Lavínia, vendo que ninguém respondia, insistiu:- Quem foi envenenado afinal?- Foi uma das criadas da casa! - Esclareceu o mordomo.- Uma criada? Como isso é possível? Eu só dei o bolo para a Sra. Amanda, não dei para mais ninguém. Como a criada poderia ter sido envenenada? - Lavínia, então, se aproximou de Amanda com um olhar inquisitivo. - Sra. Amanda, você poderia me explicar o que realmente aconteceu? Como algo que eu dei de boa fé se transformou nisso?Amanda permaneceu em silêncio, observando Lavínia cuidadosamente, enquanto tentava entender onde estava o erro."Desde que Lavínia trouxe o bolo até ele ser levado para fora, eu não deixei o quarto. Se não foi Lavínia quem envenenou, então quem foi?"Roberto interveio:- Sra. Lavínia, por favor, se acalme. Já que você está aqui, podemos esclarecer as coisas. Amanda disse que o bolo era seu, e por isso a chamamos. Depois que você entregou o bolo para Amanda, você encontrou alguém?Lavínia balançou a cabeça:- Não, eu não vi mais nin
Tatiana, emocionada, correu para abraçar Rogério:- Meu querido Nelson!Lavínia, porém, puxou Rogério de volta:- Vamos embora. Já que a Mansão dos Reis não nos aceita e nos acusa assim que chegamos, melhor irmos.Tatiana correu até Lavínia, tentando impedi-la:- Para onde você pretende levar o filho do meu Nelson?- Este é o meu filho! - Lavínia respondeu com uma expressão de mágoa. - Eu pensei que trazê-lo aqui seria um consolo para o pai dele, mas vejo que estava enganada.Enquanto falava, Lavínia lançou um olhar ressentido na direção de Amanda:- Eu nunca imaginei que haveria pessoas tão mal-intencionadas no mundo. Tentei ser amigável com ela, mas fui usada. Não quero ficar aqui mais nenhum minuto, tenho medo do que mais podem fazer comigo e meu filho.Lavínia tentou sair novamente, mas Tatiana a segurou:- Lavínia, não seja assim. Ainda não esclarecemos tudo, ninguém disse que você é a culpada!Roberto interveio rapidamente:- Cunhada, parece bastante claro para mim que isso é obr
Enquanto o rosto sorridente de Amanda e de Vivi surgia em sua mente, Theo balançou a cabeça, tentando afastar a preocupação:- Não, deixe-as se divertir. Diga a elas que preciso viajar a trabalho por dois dias e que voltarei depois de amanhã.- Certo! - O mordomo respondeu, encerrando a chamada.Assim que a ligação foi encerrada, Elias, que estava próximo, perguntou:- O que Theo disse?- Theo mencionou que precisará viajar a trabalho por dois dias e pediu para avisar à Sra. Amanda - respondeu o mordomo.Elias, que continuava com o olhar fixo no mordomo, esperava por mais informações.- E ele não disse para você me avisar também? - Indagou Elias com um tom severo.- Não, ele não mencionou isso.- Esse filho ingrato! - Elias resmungou, irritado. - Tudo bem, pode ir.Antes de sair, o mordomo ainda tentou obter mais informações:- E a Sra. Amanda...- Faça seu trabalho e não se meta em assuntos que não lhe dizem respeito! - Cortou Elias bruscamente.O mordomo, apressado, se retirou. Quand
Em meio à escuridão do quarto, Amanda havia ficado sentada por várias horas até que seus olhos começaram a se adaptar lentamente à falta de luz. Ela não conseguia ver claramente, mas era capaz de discernir as formas vagas da sala, que parecia ser um tipo de câmara de isolamento. O quarto estava completamente vazio, um espaço desolado.Amanda examinou mais de perto até conseguir perceber algo escrito na parede ao lado, provavelmente um lugar designado para reflexão de quem cometeu erros.Sem janelas, o quarto começava a ficar frio.Amanda pegou Vivi e a colocou em seu colo:- O chão está frio, fique aqui no colo da mamãe.Vivi balançou a cabeça:- Mamãe, você também está com frio.- Não estou, querida, mamãe já é adulta!Finalmente, Vivi se acomodou no colo de Amanda, e, incapaz de esconder sua preocupação, perguntou:- Quando papai vai voltar?- Papai vai chegar mais tarde! - Amanda tentou tranquilizá-la. - Se você está entediada, que tal se mamãe contar uma história?Amanda então co
A voz tenra da criança na escuridão da noite soava particularmente comovente. Amanda rapidamente abraçou Vivi:- Vivi, não seja assim...Vivi gritou por muito tempo, mas ninguém respondeu. Ela então se jogou novamente nos braços de Amanda.Amanda pensou que Vivi, como de costume, choraria, mas ela não chorou. Em vez disso, apenas se aninhou no abraço de Amanda antes de falar novamente:- Mamãe, de agora em diante, eu vou te proteger!- Vivi......A noite estava profunda e o som da chuva chegava do lado de fora. Um vento frio soprava pelas frestas da porta.Amanda não pôde evitar se encolher, abraçando Vivi ainda mais forte. Vivi, cansada de gritar, acabou adormecendo.Mas Amanda não conseguia dormir. O chão era frio demais, parecia ser de mármore, assim como as paredes, cobertas do mesmo material, tornando o lugar frio como um refrigerador.Se sentar era insuportável, se encostar também não ajudava. Ficar de pé era exaustivo, era uma verdadeira tortura para Amanda.Especialmente na se
O empregado ficou completamente aterrorizado por Theo, achando que seu jovem mestre parecia ter se transformado em um demônio.Depois de arrombar o cadeado, Theo chutou a porta e entrou, apenas para encontrar o quarto vazio, com Amanda meio deitada no chão gelado, e Vivi ao seu lado, chorando dolorosamente.Theo prendeu a respiração e se apressou:- Amanda...- Não toque na minha mãe! - Vivi olhou furiosamente para Theo. - Você não soube proteger minha mãe, eu nunca vou te perdoar.Então, Vivi tentou levantar Amanda:- Mamãe, vamos embora. Eu vou levar a mamãe para casa, vamos para o País Y, e nunca mais voltaremos.Theo sentiu uma dor aguda no peito, não só pelo rechaço de Vivi, mas também pelo esgotamento de Amanda e por sua própria chegada tardia."Eu prometi cuidar bem delas, e, no entanto, deixei que passassem a noite aqui."- Vivi, me escute.- Eu não quero ouvir você, você é um pai ruim. Mamãe disse que você viria nos buscar, mas você não veio a noite inteira.- Desculpe, Vivi,
Na cama, Amanda ainda não havia despertado, mas seu corpo finalmente começava a ganhar um pouco de calor. Theo cuidadosamente a ergueu e a chamou baixinho:- Amanda, acorde e coma algo.Amanda murmurou confusamente, parecendo estar falando algo. Theo se inclinou para ouvir melhor e percebeu que ela repetia seu nome:- Theo, desculpe...O coração de Theo apertou, e ele pensou consigo mesmo: "A verdade é que eu devo desculpas a você, Amanda!"Rapidamente, Theo a abraçou:- Amanda, não diga isso. A culpa é minha, eu deveria ter percebido que algo estava errado quando liguei ontem e não ouvi sua voz. Confiei demais nos outros e não imaginei que vocês estivessem em apuros. Eu que falhei.Amanda ainda estava meio confusa e Theo se preocupava. Se virando e vendo que Vivi já havia terminado de comer, ele a chamou:- Vivi, você pode ir esperar na sala de estar, por favor?Vivi franziu a testa, mas acabou concordando.Com Vivi fora do quarto, Theo tomou um gole de canja e cuidadosamente começou
Theo estava visivelmente contrariado:- Parece que nós temos a mesma personalidade. Isso deve ser hereditário!Elias, irritado, rangeu os dentes:- Você, esse filho desobediente, agora vem culpar seu próprio pai?Theo não queria discutir com Elias e mudou de assunto:- Você descobriu alguma coisa?- Nada! - Respondeu Elias bruscamente. - Eu ainda não consegui detectar nada de errado.- Então deixe isso comigo! - Disse Theo, se levantando para sair. Após dar alguns passos, ele se virou repentinamente. - Eu ouvi que os resultados da análise saíram? Rogério é filho do meu irmão?Elias acenou com a cabeça:- Isso é bom! - Disse Theo. - Eu posso não levar mãe e filha agora, mas Lavínia e Rogério devem sair imediatamente do edifício vermelho. Além disso, vou reorganizar todos os empregados de lá. Quanto às refeições, eu também cuidarei disso. De agora em diante, não nos incomodaremos mais.Dito isso, Theo não esperou por uma resposta de Elias e saiu batendo a porta.Elias suspirou profundame