LILLIEMeu olhar foi de minha mãe para aquele homem misterioso que estava parado ao lado de sua cama. Seus olhos denotavam alguma preocupação, eu a conhecia muito bem e por isso sei que algo estava errado.Espero que não seja nada sério?Caminhei em direção a ela, para chegar um pouco mais perto. O senhor desconhecido não parava de me olhar, não era um olhar perverso que pudesse nos incomodar, se não parecesse outra coisa, mas algo estranho, como se nos conhecêssemos, como se já nos tivéssemos visto de algum lugar. Mas não foi assim, nunca na minha vida eu tinha encontrado esse homem, se fosse assim, eu nunca o teria esquecido. Nota-se que ele é uma pessoa que com sua presença demonstra poder, mistério e elegância. Não sei se isso faz com que todos se sintam assim, mas foi assim que aconteceu comigo."Filha... venha... chegue mais perto" na voz da minha mãe notei alguns nervos.Eu chego a ela. Dou-lhe um beijo suave na bochecha e um abraço curto.— Mãe, como você se sente? - Eu pergun
LILLIEApesar de tudo, eu não queria ir embora, tinha quase uma vida aqui, era difícil me acostumar com outro ambiente, e mais ainda outro país.- Mãe, não posso. Você sabe muito bem que eu tenho uma vida aqui, e não é que eu não deixasse tudo por você, você sabe muito bem que eu deixaria. Mas não posso fazer agora, ainda tenho um mês para terminar o semestre, não posso pedir troco, não me davam. - Falei tudo rápido, queria que ele percebesse porque eu não podia ir embora, já que não era só para isso.- Eu sei. Isso vai demorar um pouco mais, dê um tempo para terminar o semestre e fazer o processo de mudança. - diz ele - já conversei com sua irmã e se tiver que ir um pouco mais cedo, Lionel - ele lhe dá um rápido olhar, parecia que ele não estava lá, mas ele ainda estava onde estava, só que em silêncio sem parar para ver o infinito pela janela, mas quando minha mãe menciona isso, sua atenção se volta para nós — Ele me disse que deixaria alguém encarregado de acompanhá-lo, se for neces
LILLIEAcordo com o som do meu celular. Ele estendeu a mão para a mesa e pegou-a às apalpadelas, e atendeu a chamada sem olhar quem era. Ele ainda estava abrindo os olhos."Diga", eu respondo."Bom dia, minha bela adormecida," a voz de Dante soa no alto-falante. Eu rapidamente me sento e meus olhos se abrem "Eu te acordei?" - Pergunta.Que pena, ele vai achar que sou preguiçosa, olho as horas no relógio da mesinha de cabeceira e vejo que são nove da manhã.— Não, eu já estava acordado — tento não parecer sonolento só de acordar — Tem algo errado? - perguntei, queria esconder a emoção pela ligação dele.— Só queria ouvir sua voz — diz ele — e saber como você estava, mas não tenho muito tempo. E eu não deveria ligar para você em qualquer telefone.Eu não entendia por que ele não deveria me ligar em qualquer telefone ou celular, mas como eu não tinha tempo, eu não ia perguntar isso agora. Melhor aproveitar para ouvir a voz dele que me deixava nervosa toda vez que ele falava. Ouvi-lo dize
DANTEContinuo ouvindo quando ele menciona algo que eu lhe enviei. Mandei o Franco, para entregar algumas coisas que comprei para ele em algum momento, alguns dias atrás. Mas por minha própria decisão eu não tinha dado a ele antes.Eu também estava um pouco confuso na época, desde então ela estava causando muitos sentimentos extremos em mim. Algo muito fora do comum, algo que eu nunca havia sentido antes. Além do mais, eu não sabia o que era sentir, a única coisa que eu sentia era meu pênis enquanto se movia excitado por qualquer mulher. Mas isso também havia mudado, ninguém despertava mais nada em mim, absolutamente nada, apenas minha besta de olhos esmeralda. Ela era a única, e dona do meu membro e tudo meu, supostamente tudo...Porra, eu era um bastardo, porque eu sempre quis tê-la comigo. Não sei se poderia oferecer a ela uma vida como ela merecia, mas ainda estava disposto a arriscar, torná-la minha. Mas desta vez não seria apenas uma noite, mas todas as noites de nossas vidas.E
DANTEMas isso também me dá tempo para pensar melhor em como contar a eles. Eles, e mais do que tudo o Iván, eram a única família que eu tinha, dividia tudo com eles, até com as mulheres, mas desta vez não ia tornar isso possível. Eu tinha decidido fazer dela minha esposa e ninguém poderia tocá-la, para qualquer propósito. Ela estava fora dos limites para qualquer um além de mim.Ela é só minha.— E agora o que nosso patrão quer — Leo diz brincando, e eu rosno irritado com o "chefrinho", ele vem até mim e dá um tapinha no meu ombro em saudação, ele não os via há semanas - O que é tão importante? Ele pergunta enquanto se senta ao lado de Enzo.— Sim, do que se trata? Algum confronto? Devemos matar alguém? — Enzo questiona animadamente.— Acho que não é nada disso — responde Iván, vai até o bar e se serve de outro tipo de uísque em um copo — Ele estava me dizendo que é a sua Pequena Megera — diz virando-se para nos ver.Ele sabia como o chamava, esse apelido o colocara entre eles. Ela n
DANTE"Dante", diz Ivan. Nós já estávamos sozinhos, na mesma sala — eu queria mantê-lo atualizado sobre uma coisa, por causa do quão relaxado e calmo eu vejo você, duvido que você já esteja ciente disso.O que ele quis dizer?Só espero que não seja algo relacionado àquele maldito Bachman.- O que está acontecendo? — Apoiei-me nas pernas com os braços à frente para fixar o olhar nele, ele já está sentado no outro sofá — Larga já, sabes que não gosto de suspense, muito menos de surpresas de mau gosto.Ele suspira profundamente e olha para mim.— Há alguns dias fui ao bar, e Filippo — ele se referia ao dono do lugar — me disse que Tamara está grávida.Não sei por que ela me contou isso, o que ela fez ou o que aconteceu com aquela cadela, eu me importei muito pouco.— E como isso pode me importar? - perguntei, mas queria que fosse uma afirmação - O que você faz da sua vida vale uma merda pra mim.— Não sei, pensei que talvez você quisesse saber.— E por que deveria? Só transei com ela algu
DANTE"É diferente... ela logo será a Sra. Mancini, dona desta casa e sua chefe." Dou-lhe um punho cerrado no ombro.- E aparentemente também dono do Diabo - zomba enquanto ri.Maldito seja.— Sim, tire sarro de tudo o que você quiser, mas depois ela vai te mandar — agora sou eu quem zomba e sorri.Seu sorriso estúpido desaparece e ele me olha mal.— Você é um maldito — murmurei — Agora vou ter que receber ordens de uma mulher. E o que, depois de um tempo os demônios virão? - tenta se recuperar com isso, enquanto me ataca novamente.Eu balanço minha cabeça."Você sabe o que eu penso sobre isso."Então por que você não se cuida?" - ele me repreende - Em uma dessas ele vai te dar uma surpresa, e essa vai ser uma, não como a notícia de Tamara.- Eu não acho que isso seja possível. Quando eu a ver de novo eu vou falar muito bem com ela, talvez ela comece a tomar uns remédios, esses babacas que as mulheres tomam para evitar sair em serviço."Então você não vai ver diabinhos?" Ele tenta fin
DANTEEu estava de pé na frente do espelho enquanto terminava de me vestir. Calça social preta e camisa sem gravata aberta com os primeiros botões para cima, quase nunca gostei de usar nada no pescoço, além da corrente de ouro branco que minha mãe me deu no meu aniversário de quinze anos. Nele eu carregava um pingente de asas parecido com a minha tatuagem, só que com duas asas fazia a diferença. Atrás deles estava escrito em italiano "sempre con te"Ela havia dito que aquelas asas eram minhas, e a frase era para eu saber que ela sempre estaria comigo me protegendo. Que quando estivesse pronto para voar precisaria deles.Por um lado, ele estava certo, eu realmente precisava daquelas asas quando as pedi, eram as que eu me agarrava e suas palavras ficaram muito marcadas em minhas memórias. Mas o que não era verdade era que ela sempre estaria comigo, quando eu era muito jovem cheguei a acreditar em tudo, mas nunca pensei que poderia perdê-los, que algum maldito tiraria suas vidas e os sep