Isis Hernandez.Abro meus olhos e o cheiro fétido do local invade as minhas narinas, procuro por minha amiga e ela ainda está desacordada, chamo por ela algumas vezes, mas Lidi permanece no mesmo estado. Que merda aconteceu? Em um momento estávamos juntas no banheiro no outro,estamos aqui. Vejo uma vasilha com água e dois copos, como esse lugar fede,por Zeus.Minha cabeça está doendo demais e meus olhos pesados se fecham. Um tempo depois, sinto alguém me tocar e abri meus olhos assustada.— Amiga, onde estamos? – Lidi pergunta chorosa.— Também não sei amiga, abri meus olhos um pouco e me deparei neste lugar fedorento.— Como viemos parar aqui? – Ela me pergunta e digo que não faço ideia.Nos levantamos e tentamos abrir a porta, mas sem sucesso, o lugar não tem iluminação exceto as poucas frestas de sol.— Amiga, o que será de nós? – Ela me pergunta e quando estava me preparando para responder a porta é aberta e um cara mascarado entrou.Minha amiga e eu nos encolhemos juntas e ficamo
Sebastian Roux.Já se passaram dois dias e nada de encontrarmos Isis ou Lidiane, não consigo me concentrar em nada, meu pai disse que seria bom se eu fosse trabalhar, mas acho que ele está enganado por onde eu passava as pessoas me mandavam força e diziam que estavam torcendo pelas meninas, na hora do almoço parecia que estávamos em um velório, Yan e Joana estavam quietos e se antes a mesa deles era uma algazarra só, agora se ouvia apenas os sons da nossa mastigação. Quando dona Lica soube do sequestro sentiu-se muito mal e começou a chorar, ela nos pediu desculpa por isso e se retirou, quando fomos pagar a refeição ela se recusou a aceitar e disse que o mínimo que ela poderia fazer era não cobrar uma refeição.— Amiga do jeito que está falando parece que as meninas já partiram dessa pra melhor. – Yan reclama.— Pessoal vamos parar com esse papo mórbido por favor.Peço a eles e voltamos em silêncio cada um mergulhado em sua própria amargura, tento me concentrar ao máximo no trabalho,
Yan MunhozPassamos o dia todo na rua andando de um lado para outro e não conseguimos encontrar uma pista se quer desse desgraçado, onde esse filho da puta se escondeu com minhas meninas, Afonso e eu percorremos vários bairros próximos ao fórum e nada, ninguém viu nada. Minhas pernas pediram socorro, então nos sentamos em um banco de praça, Afonso se aproximou e começou a fazer carinho nas minhas costas para que eu me acalmasse.— Amor, as meninas ficarão bem, você vai ver, tenho fé que encontrarão as duas bem. – Ele tenta me animar.— Não sei Afonso, Tomás é louco e com certeza ele tem ajuda de alguém, por que a polícia confirmou que ele está resolvendo seus problemas para se apresentar, mas eu sei que não é bem isso. – Digo e uma lágrima escapou dos meus olhos. — Cansamos de alertar a Lidi sobre esse cara e ela não acreditou em nós e olha aí o resultado.— Não a culpe por amar. – Ele pede.— Não a culpo por isso, é só que… Deixa pra lá, vamos tentar falar com mais algumas pessoas.P
Joana Garcia Aquela foto mexeu muito comigo, como aquele desgraçado pode deixar o rosto das minhas irmãs naquele estado? Quem ele pensa que é? Juro que se eu o encontrar eu mesma o matarei e irei presa com prazer. Sai as pressas do apartamento ignorando os chamados de Yan, parei no meio fio me sentei e comecei a chorar tudo que estava preso em mim de nós quatro eu “pareço” ser a mais durona mas na verdade sou a mais fraca de todos, meu peito está apertado e meu coração tão acelerado que parece que vai sair do peito.— Finalmente encontramos você. – Julia e Vagner dizem.— Estavam me procurando. – Digo limpando as lágrimas que teimam em cair.— Você saiu correndo e nem nos esperou queria que pensássemos o que? – Vagner diz. — Somos uma família, esqueceu? A sua dor é nossa dor.— Eu amo vocês demais. – Digo a eles que me abraçam.— E nós a você. – Julia acaricia meu rosto. — Quero as minhas irmãs de volta. – Digo a eles voltando a chorar.— Nós as encontraremos. Agora vamos pegar as no
Isis HernandezAtenção: Esse capítulo pode conter gatilhos.Não consigo abrir meus olhos, a dor é excruciante não acredito que aquele miserável entrou aqui cheirando álcool e começou a acusarmos de tudo que está dando errado em sua vida, segundo ele depois que nós duas os denunciamos a vida dele se tornou um inferno e agora ele estava sendo procurado pela polícia por nossa culpa, estava muito tentada a responder, porém minha amiga me impediu, ela falou bem baixo no meu ouvido que quando ele está nesse estado não gosta de ser retrucado. Permaneci quieta como ela pediu e deixamos ele continuar a se lamuriar de como a vida está triste e tals. Já havia perdido a noção de quanto tempo Tomás estava falando e comecei a cochilar, ele jogou uma cadeira na parede oposta ao que estávamos e do nada puxou Lidiane pelos cabelos e começou a desferir socos em seu rosto, minha amiga começa a chorar e pede para ele parar, mas o desgraçado se diverte com o sofrimento dela, sem poder mais ficar parada al
Lidiane FeitosaAtenção: Esse capítulo pode conter gatilhos.Já perdemos a noção de quantos dias estamos presas nesse lugar, sinceramente acho que a morte seria a melhor solução, estamos mal cheirosas, esse lugar está cada vez mais podre e a cada dia o Tomás está mais cruel, até Isis que tem um forte espírito de resistência já está mostrando sinal de cansaço, senhor por quanto tempo mais teremos que ficar aqui com esse louco, estaríamos pior se não fosse a ajuda do senhor P. e B. eles estão sempre trazendo alguma coisa para nos ajudar, a ordem de Tomás era deixar o quadrado em que nos encontramos cada vez mais imundo, mas os dois estão sempre dando um jeito de esvaziar os baldes que usamos como privada. Ontem eu cogitei contar para Tomás que estamos grávidas para ver se o lado humano dele nos liberta, mas Isis me disse que se eu fizer isso ai mesmo que ele vai querer se aproveitar da situação e talvez ele pode até querer fazer mal para os bebês e pensando por esse lado ela tem razão.
Sebastian Roux.Já se passaram vinte dias e nada que porra Bruno e Travis estão fazendo que ainda não as encontraram, minha mãe e que agora está andando com auxilio das muletas se senta ao meu lado e começou a fazer carinhos em minha cabeça.— Filho se acalme, elas serão encontradas em breve, você vai ver. – Ela sorri e não correspondi, depois que tudo isso aconteceu perdi a capacidade de sorrir e de qualquer coisa que envolva felicidade, eu só quero minha mulher e minha filha de volta e que Lidiane também possa retornar com segurança.— Espero que o que diga seja verdade, mãe não aguento mais ficar longe dela, acho que não estou pronto para dizer adeus.— E quem está, mas algo me diz que a história de vocês vai muito além disso aqui.— Por falar em história, você já perdoou o papai? – Desde o dia em que ela descobriu a verdade sobre a morte de Letícia minha mãe não fala com meu pai, parecem dois estranhos morando na mesma casa.— Seu pai precisa de uma lição, meu filho, mas não se p
Atenção: Esse capítulo pode conter gatilhos.Isis Hernandez.Depois da surra que levamos, o pessoal de Tomás nos deu uma folga, porém não nos deram água e nem comida já estávamos no nosso limite, nesse momento acho que a morte seria a melhor solução para nós, não… nada de pensar em morte, precisamos sobreviver para que os nossos filhos possam nascer, a música dona de mim da Iza me vem a mente e a cantarolo baixinho, durante o tempo que estamos aqui quase não dormi, mas hoje estou tão cansada que não consigo ficar com os olhos abertos, um bocejo involuntário escapou e então Lidi pede para que descanse enquanto ela ficará alerta e dessa vez não faço objeção alguma, fecho os meus olhos, sonhei que estava na praia com todos presentes Romeu e Julietta brincavam com os primos e estávamos tão felizes, minha amiga estava contente conversando animadamente com minha mãe, ela fica de olho em Julietta enquanto Sebastian e eu demos uma pequena escapada. Ele acariciava meu rosto e dizia o quant