Quando Raul terminou de falar, todos ficaram chocados.Incluindo Eulália.Ela mal podia acreditar no que estava ouvindo.O que esse homem estava dizendo?Mas Raul entregou o café da manhã para ela e deu uma tapinha em seu ombro:- Aqui você não vai conseguir comer, leve para a empresa e coma lá, dirija com cuidado.Ele estava um pouco inibido, sentindo uma alegria e excitação indescritíveis.Era como se um interruptor dentro dele tivesse sido ligado de repente, deixando ele desorientado e, ao mesmo tempo, animado.Ele olhou para o rosto chocado de Eulália e só queria abraçar ela com força, mas não podia fazer isso agora.Ele suavizou muito o tom de voz: - Quer que eu te leve?Eulália ficou completamente perplexa.Raul tossiu: - Bem, nos falamos mais tarde.Ele colocou o braço em volta dela e a levou para fora.- Dirija com segurança, vou cuidar de Ângela, não se preocupe.Havia um monte de gente no quarto, então Raul não pôde acompanhá-la até a saída e fechou a porta elegantemente na
Rodrigo e Jéssica saíram, mas João e Patrícia não saíram.Afinal, Ângela ainda era filha de João, ele não podia simplesmente ignorar ela.Ele queria entrar para ver e Raul não o impediu.Ele comprou o café da manhã, mas Eulália levou tudo, então ele teve que mandar Vinicius comprar mais duas porções.Quando João foi ver Ângela, Patrícia parecia preocupada:- Raul, você está tão ocupado no trabalho, talvez eu deva ficar aqui para fazer companhia a Ângela.Raul olhou para Patrícia:- Não precisa, Ângela já tem alguém cuidando dela. Além disso, ela não gosta de você, então é melhor você não vir mais.Principalmente, porque Eulália podia ir visitar Ângela com frequência no futuro, ele não queria que as duas se encontrassem.Patrícia quase entrou em colapso:- Raul, você me odeia tanto assim? O que fiz de errado para você me desprezar assim?Raul realmente não gostava de ficar conversando com essa mulher.- Se você está indo bem ou mal, não é da minha conta. Você não ouviu o que eu disse an
Eulália não queria atender ao telefone de Raul.Ela estava realmente com medo dele.Mas a pessoa do outro lado não desistia, se ela não atendesse uma vez, ligaria de novo.Ela não podia mais ignorar.- O que você quer afinal? - Eulália nem conseguia comer direito.Raul parecia de bom humor:- Só queria te dizer que estava falando sério antes. Vá comer, conversamos melhor à noite.Eulália ficou sem palavras.Não conseguia mais comer e não queria conversar com ele.- Sr. Raul, não importa o que você queira, só quero que nossa relação seja estritamente profissional.- Isso não é possível. - Raul ficou irritado com sua atitude distante. - Eu, Raul, não sou digno de você?- Não é você que não está à altura, sou eu que não estou à sua altura.- Se você está à altura ou não, quem decide sou eu.Eulália ficou em silêncio.“Esse maldito homem, por que ele sempre tem que causar problemas? Não há uma tal de Patrícia? Espera, não importa qual seja a relação dele com Patrícia, não quero ter nada a
Joana voltou do canteiro de obras e se assustou ao ver o carro de luxo e os seguranças do lado de fora.Até Bruno e os outros perderam o foco no trabalho e estavam esperando do lado de fora.- O que vocês estão fazendo aí? Quem está dentro?Joana pegou o café que a assistente tinha acabado de trazer e bebeu alguns goles gulosos. - Estava morrendo de sede, está tão quente hoje.Bruno disse: - Lá dentro tem um senhor e uma mulher bonita. Minha Eulália parece muito infeliz, provavelmente estão aqui para causar problemas.Assim que ele terminou de falar, ouviram um grito vindo de dentro:- Eu sou o pai dele, ele tem que casar com quem eu mandar!Todos ficaram surpresos.Joana devolveu o café para a assistente e correu para dentro.No escritório, Eulália estava calma e ao ver Joana, perguntou: - Você voltou? Está tudo bem no canteiro de obras?Quem ainda se importava com o canteiro de obras? Joana olhou para as duas pessoas: - Quem são?Eulália disse: - O pai do Sr. Raul e...Ela não s
Raul finalmente voltou para a casa antiga.Assim que entrou, se encontrou com o mesmo recém-chegado, Sandro.Tio e sobrinho não se viam há quase um mês, a última vez foi na reunião de acionistas do Grupo Vieira.Originalmente, Raul não se importava se Sandro não fosse trabalhar, seu tio tinha um emprego vago na empresa e podia não ir à empresa algumas vezes ao longo do ano.Mas, infelizmente, o humor de Raul não estava bom, mesmo que fosse um mais velho, ele seria repreendido.- Ainda se lembra de qual lado fica a entrada da empresa?Sandro foi até lá e abraçou o ombro de seu sobrinho, se pendurando nele sem cerimônia.- O que foi, está de mau humor?Raul afastou sua mão e entrou na propriedade de João.Sandro chamou por ele de costas: - Já que voltou, venha beber conosco à noite.Raul o ignorou e, com o rosto frio, foi confrontar seu pai.- Você, moleque, não tem respeito pelos mais velhos. - Sandro resmungou.Ele tinha trinta e dois anos, quatro anos mais velho que seu sobrinho, Rau
Raul não ficou para jantar na casa antiga, depois de deixar seu pai furioso, ele saiu.Essa situação não era incomum ao longo dos anos, então ninguém ficou surpreso.Ele também não voltou para o Waterside Villa.Ângela tinha tido um ataque e ele estava preocupado, então decidiu visitar ela no sanatório novamente.Quando ele chegou desta vez, Ângela não correu para abraçar ele como de costume, em vez disso, ela olhou para trás dele.- Onde está a senhorita?- Ela está trabalhando até tarde.Ângela era muito compreensiva.Ela sabia que sua doença era uma preocupação para os outros e sempre evitava incomodar as pessoas, sabendo quando parar.- Tudo bem, ela virá me ver quando tiver tempo livre.Raul foi até ela e acariciou sua cabeça. - Já jantou?- Sim, comi guiozas cozidas no vapor e tomei sopa. - Ângela olhou para ele com expectativa. - Você não comeu ainda?- Não.Ângela franziu o cenho. - Você sempre me deixa preocupada.Vinicius já tinha ido comprar o jantar, então Raul foi para o
Logo de manhã cedo, o que Bryan queria fazer?Joana rapidamente foi cumprimentar ele:- Sr. Bryan, quando você chegou? Esperou muito?Bryan estava um pouco pálido, embora fosse de manhã, não estava tão frio para que seu rosto ficasse pálido. Parecia que sua saúde não estava boa mesmo.- Não, acabei de chegar há alguns minutos. - Bryan sorriu, como se a neblina da manhã estivesse se dissipando.Joana ficou um pouco deslumbrada.- Espere um momento, vou abrir a porta para você.Bryan se afastou e olhou para Eulália.O olhar de Eulália passou pelo rosto dele.Ele tinha sido socado por Raul no dia anterior, mas seu rosto já não estava inchado, apenas o machucado no canto da boca ainda não tinha cicatrizado.- Sr. Bryan, há algo que você precisa?A data para entregar os desenhos ainda estava longe, então ele definitivamente não estava lá por causa dos desenhos.Bryan tirou duas coisas do bolso do sobretudo e entregou para ela:- Isso é uma pomada para cicatrizes que eu pedi a alguém para t
Joana era do tipo que gostava de se meter onde não era chamada.- Pomada para cicatrizes ou rosas, qual você prefere?Esta era claramente uma pergunta armadilha, Eulália não caiu nessa:- Isso não é uma questão de preferência, a pomada para cicatrizes é útil para mim.Ela colocou as flores nos braços de Joana: - Você gosta, tome.Joana disse: - Você não precisa, não vá jogar fora, ok?- Como quiser. - Eulália disse.Bruno entrou na hora certa e correu para pegar as rosas:- Não jogue fora, que lindas, vou levar para a minha namorada na escola.Joana queria chutar Bruno para longe: - Pegar o que os outros não querem e dar para a namorada, você é tão mesquinho? Não tem dinheiro para comprar nenhuma?Bruno riu: - Isso não é mesquinho, é reutilização de recursos.Joana estava perplexa, como esse cara conseguiu uma namorada?Bruno saiu com as flores nos braços e voltou com algumas xícaras de café.- E as flores? - Joana perguntou.Bruno respondeu: - Vendi para a floricultura na rua ao