CAPÍTULO 21BILL NARRANDOTenho feito algumas coisas para relaxar e esquecer o que aconteceu com o professor Marcos. A verdade é que eu odeio quando as coisas saem do meu controle e essa situação com ele realmente saiu.Entrei na faculdade, passei a mão em meu próprio cabelo e vesti a máscara de filho do prefeito. Cumprimentei as garotas como sempre, fui simpático com os caras populares, até convidei todos para uma festinha no fim de semana, já que há tempos não fazia nada.Sentei na mesa onde haveria uma aula de programação e abri a bolsa. Vi o maldito pendrive que usei para salvar as coisas do professor Marcos, o vídeo com a garotinha, alguns documentos e outras coisas. Segurei na mão por alguns instantes e depois o voltei para a bolsa.A aula passou bem rápido. Aulas bacanas geralmente passam rápido. Depois, ouvi na caixa de som da faculdade que era para todos os alunos se dirigirem ao salão de eventos da faculdade e eu fui, já que não tinha muita escolha.Assim que entrei no salão
CAPÍTULO 22BILL NARRANDOMinha boca colada na dela, minhas mãos em sua cintura, as mãos dela em meu peito... Sempre fui obcecado por Bianca, desde o dia que coloquei meus olhos nela. Estar com ela era uma espécie de sonho que virou realidade.Levei uma das mãos até o pescoço dela, pela parte da frente, enquanto a beijava. Com meu corpo, a guiei até a parede e encostei as costas dela ali. Fiz uma leve pressão em seu pescoço com a mão, e interrompi o beijo, deixando minha boca bem perto da dela.— Eu adoro o quão louco você pode ser. — Ela falou baixo, contra minha boca.— Boa menina. — Escorreguei a mão por seu pescoço e agarrei seu rosto, com certa brutalidade no movimento.Bianca deslizava as mãos por meu peitoral, e eu a beijei novamente. Eu a senti puxando a camiseta para fora do meu corpo, levantei meus braços e a ajudei a removê-la. Minha testa estava encostada na dela, enquanto mais uma vez a guiava, dessa vez para meu quarto. Eu a beijei de novo, deixando com que minha língua
CAPÍTULO 23BIANCA NARRANDOMinha cabeça está uma bagunça. Eu não sei como Bill conseguiu me bagunçar tanto em tão pouco tempo. Eu gosto dele, mas gostar dele é abrir mão de toda minha ética e moral, afinal, ele não é apenas alguém que causa desordem na sociedade através de crimes virtuais. Ele se tornou um assassino.Passei as duas mãos por meu próprio rosto e quando as tirei dali, vi Marcela vindo em minha direção. Ela parecia bastante feliz.— E aí, Mah. — Ela me abraçou e me olhou de forma safada.— Dei pro Brad. Ele é incrível. — Soltei uma risadinha ao ouvir.— Isso é ótimo, fico feliz por você. Aposto que agora você não vai ficar desesperada querendo dar pra qualquer um... — Falei em tom de brincadeira e girei os olhos.— Você tá falando isso porque tá sendo comida pelo Bill Hammer. Eu estava desesperada mesmo, estava sem transar com ninguém fazia mais de um mês. — Ela riu ao falar. Eu passei meu braço ao redor do ombro dela e fomos para a sala de aula.As coisas estão esquisit
CAPÍTULO 24BILL NARRANDOEu estava bebendo uísque direto na garrafa, enquanto dançava em cima da mesa de madeira maciça de uma das casas do meu pai. A casa está lotada, o som está ligado no último volume e todos estão eufóricos. Eu estou com uma máscara de Robin Hood, assim como vários convidados. A pendurei no passador de cinto da calça para não deixar no rosto.Eu vi quando o burburinho começou. Programei meu próprio computador para executar funções depois de um simples clique no meu celular. E foi o que ele fez. Programei a invasão do site da prefeitura enquanto eu, Bill Hammer, estou no meio de uma festa lotada de gente. O nome disso é álibi.Vi Bianca olhando o celular do outro lado da sala, e caminhei até ela. Ela também está com uma máscara do Robin, pendurada no braço. Eu cheguei a agarrando por trás. Isso é uma festa, todo mundo se agarra.— Parece que a fantasia favorita do meu halloween fora de época é a máscara do Robin Hood. — Falei e ela deu risada ao ouvir minha voz.—
CAPÍTULO 25BILL NARRANDOEu estava girando uma caneta em cima da mesa do meu computador, no meu galpão, e olhando para a tela. Acabei de programar um ataque cibernético para o lançamento da campanha do meu pai... Eu terei que ir presencialmente até lá, terei que fingir que está tudo bem, que eu adoro essa loucura política que ele se mete. Ele quer muito ser prefeito de novo. Sei que quer ser prefeito e não é pela população.Eu achei a introdução da abertura da campanha do meu pai. Ela começa contando onde estamos: O estado de Illinois. Depois, o grande mapa se amplia mostrando a cidade de Chicago, e logo depois, nosso município: San Andreas. Muita gente feliz, sorrindo, balançando bandeiras com o partido do meu pai, que são uma mistura de muito azul, vermelho e branco.— Já trabalhando, Bill? — Brad entrou no galpão com uma caixa de rosquinhas e café.— Hoje é o lançamento da campanha do meu pai. E em três dias é o lançamento da campanha do Phill. Não tenho tempo a perder. — Respondi
CAPÍTULO 26BILL NARRANDOAbracei Bianca por trás quando chegamos aonde o público estava. Ela ria e eu beijei seu pescoço algumas vezes de forma rápida.— Fui bem? — Questionou.— Eu até achei que você estava realmente brava comigo. — Falei e dei risada também.— Meu coração está super acelerado. Foi incrível. — Comentou.— Espera até ver o que vai acontecer em... — Levantei meu relógio de pulso para olhá-lo. — Exatamente quatro minutos.— Estou ansiosa.— Isso aqui vai virar o caos, gatinha.Nós acompanhávamos o discurso de abertura. Brad estava do lado de fora para se algo desse errado, eu sempre tenho um plano B, C, D e o resto do alfabeto. Mas na maioria das vezes, o plano A basta.Eu e Bianca nos entreolhamos quando as luzes se apagaram. Eu programei tudo para acontecer nesse momento, que seria a entrada do vídeo de abertura da campanha do meu pai Lexter. Eu e Bianca estávamos sentados como todos os convidados, e aplaudimos a entrada do meu pai. A TV San Andreas focou em seu rost
CAPÍTULO 27BIANCA NARRANDOEu estava me segurando no banco com força. Meu corpo pendia para trás e meu coração estava mais acelerado do que a porra de uma batedeira. Sentia minhas pernas tremendo devido a velocidade em que o carro estava.— Bill, por favor... — Eu comecei a chorar de desespero. Bill me olhou e bufou, diminuindo a velocidade do carro e dando um soco no volante. Ele estacionou no acostamento e olhou para mim. Eu juro por Deus que não entendi absolutamente nada do que estava acontecendo, nem o motivo dele ter surtado assim.— Qual sua relação com o Phill? — Eu fiquei chocada. Isso foi por causa daquela merda de comentário, então?— Você tá pirando. Bill, eu não o conheço. Eu ouvi falar que ele fez algo pelos imigrantes, mas não sei de mais nada.— Por que você o defendeu?— Bill, eu não o defendi. Eu só apresentei uma ideia, sério, uma ideia! E eu dei essa ideia, essa opinião... Eu não conheço essa pessoa, se você diz que ele é corrupto eu acredito, mas eu nunca ouvi fa
CAPÍTULO 28BILL NARRANDOEu estou paranoico. Transei com Bianca no automático, não sei o que fiz, só saí do automático quando ela caiu na cama ofegante. Ela ficou de quatro para mim, e eu estou vendo a bunda dela bastante vermelha. Acredito que tenha batido bastante.Ela se virou para frente, ofegante, eu olhei para baixo e constatei a camisinha cheia. Ela olhava para cima, respirava pesado com um semblante de satisfação.— Eu vou tirar isso aqui. — Avisei e fui em direção ao banheiro.Tirei a camisinha, me limpei e depois lavei o rosto. Eu apoiei as duas mãos na pia e me olhei no espelho. Mas que caralhos está acontecendo comigo? Perder a sanidade é o preço que se paga por fazer justiça com as próprias mãos?Eu abri o armário do espelho e olhei para o vidro laranja de remédios que tomei três anos atrás. Eu estava do mesmo jeito que agora... Completamente paranoico, fazendo as coisas sem me lembrar, nervoso... Mas o remédio me deixava letárgico e então eu larguei.— Bill? Tá tudo bem