prestes a reclamar quando viu o rosto de Marta, que o fez soltar o prato. Quando ouviram o som nítido do prato caindo no chão, Diego e Paula, inconscientemente viraram a cabeça para olhar, ao verem Marta, deram um pulo para trás e se encolheram no canto. Raul,