A síndrome de Savant, também denominada savantismo, síndrome do sábio, ou síndrome do idiota-prodígio, trata-se de um transtorno psíquico, na qual seu portador apresenta grande habilidade intelectual associada a um déficit de inteligência.

Os portadores desta síndrome fascinam a ciência, uma vez que são detentores de uma memória impressionante, podendo decorar livros inteiros. Todavia, possuem, concomitantemente, severo déficit de desenvolvimento, como, por exemplo, grande dificuldade para interagir socialmente.

Estima-se que esta síndrome apareça em 10% dos portadores de autismo e em 2% de indivíduos que sofreram algum dano cerebral, decorrente de acidente ou doença.

Na literatura, esta síndrome é citada desde 1789, quando Benjamim Rush, considerado o pai da psiquiatria americana, descreveu a impressionante habilidade de calcular de Thomas Fuller. No ano de 1887, John Langdon Down (responsável por descrever a Síndrome de Down) descreveu o caso de 10 pacientes com a síndrome do sábio, conferindo a esta desordem o nome de síndrome do idiota-prodígio, pois na época idiota era alguém que apresentava QI inferior a 25. Atualmente, sabe-se muito mais sobre esta condição que, habitualmente, ocorre em indivíduos com QI entre 40 a 70, apesar de também poder ser observada em pessoas com QI até 114.

As características comumente presentes nos portadores da síndrome de Savant inclui dificuldade de se relacionar socialmente, resistência aos métodos de ensino, problemas em expressar as suas necessidades e habilidades motoras irregulares. Contudo, estes indivíduos costumam apresentar habilidades excepcionais em alguma das seguintes áreas: música, artes, cálculo e mecânica.

O diagnóstico desta condição não é feito facilmente, pois é muito confundida com o autismo , pois praticamente é a mesma coisa.

O tratamento visa minimizar as dificuldades enfrentadas pelos portadores da síndrome, por meio de terapia ocupacional, fonoaudiologia e hipoterapia.