Mavis apertou os dedos debaixo da mesa. - Mesmo estando de licença, eu ainda tenho acesso às mensagens internas da empresa. Eu soube da notícia, mas não a divulguei porque não queria te preocupar. – Explicou Mavis, apressadamente.William batia os dedos no joelho. - Da próxima vez, não use desculpas para contatar Liliane. – Disse William, chateado.- William, por que você defende ela tanto? Será que fiz algo errado? - Perguntou Mavis, chorando, seu rosto e maquiagem se misturavam em uma bagunça.- Fique tranquila na família Lima e cuide da gravidez. – Falou William, desviando o assunto.- Você não vai me deixar voltar? William, é o nosso filho. – Disse Mavis, as emoções dela começaram a fugir do controle.Com a pergunta contínua, William resfriou seu semblante. - Se você continuar assim, vou cancelar o noivado e criar o filho sozinho. – Disse William.Terminando de falar, William se levantou e saiu rapidamente. Após o fechamento da porta, Mavis esfregou as lágrimas do rosto.Tudo i
- Me solte! – Grito Liliane, com a voz alta, lutando com esforço.O homem deu um tapa forte no rosto de Liliane.O som ressoou em seus ouvidos, fazendo com que Liliane quase perdesse o equilíbrio.Ele arrastou ela para dentro do carro. - Dirija. – Ordenou o homem, ao motorista com frieza.Liliane não se atreveu a resistir, sua força era insignificante diante daquele homem!Se ele agisse violentamente, seu filho não estaria a salvo.Ela decidiu se encostar na porta do carro, mantendo um olhar fixo no homem.Cautelosamente, ela estendeu a mão ao bolso, tentando discar o número de emergência de Jorge.Apenas três toques na tela bloqueada a separavam de uma ligação.No entanto, antes que Liliane pudesse fazer isso, o homem rapidamente pegou seu celular, abaixou o vidro da janela e o jogou para fora.O olhar chocado de Liliane se fixou do lado de fora da janela.Que diabos de pessoa estava indo atrás dela?Liliane não ousava imaginar o que aconteceria a seguir.Por instinto, ela olhou para
- Às seis da tarde, algo aconteceu? – Perguntou Lucinda, preocupada.- Eu não sei. – Disse William, ficando com o rosto gelado.Após desligar, ele ligou para Marcela.Marcela atendeu rapidamente. - Sr. William! A Lili está aí? – Perguntou Marcela.- Você convidou ela para jantar? – Perguntou William, severamente.Marcela ficou inquieta. - Sim, eu convidei ela para jantar, mas estou no restaurante esperando e o celular dela está desligado! – Respondeu Marcela.William se levantou da cadeira abruptamente, com um toque de frio nos seus olhos.- Desligue agora. – Disse William, ligou de imediato para Jorge e ordenou. - Liliane sumiu. Envie alguém para encontrar ela.Dito isso, William saiu às pressas do escritório.Restaurante.- O que faremos? A Lili não está no Jardim Azul! – Disse Marcela, nervosa.- Vamos até o Apartamento Vista Bela, talvez ela esteja em casa, esqueceu de carregar o celular. Grávidas são distraídas e sonolentas, não se preocupe. – Disse Carlos, se levantando rapidam
William permaneceu em silêncio por um momento. - Entendi. – Respondeu William.Após desligar a chamada, ele instruiu de imediato Jorge. - Continue rastreando os movimentos da Mavis! – Disse William. - Certo. – Respondeu Jorge, assentindo.Após as instruções, William pegou seu casaco e saiu apressado da mansão. Ao entrar no carro, se dirigiu rapidamente para a Antiga Mansão da família Gabaldo.Ao chegar em casa, ele encontrou Guilherme tomando café da manhã, com uma expressão sombria. Guilherme percebeu a hostilidade de William e largou os talheres, irritado. - O que você está fazendo aqui tão cedo? – Perguntou Guilherme.- Você levou Liliane embora? – Questionou William, com frieza.- Você está exagerando! – Repreendeu Guilherme, se levantou abruptamente, gritando. - Olhe as horas! São seis e meia da manhã! Você vem aqui me questionar assim? Você ainda me vê como pai? Ainda respeita alguma regra? A expressão de William ficou ainda mais sombria. - É melhor não ser verdade! Caso
Do amanhecer ao anoitecer e novamente do anoitecer ao amanhecer. Liliane deitada no chão, fraca, olhava para a fresta da porta, suas mãos inchadas tremiam sem parar. O quarto apertado e claustrofóbico, juntamente com o medo iminente da morte, continuava corroendo sua mente. Se não fossem os três pequenos seres dentro dela, ela temia que teria se entregado ao desespero. Liliane fechou os olhos, a imagem de William se formou em sua mente. Nos últimos dias, ela ponderou muito, considerando se a família Lima ou a família Gabaldo poderia estar por trás disso. As redes de poder daquelas duas famílias eram intrincadas e sua força era inimaginável. Ela, como uma formiga, não tinha meios de resistir. Agora, ela estava sozinha e se os filhos nascessem? As crianças eram inocentes, ela ainda não havia vingado sua mãe. Liliane encolheu lentamente o corpo. Se conseguisse sair viva, ela queria apostar por si mesma e pelos filhos. Apostar que William ficaria com as crianças e protegeria elas
Mavis correu até a escrivaninha.- Vovô, você levou Liliane, né? Eu sei que você fez isso por mim. Se realmente foi você que levou ela, por favor, deixe ela em paz, está bem? – Disse Mavis, chorando.O rosto de Gilberto ficou sombrio. - Mavis, você esqueceu como ela agiu de forma arrogante na sua frente? Desistiu de William? Desistiu do casamento? – Perguntou Gilberto.Mavis balançou a cabeça enquanto chorava. - Vovô, quando eu estava no Jardim Azul, William quase me sufocou de tanto ódio. As coisas do coração não podem ser apressadas. Acredito que posso reconquistar William! Mas se algo acontecer com Liliane agora, minha relação com ele estará arruinada para sempre e ele vai abortar meu filho! – Revelou Mavis.- Ele realmente disse isso? – Perguntou Gilberto, os olhos dele ficaram sombrios. - Se for verdade, não me culpe por romper as relações.O coração de Mavis estremeceu, será que Gilberto realmente sequestrou Liliane? Mas ela não queria brigar com William assim! Ela se apaixon
Liliane estava ciente dos movimentos e palavras do homem, mesmo sem forças para abrir os olhos, devido ao cansaço extremo após o intenso nervosismo. Se sentindo segura, Liliane adormeceu profundamente....Dois dias depois. Liliane acordou, encontrando William deitado ao seu lado, com rosto dele em sua visão. Suas olheiras eram bastante escuras, exibia sinais claros de insônia, com as sobrancelhas franzidas mesmo enquanto dormia. Será que ele ficou assim por causa dela?Um calor percorreu o coração de Liliane ao ver William. Ela se virou para o lado e notou uma bolsa de nutrição pendurada Seu olhar captou uma canja na mesinha ao lado da cama.Ela não pôde deixar de engolir em seco, pensou por um tempo e não queria acordar William.- Acordou? – Disse William, a voz rouca dele ecoou perto de seu ouvido.Liliane parou por um momento. Será que até mesmo aquele pequeno movimento acordaria ele?Antes que pudesse responder, William se ergueu meio corpo, se inclinando para verificar. Ela
Os sentimentos de Liliane estavam complicados e difíceis de expressar. Ela realmente ouviu o grito tenso de William naquela ocasião.- Além disso, Lucinda me disse que o Sr. William mal comia nos últimos três dias. - Revelou Marcela, estalando a língua.- Você parece ter conversado bastante com Lucinda? - Perguntou Liliane.Marcela assentiu à força. - Afinal, na noite em que você voltou, eu dormi lá embaixo. Lucinda cuidou muito de mim. Durante a conversa, consegui arrancar algumas informações e a mais chocante é que o Sr. William ameaçou Mavis para te encontrar! - Disse Marcela.- Ele realmente considerou abortar o filho dela? - Disse Liliane, perplexa.- Isso é o que Lucinda disse. Eu até torceria para que ele fizesse isso! Assim, os três bebês em seu ventre... - Disse Marcela, fazendo uma careta.No meio da frase, Marcela fechou a boca abruptamente. - Marcela, durante esses dias em que estive presa, eu também pensei muito. - Falou Liliane, apertando os lábios.- O quê? - Pergunto