MARY COLLINSEle me prometeu isso lá no início, quando não tinha nem um mês que havíamos retornando para a vida um do outro. Eu ainda tinha dezessete anos, o primeiro beijo não tinha rolado e nem tínhamos assumido os nossos sentimentos. Éramos apenas tio e sobrinha, sem essa relação pecaminosa e deliciosa que nos envolve. Mesmo sem esse vínculo ainda mais forte, ele me prometeu e William nunca quebra as suas promessas, espero que não comece a fazer isso agora._ Filha, por favor, coma.- Escuto a voz do meu pai.Eles aqui? isso sim é novidade. Desde que me trouxeram para esse lugar, só nós vimos aquela vez que eles me contaram do casamento que fui obrigada a concordar. _ Não estou com fome.- Sussurro._ Impossível. _ Você está a dois dias inteiros sem comer e beber água, apenas tomando banho e voltando para essa cama.- Minha mãe fala e sinto a cama se afundar ao meu lado.- Você nunca ficou tanto sem se alimentar._ Como vocês saberiam? Nunca estiveram em casa de verdade.Solto um sus
WILLIAM MARTINSUma semana. A porra de uma semana inteira desde que o meu irmão, se é que posso chamalo assim, se meteu na minha vida e trouxe as trevas para o que era luz. Que ele foi capaz de sequestrar a própria filha.Sete dias que eu não vejo a mulher que amo, sinto o seu cheiro, seu abraço, beijo e carinhos. Sete dias que não vejo os seus olhos brilharem todas as vezes que se encontram com os meus, ou que não contemplo o sorriso tão lindo que enfeita os seus lábios sempre que sussurro o quanto a amo. Cento e sessenta e oito longas horas que ela está longe de mim e estou prestes a morrer de tamanha preocupação. Não sei como Mary está e isso me mata por dentro, uma sensação tão angustiante quanto a de ficar sem ar. Não sei se ela está comendo, se estão a maltratando e muito menos como está o seu emocional. Porra, os proprios pais estão fazendo isso com ela, é o suficiente para surtar e todos a entender. Qualquer pessoa, em seu lugar, poderia ficar mal. Sem contar a força absurda
WILLIAM MARTINSParamos em frente a entrada da enorme casa, saindo do carro e correndo para dentro. Fiquei entre o meu amigo e seus soldados, eles possuem mais experiência do que eu e não sou orgulhoso- e tolo- o suficiente para me achar melhor que eles. Tiro a arma do cinto e a destravo, pronto para atirar se for necessário.A casa é ainda maior por dentro, por isso estamos com muitos soldados.Tentamos de tudo, mas não conseguimos nenhuma pista de onde Mary e Liam estão sendo mantidos cativos.Por esse motivo tantas pessoas, assim conseguimos nos dividir e cobrir mais território. Pegamos as escadas e subimos para a ala dos quartos. Tem uma equipe atrás dos pais, eu estou indo atrás da minha menina. Pegamos o corredor do lado esquerdo e entramos em todos os quartos, sem sucesso em nenhum deles. Foi assim mais uma vez,até que entramos em um que,logo na entrada, uma equipe de segurança estava segurando um homem alto e forte que está tentando entrar em um dos quartos. Ele luta ferozme
SEIS ANOS DEPOISMARY COLLINSPasso os dedos indicadores e médio pelos meus olhos, os esfregando delicadamente. Após alguns segundos repetindo o movimento, paro com ele e abro os os olhos, piscando algumas vezes para me acostumar com a claridade da suite. Jogo os meus pés para fora da cama, levantando logo em seguida. Dispenso o roupão, seguindo, totalmente nua, o som do chuveiro ligado. Assim que adentro o banheiro, meus olhos admiram a silhueta que está no box. A fumaça d'água quente me impede de ver muitas coisas.Sigo para a pia e escovo os meus dentes, fazendo minhas necessidades logo em seguida. Abro a porta de vidro, sendo agraciada com o vapor quente que predomina. William não perde a mania de tomar banho pelando. Seguro na sua cintura, puxando suas costas de encontro ao meu peito, esfregando os meus seios nele. Sinto o seu corpo relaxar ainda mais, mas começa a arrepiar assim que começo a beijar suas costas, trilhando um caminho até o seu ouvido._Bom dia, marido.- Sussu
MARY COLLINSPasso minha unha pela sua nuca, arranhando a região. Vou descendo os meus dedos pelo seu tórax, abaixando o meu corpo até ficar na altura da sua cintura. Beijo a lateral da sua coxa, chegando bem perto do seu pênis, mas evitando de o tocar.A expectativa deixa ele ainda mais excitado e a demora começa a despertar o seu lado bruto que tanto me instiga._ Mary.- Sua voz é grossa.Gemidos e nem respirações profundas acompanham o seu chamado. Meu nome não saiu como um gemido, mas sim como um aviso e repreensão ao mesmo tempo._ O que você quer?Desvio o meu olhar do seu, focando minha atenção no seu pau. Passo a língua pelos meus lábios, sentindo minha boca salivar com a bela imagem. Volto a encarar o meu tio, vendo seus olhos em chamas._ Você sabe._ Tem razão.Seguro, bem de leve, a sua base._ Mas gosto de te ouvir implorar.Faço a minha melhor cara de safada, percebendo o exato momento que ele desliga a voz de seu cérebro e passa a agir com seus extintos.William dá um t
MARY COLLINS Saio dos meus devaneios quando o meu celular toca, ecoando um som irritantemente fino por todo o ambiente claro. Antes mesmo de olhar o visor sei que é o meu amor que está me ligando, provavelmente já está chegando para me buscar. Sei que é ele porque o meu celular vive silencioso, tendo uma exceção apenas para ele, privilégio que nem mesmo os meus melhores amigos possuem. Motivos de algumas desavenças minha com Liam, já que, de acordo com ele, eu posso acabar perdendo uma ligação muito importante. Meu argumento será sempre o mesmo; nada é mais importante que a minha paz! Caso seja algo relacionado ao trabalho, ligam para a minha secretária e ela me transfere a ligação. Não passo o meu número pessoal para nenhum cliente, sócio ou algo assim. Quer dizer, apenas um sócio o possui, meu adorável marido. Sim, ele tem algumas ações da minha editora e eu do seu escritório de advocacia. Quando decidi o que gostaria de fazer, William fez questão de me apoiar, mesmo não precisan
MARY COLLINS_ Anos atrás realizei uma consulta com o urologista, gosto de me manter em dia com os meus exames. Em meio a nossa conversa, contei que fazia sexo com a minha falecida esposa sem camisinha e ela não era tão regrada com questão de remédios e ainda assim não engravidava. Ele disse que eu deveria ter algum problema de infertilidade e me aconselhou a fazer um exame, assim descobriria o que e poderíamos tratar. Como na época não queríamos filhos, não demos continuidade.William explica e o doutor concorda, prestando atenção nele.O médico que ele consultava se mudou, então meu marido foi remanejado para o que estamos agora._ Então estive analisando os seus exames.- Fez uma pausa dramática, abriu uma gaveta da mesa e pegou de lá uns papéis.- E não encontrei nenhuma anomalia, não acusou infertilidade._ Isso é algo bom, né?- Pergunto._ Por esse motivo entrei em contato com o laboratório e com o frasco de sangue que sobrou dos seus exames, pedi para ver se o senhor testava posi
MARY COLLINSSeguro na ponta da colcha da cama, puxando ela com tudo, deixando-o sem a coberta com o ar ligado no mínimo. William solta um palavrão como protesto,encolhendo-se na cama, provavelmente com frio. Olha que esse homem vive com calor.Como, nem mesmo com isso ele levantou, ando pelo quarto com o meu salto fazendo um barulho irritante. Pego, na nossa mesinha de cabeceira, o controle das cortinas, abrindo todas de uma vez só. William leva a mão aos olhos, incomodado pela claridade súbita no quarto que estava um breu a poucos segundos. _ Bom dia, bela adormecida.- Falo com um tom mais divertido._ Me deixa dormir._Você não vai passar o dia na cama, sentindo pena de você mesmo.- Nego com a cabeça, mesmo que ele não esteja vendo.- Ao invés disso vamos sair._ Não quero ir.- Faz birra._ Não perguntei se você quer ir, meu amor, estou informando que você vai comigo.- Uso o meu melhor tom irônico.Posso estar sendo uma megera o forçando sair dessa cama ao invés de permitir que si