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04- Você terá tudo o que quiser comigo

Ele me trouxe um bolo de banana, uma salada verde e um suco embalado. Porém, eles me serviram como se eu fosse um homem, eu realmente não comia muito.

De qualquer forma, só comi algumas mordidas. Eu estava muito cansada de chorar e meus olhos fecharam sozinhos. Eu nem tive forças para mastigar.

Tomei alguns goles do suco e não pude deixar de virar de lado e cair no travesseiro.

"Você tem que me ajudar a sair daqui mãe, você tem que me ajudar mamãe" eu sussurrei sentindo uma lágrima percorrer todo o meu rosto enquanto me abraçava.

Eu tinha muitos sonhos, adorava pintar e acima de tudo queria muito ser profissional. Estou estudando para ser terapeuta e anseio viver do jeito que quero.

Minha vida não pode terminar aqui, não pode.

Amanhã seria um grande dia, ou pelo menos seria se eu não estivesse nas garras desse predador. Era a final de um concurso de arte que eu participava, amanhã era a última rodada, era o fim. Fui um dos três finalistas que poderiam ganhar um ano inteiro de faculdade remunerada. Eu ansiava com minha vida poder comparecer, mas veja bem, alguém me impediu de voar. Aquele homem que me sequestrou sem piedade prejudicou completamente meus dias, tanto que eu nem sentia mais meu coração.

Abri os olhos de repente percebendo que havia adormecido, mas o frio horrível do gelo em meus pulsos me fez acordar abruptamente.

Ele olhou para mim sem dizer uma única palavra. Eu apenas continuei lá, com meu pulsos entre as mãos grandes com as bolsas de gelo.

"Preciso que você me deixe ir, eu imploro", eu disse, humilhando-me diante dele mais uma vez, ainda esperando que ele se arrependesse e me deixasse ir.

Ele permaneceu em silêncio.

“Você não comeu quase nada”, foi o que ele respondeu sem olhar para mim.

A voz que aquele homem tinha era de morrer. Juro que te congelaria sem precisar te tocar. Mesmo que houvesse chamas de fogo inextinguíveis.

Aquele tom que ele tinha com todos os traços contraídos do rosto era a combinação perfeita para merecer chamá-lo de monstro.

Sem falar que nas vezes que o vi no colégio, nunca o vi dar nem um meio sorriso.

Aquela mandíbula devia estar enferrujada por ficar na mesma posição.

-Você sabe mais do que qualquer outra pessoa que não pode me isolar do mundo. O que você acha? Que eu não tenho família? O que eu não estudo? Que eu não mereço ser feliz? O que você está fazendo é desumano e você não tem justificativa, não te fiz mal algum, só não queria aceitar seu convite e muito menos ser um daqueles que se ajoelham aos seus pés - questionei-o, dessa vez olhando para ele direto nos olhos.

-Por favor, você não tem ninguém, Elira. Apenas uma tia que foi quem te criou depois que sua mãe morreu. Que pensavas? Que eu não iria investigar você antes de te sequestrar? - Ele me disse, correspondendo ao meu olhar de uma forma que me deixou petrificado com suas palavras e seu jeito gelado e penetrante de me observar.

Ele me atingiu no meu ponto mais fraco.

-Você vai estudar aqui e será feliz AQUI. "Você terá tudo o que quiser comigo", respondeu ele me pressionando muito mais com as sacolas degelo em meus pulsos até mesmo queimado pelo frio.

-Você é um maluco! Você não é um empresário corporativo! Você é um sequestrador! Um desumano! - gritei com ele, chegando a me levantar da cama e me desvencilhar dele.

Mas de qualquer forma, pela primeira vez posso dizer que vi o próprio diabo quando ele me pegou novamente, desta vez pelo braço, me jogou na cama, pressionando meu pescoço, me imobilizando pela primeira vez.

-Sim! Não sou apenas um empresário empreendedor! Eu sou um mafioso! Um com muito poder, tanto que tenho vontade de fazer o que quiser! QUANDO QUISER! Eu sou um assassino, um traficante de drogas! Eu sou o dono da sua vida agora mesmo! Pare de tocar meu nariz porque não tenho paciência. Ele falou comigo de forma dura, um pouco. Seu rosto tão perto do meu me fez tremer, aquelas veias em seu pescoço parecia que iam explodir e seu rosto ficou todo vermelho.

Eu não pude fazer nada além de soluçar.

Foi quando realmente percebi que estava perdido e caí em mãos erradas.

Apenas fechei os olhos, imaginei que minha mãe estava ao meu lado e me deixei levar pela dor que me consumia por dentro até que ele me soltou, me deixando respirar facilmente.

Eu me abracei como uma bola enquanto cobria o rosto com as mãos, sabendo que estava perdido.

Eu o ouvi suspirar e rosnar com raiva.

Depois de alguns longos minutos, ele falou.

-Não quero ser grotesco com você. Você tem que cooperar ou então as coisas irão muito mal para você. Se você se comportar bem, você alcançará o céu, caso contrário, você conhecerá o inferno. Você é quem decide, de qualquer maneira, eu já te disse que não iria deixar você ir.

Como isso pode acontecer comigo? A vida estava contra mim?

-Seu diretor me ligou para me pedir para comparecer amanhã à final do concurso, onde você é um dos participantes e vai comparecer.

Naquele momento parei de chorar para ouvir com atenção.

-Como eu não posso levantar suspeitas e você também não, você tem que ir. Você não pode desaparecer do nada, vou pensar em uma maneira de tirar você dos dois lados, universidade e instituto.

Contanto que amanhã você aja normalmente, então pare de chorar para poder parecer o melhor possível.

Eu o vi caminhar em minha direção, ele sentou na beira da cama e esticou o braço acariciando minha bochecha me fazendo tremer de medo. Ele enxugou uma lágrima.

-Se pelo menos passar pela sua cabeça fugir, pedir ajuda ou contar a alguém sobre isso, então vou matar sua tia na sua frente, e sabe o que vai acontecer? Você ficará completamente sozinha, bem, não completamente, porque você me tem

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