Guilherme estreitou os olhos como um falcão. - Você é uma exceção. – Comentou ele.- Obrigada pelo elogio. – Disse Liliane..- Vamos falar sobre as crianças. – Disse Guilherme, olhando na direção da escada. - O que dá a você o direito de se intrometer na vida dos meus filhos? – Questionou Liliane, encarou ele com cautela.- Esse garoto se parece muito com William! – Disse Guilherme, sua expressão ficou extremamente feia. - Isso não significa que seja filho dele! – Retrucou Liliane, com frieza.- Bem! Você pode ser teimosa, mas o DNA não mente! Deixe eu ser claro, se essa criança for do William, a família Gabaldo não permitirá que ela fique com uma mulher como você! A guarda será nossa e isso é certo! – Disse Guilherme, dando um riso sarcástico. Liliane sentiu seu coração bater como um tambor, as mãos ficando frias e suadas. Se William soubesse a verdade, ela teria uma saída. Mas se Guilherme descobrisse, ela não teria escapatória!De repente, a porta da entrada se abriu.Liliane
Ao pensar nisso, Liliane soltou um suspiro de alívio. Com dois filhos tão excepcionais, ela tinha bastante sorte.Um estrondo de repente ecoou do andar de cima. Todos levantaram os olhos em direção à escada. Antes que pudessem reagir, gritos desesperados de Kerry ecoaram. - Solte... me solte... – Gritou Kerry.O coração de Liliane apertou, ela correu para o andar de cima. Os três filhos tentaram seguir ela, mas foram barrados por Carlos.No segundo andar, Liliane viu Marta montada em cima de Kerry. Suas mãos apertavam com força o pescoço dele. - Morra! Morra! – Repetiu Marta, incessantemente.Kerry, com o rosto vermelho, tentava afastar os dedos de Marta. Ele poderia revidar, mas hesitava, afinal, aquela era uma pessoa trazida por Liliane.Liliane correu para frente e segurou o braço de Marta. - Marta! Solte Kerry agora! – Deteve Liliane.Marta levantou a cabeça, seus olhos vermelhos encaravam Liliane. - Não me impeça, esses homens todos merecem morrer! – Disse Marta.- Marta
Carlos ficou fora por quatro longas horas. Ele voltou exausto apenas no jantar. Liliane serviu um copo de suco e se aproximou. - Como foi? Alguma notícia? – Perguntou Liliane.Carlos balançou a cabeça, se sentando no sofá. - Nada, mostrei a foto a eles, mas sem resultados. – Falou Carlos, depois de tomar um gole do suco.- O que devemos fazer? Uma pessoa sem ninguém procurando por ela, além de ter problemas mentais, não é seguro ter ela em casa, especialmente com as crianças aqui. Mas para onde poderíamos enviar ela? Para o hospital? Parece desrespeitoso. Deixar ela na rua? Não posso imaginar o que poderia acontecer a uma mulher com problemas mentais lá fora. – Disse Liliane, preocupada.Kerry, relaxado no sofá enquanto mordiscava uma maçã.- Na minha opinião, devíamos devolver ela ao lugar de onde você pegou ela. – Comentou ele.- Isso não é uma opção! - Tanto Liliane quanto Carlos rejeitaram Kerry ao mesmo tempo.Kerry quase se engasgou. - Então, o que vocês sugerem? – Perguntou
- Ela parece ter sido vítima de violência grave, o que gerou um medo intenso de homens. Esse medo desencadeou um comportamento subconsciente de autodefesa, se transformando em raiva, levando ela a atacar homens. O diagnóstico preliminar é um transtorno mental grave causado por estresse excessivo. Eu sugiro que vocês levem ela para o hospital para tratamento. – Respondeu a Dra. Daise.- Eu não sou da família dela, não tenho o direito de tomar decisões por ela. Há outra forma de tratamento? – Disse Liliane, indecisa. - Eu poderia ficar aqui e observar ela enquanto administro medicamentos por um tempo. Mas eu te aconselharia a encontrar os familiares dela o mais rápido possível. – Sugeriu a Dra. Daise, depois de ficar em silêncio por um momento. - Obrigada, Dra. Daise! Eu vou dar um jeito! Por enquanto, conte comigo para o que precisar. O dinheiro não é problema, vou tentar o meu melhor. – Agradeceu Liliane.- Não precisa, o Dr. Carlos já me pagou. – Disse a Dra. Daise, sorrindo.Lilian
- Quem está falando? – Perguntou Heitor, o filho de Lucinda, indignado.- Sr. Heitor, não importa quem eu sou. – Choramingou Mavis. – Lucinda está em apuros e agora está sendo tratada no topo do Hospital Santa Cruz. - O quê? – Exclamou Heitor, elevando a voz, incrédulo, perguntando. – Você tem certeza de que é minha mãe?- Se não acredita, pode vir ao Hospital Santa Cruz e ver com seus próprios olhos. – Disse Mavis.- Se você estiver me enganando, eu vou chamar a polícia! – Ameaçou Heitor.- Sr. Heitor, Lucinda é uma boa pessoa. Ela me ajudou antes, então estou te avisando por bondade. Não deveria ficar tão bravo. Se precisar ficar irritado, que seja com quem demorou tanto para te contar, não é verdade? – Disse Mavis.Ela informou Heitor sobre a situação de Lucinda, provocando sua ira, antes de desligar a chamada.Ela limpou as lágrimas que caíram durante a atuação sem expressão no rosto.Agora, ela só precisava aguardar o desenrolar da trama.No hospital. O celular de Liliane tocou.
Ao ouvir a história, Kerry soltou um palavrão. - Isso é coisa que ser humano faz? – Rugiu ele.- Então, por favor, pare de fazer barulho... – Pediu Liliane, massageando as têmporas.Antes que as palavras terminassem, um segurança entrou abruptamente.- Srta. Liliane, há alguém querendo entrar à força no portão, mas a gente impediu ele. – Avisou um segurança. Liliane sentia um calafrio. Será que Heitor apareceu?- Sua vagabunda! Saia daí! – Gritou Heitor.Mal Liliane pensava em Heitor, ele começou a xingar do lado de fora.- Vou lá e acabo com ele! – Disse Kerry, irritado, se levantando rapidamente.- Não faça isso! – Deteve Liliane, se apressando em segurar a roupa de Kerry.- G! Aquele ingrato está aqui para brigar e ainda te xinga. Eu não consigo suportar! – Disse Kerry.- Eu vou resolver isso, não se intrometa. – Falou Liliane, se levantando.- Não! – Recusou Kerry. – Eu vou com você! - Mas prometa que não vai causar confusão. – Cedeu Liliane, ao ver a determinação de Kerry.- En
- Ok! Apenas uma semana! Aguardarei! – Concordou Heitor, mal conseguia conter sua alegria.Liliane assentiu, indicando aos seguranças que soltassem Heitor para que ele partisse. Quando Heitor se foi, Kerry rangeu os dentes de raiva.- Isso é absurdo! Simplesmente inacreditável! – Comentou Kerry.- As pessoas mais irracionais neste mundo são aquelas sem escrúpulos. – Respondeu Liliane, com calma, recostada no sofá.- Então você realmente pensa em dar cinco milhões a ele? – Perguntou Kerry.- Ainda não estou nesse patamar de extravagância. – Disse Liliane, olhando sem jeito para Kerry.Será que a sintonia entre eles desapareceu?Kerry ficou perplexo por um momento, então a ficha caiu. - Entendi, é uma tática de atraso! – Disse Kerry.- Pode dizer isso. – Respondeu Liliane. – O mais importante é que eu quero descobrir quem está divulgando informações por trás disso. - Impressionante, G! – Comentou Kerry, levantando em silêncio o polegar.À noite, antes de dormir, Liliane ligou para Edu
Irmã? - Liliane? – Perguntou Heitor, depois de pensar por um momento.- Sim, mas se quiser provas, você precisa fazer algo por mim em troca. – Respondeu Eduardo.- O que? – Perguntou Heitor.- Eu preciso que você me diga quem te contou sobre isso e quem pediu para você procurar Liliane por compensação. – Disse Eduardo. Ele brincou com um pen drive enquanto falava. – Quanto às suas palavras serem verdadeiras ou não, eu tenho maneiras de verificar. Mas se eu descobrir que você está mentindo, ou se, após obter provas, você der problemas para minha irmã de novo, você vai ter que considerar se consegue sair da Serafim. Além disso, se você vai conseguir ou não o dinheiro, depende das suas habilidades. As palavras de Eduardo pareciam leves, mas a expressão de Heitor já estava mudando.Alguém que podia forçar ele a entrar em um carro em plena luz do dia, o que ele não seria capaz de fazer?Ele ignorou os contatos daquela mulher nos bastidores!Em vez de ofender o homem na sua frente, ele pr