Salvatore narrando E lá estava eu, confuso, de braços cruzados, com raiva de mim simplesmente porque não conseguia aceitar as coisas como elas eram. -Não quero estar em um lugar onde seja sempre valorizado pelo meu parceiro e não por quem eu sou. Salvatore não vale a pena – ouvi ela reclamar. -Elira, você queria se inscrever na faculdade, você já fez isso. Não reclame tanto.falei com ela -Mas como posso não reclamar? Você também contribui para essa universidade! Você viu como todos olharam para mim? -Você não deveria se importar com o que alguém diz. Se eu me importasse com o que as pessoas pensavam ou pensam, não teria o império que tenho hoje – respondi. -Isso é outra coisa, não conheço o seu negócio, não sei quase nada sobre você, Salvatore. -Vamos conversar sobre isso, você sabe que sou um... Ela me interrompe -Um mafioso, sim. Eu sei que você está na máfia, mas como você parece ser o empresário que todos pensam que você é? -Porque sou investidor, foi isso
Apertei sua mão ainda mais enquanto escolhemos uma mesa para dois onde nos sentamos muito confortavelmente com uma vista muito bonita da praia. -O que você vai querer para o almoço? - perguntei a ela enquanto a observava olhando o cardápio. -Não sei bem, peça para mim.Olhei para ela e suspirei profundamente.-O que você gosta mais? O tostones ou batatas? - perguntei-lhe-As batatas. ela respondeu. Eu balancei a cabeçaSimplesmente, sem perguntar mais nada, pedi dois pratos de peixe frito com batatas para ela e tostones para mim. Para beber, uma piña colada com álcool para a menina mimada e para mim um Martini e um refrigerante amargo.-Que fique claro que isso não foi algo que eu te impus, para que você não me culpe depois que eu até pedi a comida para você também - eu aviseiEle sorriu e abanou a sua cabeça.-Não se preocupe, essas são algumas coisas também. Você tem que se acostumar - eu a ouvi me dizer-É que você me deixa maluco Elira e já fico na defensiva com você em relaçã
Salvatore narrando Eu a observava tomar seu sorvete com muita atenção. Pude ver como ela gosta e juro que fiquei com inveja do doce que ela lambia daquele jeito. Eu poderia dizer com certeza que não estou me sentindo nada bem, acho que ela me deixa louco a tal ponto que não consigo me controlar. Ela me fez apaixonar perdidamente por cada um de seus gestos. Seu cabelo estava despenteado pela brisa, enquanto ela tentava desajeitadamente empurrá-lo para trás para evitar que alguns fios grudassem em seu sorvete. Fiquei surpreso por ela ter permanecido tão quieta. Não que isso me incomodasse, eu gostava de ouvi-la falar, me questionar e brigar comigo toda vez que ela não estava disposta a ficar sob meu controle. Adorei ver a coragem que minha esposa tinha, gostei de testar aquela personagem que mostrava que ela tinha os tomates no lugar. -Está com raiva? - perguntei a ela enquanto caminhava com ela pela areia. Eu a vi balançar a cabeça Bufei porque estava desesperado por vê-la tã
Gotas começaram a cair do céu, começando cair em nossas peles. -Temos que ir, está prestes a chover – eu disse a ela, observando-a balançar a cabeça.-Elira, temos que ir, não quero que você se molhe e passe mal. Aqui tem muito vento – falei com ela, sentindo as gotas desta vez mais grossas e abundantes. - Se você me ama, mesmo que um pouco, vamos ficar um pouquinho - ela me chantageou -Não, não podemos ficar, não podemos nos molhar. Não quero estragar os bancos do meu carro – ela abriu a boca surpresa. -Você se preocupa mais com seus assentos do que cumprir a nossa lista? Bom! - Ela soltou meu aperto com um tom irritado, mas ameaçador. -Elira não! Elira, não faça isso! - Foi em vão gritar essas palavras para ela. A menina mimada entrou no mar da cabeça aos pés sem se importar nem um pouco! A chuva piorou, tive vontade de morder tudo porque foi desobediente. Eu tive que entrar na água por ela. -Oh não! Nem chegue perto de mim! - Ela me disse quando eu estava prestes a agarra
Elira narrando Ele subiu as escadas comigo nos braços enquanto nossas roupas pingavam água por todo o caminho. Porém ele não parava de me beijar, meu coração batia muito rápido porque eu sentia muitas coisas com Salvatore. Ele era capaz de virar meu mundo de cabeça para baixo sempre que quisesse e poderia ser o ogro perfeito, embora para ele, eu ache que seja “mafioso perfeito” seria seu apelido, já que ele era o mesmo bastardo cruel, mas comigo ele era o mais romântico do mundo. Ao entrar em nosso quarto ele foi direto para o banheiro, onde me sentou no balcão e soltou meus lábios após mordê-los. -Temos que tomar banho. Ele disse-me olhando intensamente. Eu balancei a cabeça -Primeiro preciso lavar meu cabelo, sinto como se tivesse areia enterrada nele. Eu o observei balançar a cabeça. - Vamos tomar banho juntos, vou lavar seu cabelo, ele me disse, começando a tirar a camisa. -Não... não gosto de ser visto assim – falei para ele, já envergonhado. -Devo olhar para você de t
Não pude deixar de rir, porque ele vinha uma das suas. -Salvatore, posso comprar do meu sabor de sorvete favorito. -Doce de leite. perguntou -Exatamente, eu te amo, até penso mais que esse sabor... Ele parou de lavar meu cabelo e me beijou. Ele nunca se conteve, sempre que não conseguia segurar nenhuma palavra que eu lhe dizia ele me comia de beijos. -Do jeito que você está indo, você vai me fazer não querer te largar nem por um segundo e isso não é bom para você – ouvi ele dizer entre os dentes enquanto voltava a massagear todo o meu crânio. Isso é o que chamo de saber enlouquecer uma mulher a ponto de nem saber onde ela está. Ele se encarregou de lavar meu cabelo e desembaraçá-lo perfeitamente também, sem puxar um só momento. Ele me acariciou e me deu leves massagens. Que tive que dizer para ele parar porque poderia adormecer diante daqueles afetos relaxantes. Finalmente acabamos brincando como duas crianças apaixonadas debaixo do chuveiro. Ele ensaboou meu corpo com muita
Tínhamos acabado de acordar, eu estava observando ela prender o cabelo em um rabo de cavalo alto enquanto calçava os chinelos.Sabe o que foi o melhor de tudo isso? o antes e o depois das coisas. Como eu me senti. Antes, quando Elira não estava em casa, eu acordava no máximo às sete da manhã. E às oito eu estava na rua começando o dia com negócios e assuntos para resolver, nunca demorava muito para fazer as coisas, não me revirava na cama nem me questionava se realmente deveria ir trabalhar.Não me preocupava com que horas chegaria em casa, quanto tempo levaria para resolver alguns problemas ou se alguém estava me esperando. Mas e agora?Demorei um pouco para me levantar porque queria vê-la acordar, já que sempre acordo muito antes dela, me questiono um milhão de vezes se preciso mesmo ir trabalhar? É aí que minha mente me diz que não estou faltando nada, mas que se eu for embora estaria perdendo tudo porque a deixaria aqui. Ultimamente tenho reservado tempo para tudo, porque ela me
Eu a vi pegar o saco de farinha branca nas mãos e em menos tempo do que eu imaginava, ela jogou todo o pó nele. -Agora você parece uma vovó, muito feia - ela zombou dele com uma gargalhada que até me fez rir. Ele estava muito engraçado com farinha por todo o terno impecável, os óculos, os olhos quase não se notavam e até a bengala havia caído. Eu o vi levantar a mão para bater nela e foi nesse momento que voltei a ser o demônio que aparentemente ele esqueceu que eu sou. Imediatamente me coloquei entre os dois e segurei a mão dele apertando com muita força. -Se você colocar um único dedo nela e eu vou te enterrar vivo - Seus olhos atacaram os meus. - Não acredito na merda que você se tornou por causa de uma mulher. ele se atreveu a me dizer. - O bom é que me converti agora, o lamentável é que você foi um durante toda a sua vida - respondi, olhando-o atentamente. -Eu sou seu avô! -Você não é ninguém para mim. Você entendeu? É melhor você manter distância da minha esposa, eu já