“SEJA BEM-VINDO TIO LENNON”, ESTÁ NA FAIXA DESENHADA PELAS CRIANÇAS e pendurada nas cortinas brancas e com marcas de tinta de suas mãos, nas cores primárias. Awm, que fofura!
Entramos em uma das salas de estar do andar de baixo, todos estão de pé para recepcionar Lennon. As crianças saem em disparada e se abraçaam com ele de tal forma que eu e Lucretia precisamos dar espaço. Lennon se abaixa e recebe todos os abraços e beijos que as crianças têm para dar, Nysia, Lane, Ethan trazem flores, Mia o abraça bem apertado, Isis e Liv beijam cada uma uma bochecha dele e Derek o abraça dando tapinhas nas costas.
Depois, Lennon abraça-se com D
MEUS PAIS ABRAÇAM-SE COM DEAN QUASE QUE AO MESMO TEMPO, os dois chorando entre o susto e o alívio de vê-lo vivo. Devon olha para mim como quem quer dizer alguma coisa e segura forte no meu ombro.Os outros se aproximam para abraçar Dean, eu fico em pé e caminho até Gavril ajoelhando-me perto dele. Ele se arrasta para trás, com medo de mim e me parte o coração, pois não desejo a ele mal algum, mesmo seu coração sendo podre. Seguro em sua testa, encostando a palma da mão, buscando memórias para apagar e os sentimentos bons que quero trazer a tona escondendo os ruins, mas sou surpreendido pela falta de sentimentos. Faltam sentimentos. Gavril é um psicopata incapaz de sentir qualquer coisa.— Pelos céus, Gavril.Ele cospe em mim, no meu rosto, e grita profundamente com a garganta como um animal sem razão e afasta minha mã
QUANDO LISA FOI ASSASSINADA, LEMBRO-ME DE QUE ERA IMPOSSÍVEL dormir sem ter pesadelos com sua morte. Eu não fui em seu enterro, não tive forças, mas agora não consigo evitar de pensar que eu deveria ter ido. Talvez eu pudesse fazer com ela o que fiz com Kaiser, o que fiz com Dean. Talvez Lisa e seu bebê revivessem no final das contas.Suspiro com tristeza, deitado de lado na cama entre Lucretia e Lennon, confortável entre seus braços e seus calores.— O que você está pensando? — Com a voz rouca e amolecida pela dormencia, Lennon roça o nariz no meu pescoço e segura no meu rosto com a mão, virando em sua direção para beijar minha boca.— Em Lisa. — Confesso baixinho. — Em que tipo de irmão terrível eu sou por não ter ido em seu enterro.— Oh, meu bem, você não tinha com
— QUE BOM QUE OS ENCONTREI REUNIDOS. — DANIELLE INTERROMPE minha conversa com Jaylee em frente à mesa de docinhos. Ela vem sorridente dentro do seu vestido tomara-que-caia rosa clarinho de cetim com renda branca.— Junte-se à nós, minha irmã. — A recebo com um sorriso e passo a ela um camafeu de chocolate e mel.— Tenho que agradecer vocês pelo apoio e pelas dicas, depois de muita conversa e paciência, convenci o meu amor a fazer ósculo. — Ela anuncia, aceitando o docinho. Seu sorriso intensifica-se e seus olhos liláses ganham um brilho único de satisfação.— Tem certeza Danielle? — Jaylee abre bem os olhos amarelados surpresa com a informação, ela segura no braço de Danielle, de forma cautelosa, como uma mãe que não deixa a cria atravessar a rua sozinha. — Conversei com Devon s
— HELEN, KEVIN! VOCÊS DEVERIAM ESTAR ME ABRAÇANDO! — Román reclama, sentado no sofá de acompanhante do quarto de maternidade em que Thalise está internada.Ela deu entrada há duas horas, mas seus filhos recém-nascidos são agora duas crianças de mais ou menos dois anos de idade, ambas de cabelos cor-de-ferrugem abraçadas às pernas de Kaiser que acabou de chegar, o sorriso que ele deu quando viu os filhos foi algo único e me fez feliz.— Eu que segurei vocês no colo ao nascerem! — Román continua.— Não os culpe por reconhecer o pai de verdade. — Kaiser o repreende, colocando as mãos nas cabeças dos filhos. — E o que há com esses nomes? Não são apropriados para os próximos Imperador e Imperatriz.— O que há de errado com Helen e Kevin? — R
DEDILHO AS CORDAS DO UKULELE VERMELHO DE LENNON, FAZENDO UM BARULHO SEM HARMONIA. Devon gira os olhos dourados e me encara com impaciência. Ele está tão chato esses dias que tenho evitado ficar perto dele, ou vamos brigar.— Pare com isso, esse som me dá dor de cabeça. — Ele resmunga, de braços cruzados e uma das pernas no sofá, a outra dobrada pisando no chão.Tomo um tempo analisando-o, Devon não fez a barba, os cabelos estão um pouco bagunçados. Ainda bem que temos empregados, ou eu o veria com roupas amassadas, mas ele está de jeans, suéter e sapatos.— O que te dá dor de cabeça são os chifres que você está imaginando que minha mãe está pondo em você. — Sentencio, ele curva as sobrancelhas em aborrecimento. Péssima escolha de palavras, talvez. — Relaxe um pouco, o
O PERÍODO DE MAEROR É O LUTO PARA OS VAMPIROS. Você tem que se vestir inteiramente de branco, deve ficar com a família e fazer o possível para não sair de casa. Festas e celebrações são proibidas, você tem que mostrar seu respeito aos mortos. Se você sente tristeza, todos os processos necessários para honrar o Maeror são naturais e soam mais como um respeito da Sociedade pela sua dor.Eu não tenho direitos a me excluir da sociedade, eles precisam de mim, simplesmente, mas eu estou de branco. Um terno feito sob medida, calça, sapatos, gravata, nem uma costura tem cor. Até as jóias que estou usando são tão brancas quanto o marfim. Nem mesmo meus olhos são de outro tom. Eu simplesmente não consigo parar de chorar. Toda a minha visão embaça com as lágrimas quando mais uma onda de tristeza me invade. C
A SALA DE REUNIÃO POSSUÍA ISOLAMENTO SONORO. Uma pintura enorme e imponente de Brenda em sua forma de lobo decorava a parede de tijolos rústicos. Considero Évolus um homem muito apaixonado para ter uma pintura dessas em sua sala secreta e ainda uma escultura de ferro com duas cabeças de lobo na mesa de centro de madeira marrom clara.O local é confortável, com ares de ser uma sala de leitura, com prateleiras brancas repletas de fichas de registro e algumas fotografias, já que lobos, ao contrário de vampiros, conseguem lidar com flashes luminosos em seus olhos, uma das vantagens de Mordecai.Román e Henri estão cada um em uma das poltronas brancas, enquanto Brenda está em um pufe, com ares de cansada, porque a acordamos no meio do sono e Liv havia demorado para conseguir dormir. Ela não estava olhando na minha direção, a propósito, chateada po
O CHOQUE ENTRE SEUS CORPOS CAUSOU UMA EXPLOSÃO TÃO GRANDE que fui arremessado para trás por quilômetros. Meu corpo entrou em colapso, mas regenerei rapidamente.Limpo um corte no rosto, tirando o sangue e fico em pé. De onde estou, posso ver os gigantes raios elétricos que sobem para o céu e destroem naves Favos, tiros enviados do céu para o chão, explosões que derrubam prédios, zumbis de todos os tamanhos e a maldita névoa. Eu não estou usando uma armadura apropriada. Além disso, sei que a essa altura vampiros da Casa Blonard se juntaram à Marie-Louise nessa batalha e que, se eles são tão fortes quanto ela, estamos ferrados.Assistir à essa guerra é dolorido, é como se aos poucos eu soubesse que o planeta pode ser destruído nessa batalha e que, embora não seja isso o que Marie Louise tenha em mente, t