Theo hesitou com os dedos:- Por que está perguntando isso do nada?Mas em sua mente, ecoavam as palavras que ela disse ao velho senhor à tarde. Ela falou que as crianças deveriam crescer em um ambiente de amor.- Simplesmente pensei nisso de repente, se você...- Eu não quero! - Como se tivesse medo de que ela dissesse algo que ele não pudesse aceitar, Theo falou muito rapidamente, quase sem pensar. - Quem você pensa que é? Nós somos apenas um acordo, não somos? Ter filhos, para nós, nunca é algo bom!- Ah! - O coração de Amanda se apertou sem motivo. - Desculpe, eu pensei demais.Embora soubesse desde o início que esse seria o fim deles, ouvir ele dizer isso ainda era dolorosamente desconfortante.Afinal, mesmo sabendo que não deveria esperar nada, ela ainda tinha uma pequena esperança no fundo do coração.A expressão da mulher deixou Theo ainda mais irritado. Ele afastou o controle remoto da mesa com um gesto e saiu rapidamente do quarto....Enquanto isso, na Mansão dos Reis.Depoi
- Pepsi, o que você acha que aconteceu com ele? Ele ficou irritado, mas ainda está com raiva?Pepsi, de maneira ingênua, lambeu a mão dela, deixando Amanda entre lágrimas e risos.O celular tocou, e ela se levantou para atender.Do outro lado estava a voz de Joaquim:- Cunhada, você está livre agora?- O que aconteceu?- Venha buscar meu irmão aqui, ontem à noite tivemos um jantar, e ele bebeu um pouco demais.Enquanto falava, Joaquim lançou um olhar para Theo, que estava encostado do lado de fora fumando. Pensou consigo mesmo, "Irmão, só posso te ajudar até aqui."Só depois de ouvir a voz ansiosa da mulher do outro lado, dizendo que chegaria logo, Joaquim se sentiu satisfeito e desligou o telefone.Com um café na mão, Joaquim saiu e olhou para o cinzeiro na mesa, quase transbordando de bitucas de cigarro, e não pôde deixar de comentar:- Você quer espalhar armas nucleares e me envenenar até a morte, é isso?Theo lançou a ele um olhar direto:- Com quem você estava falando ao telefone
Dentro do carro, Amanda estava presa sob a cadeira de rodas que havia virado, seu corpo inteiro manchado de sangue, tornando indistinguível o local exato de suas feridas.Joaquim, com o coração em pânico, olhou instintivamente para Theo. Os olhos de Theo estavam vermelhos como sangue, e ele pressionava os lábios finos, aparentando ser extremamente assustador.- Theo...- Não fale comigo! - Theo gritou, arrancando uma vara das mãos de um socorrista e se juntando ao resgate.Quando Amanda foi retirada, sua respiração já estava muito fraca. Um socorrista tentou carregá-la, mas foi empurrado por Theo."Ninguém mexa com ela, ninguém toque nela". Era a primeira vez que Joaquim via Theo assim. Mesmo quando estiveram juntos em situações de vida ou morte no exterior, ele nunca havia demonstrado tanto medo.Amanda foi levada para a ambulância, e uma enfermeira correu para ajudar a estancar o sangue. Uma delas disse:- Senhor, por favor, nos dê espaço para trabalhar. É difícil ajudar dessa forma
Theo sorriu amargamente e, decidido, jogou o cigarro e o isqueiro na lixeira antes de lavar as mãos no espelho.Quando ele voltou, Amanda já havia sido acomodada no quarto do hospital por Joaquim. Ela ainda não tinha acordado e estava cheia de tubos.Theo se aproximou e ficou em pé ao lado da cama, observando ela em silêncio.O rosto da mulher, pálido devido à perda excessiva de sangue, exibia uma expressão que inspirava pena.Na verdade, pensando bem, eles eram bastante parecidos. Ele cresceu sem família, tendo que se virar sozinho. Já ela, embora tivesse parentes, eles eram como se não existissem, sempre pensando em partir, assim como ela estava sempre ao seu lado, mas querendo ir embora. O principal é que ambos sentiam uma falta constante de segurança.O telefone de Joaquim tocou, e ele saiu para atender, segurando o celular.Não demorou muito para ele voltar e dizer a Theo:- A causa do acidente é um pouco estranha.Theo franziu a testa:- O que aconteceu?- O caminhão que atingiu
O beijo do homem era ardente e prolongado, como se carregasse a alegria de algo perdido e reencontrado.Amanda sentiu uma leve agitação interior, deixando ele se mover livremente sobre seus lábios.Somente quando o calor em seus peitos parecia prestes a desaparecer, ele a soltou:- Não me deixe mais.Amanda ficou surpresa, sem entender o que ele quis dizer com aquilo.Ela estava prestes a perguntar novamente quando a enfermeira entrou para trocar os curativos.Depois que a enfermeira terminou, Theo disse:- Vou sair um pouco, nos vemos mais tarde.Amanda assentiu, ainda com dor de cabeça, e logo adormeceu novamente....Depois que Theo saiu, Michel já estava esperando por ele no carro.Assim que entrou no carro, Michel disse:- A polícia já concluiu a investigação. O motorista do caminhão estava dirigindo com sono, eles estão preparando para encerrar o caso.Theo estreitou os olhos, sabia que seria assim.- E o que descobrimos?- O motorista do caminhão é um pequeno delinquente. Ele pe
A mulher, com bastante experiência, se sentou nas pernas de Theo, e um cheiro intenso de perfume invadiu imediatamente a respiração de Theo. Ele franziu a testa imperceptivelmente e, de repente, se lembrou de que Amanda parecia nunca usar perfume.- Como assim? Presidente Theo não gosta? - Disse Mário.Theo sorriu levemente:- Como não? - E, com um gesto, puxou a mulher para seus braços, rindo. - Mário está cada vez mais sortudo.- Hahaha, que bom que você gosta.Enquanto conversavam, Michel irrompeu de repente do lado de fora:- Presidente Theo, tem um problema em casa que precisa da sua atenção imediata.Mário imediatamente mostrou descontentamento:- Não precisa ser um estraga-prazeres, certo?- Como assim? - Theo sorriu e olhou para a mulher. - Não desperdiçarei a gentileza de Mário.Mário acenou com a cabeça, satisfeito:- Ótimo! É isso aí, Theo. Na próxima vez que estiver livre, vamos sair para tomar um chá novamente. Quanto à mulher, pode levá-la.Só então Theo saiu com a mulher
Marina voltou e se assustou ao ver a cena:- Senhor, o que aconteceu aqui? Vou chamar um médico...- Não precisa! - Disse Amanda. - Por favor, me traga uma toalha, ele deve ficar bem em breve.Marina estava meio desconfiada, mas vendo a insistência de Amanda, ela torceu uma toalha e ajudou a limpar Theo cuidadosamente, observando sua condição melhorar bastante antes de Amanda finalmente respirar aliviada.Marina estava boquiaberta:- Como isso é possível...Amanda já não estava bem de saúde e tinha se cansado e preocupado anteriormente; agora que estava mais calma, parecia quase desabar.Marina a ajudou a se deitar na cama e, após verificar a respiração já mais estável de Theo, ela balançou a cabeça com força:- Sra. Amanda, descanse tranquila, eu fico aqui ao seu lado.Amanda acenou com a cabeça, aparentemente ainda preocupada, e fez mais uma recomendação:- Por favor, não toque nele.Marina concordou:- Pode deixar, eu sei.Marina já estava na casa há bastante tempo e era uma pessoa
Joaquim sentiu um arrepio de pânico ao perceber que seu chefe agora começava a informar os outros quando saía de casa. Antigamente, muitas vezes se machucava sozinho, sem que ninguém soubesse onde estava.- Não é nada sério, né? - Perguntou Amanda.- Não se preocupe, está tudo bem. - Disse Theo, antes de se virar e sair com Joaquim.Ao sair, Joaquim olhou para trás e acenou para Amanda:- Até a próxima, cunhada.Amanda ficou sem palavras.Lá fora, Joaquim começou a examinar Theo ansiosamente:- Ouvi dizer que você foi enganado por uma mulher ontem à noite, está tudo bem?- Eu pareço estar com problemas?- Então, por que uma mulher te enganou? O que você estava fazendo, afinal?Theo não respondeu, mas perguntou:- Você resolveu o assunto?- Ainda não, mas está quase lá. As pistas que eles encontraram apontam apenas para uma direção de direção fatigada.Theo sorriu levemente:- Tenho algo para te mostrar.As pistas foram entregues pela equipe de Mário esta manhã, e ele ainda não tinha ti