- Dói? - Mário sorriu sinistramente, com a faca ainda cravada na carne de Theo.Theo suava de dor, mas apertava os dentes, sem dizer uma palavra.Ele não podia falar; toda a sua força estava concentrada nos braços. Se falasse, poderia perder o ânimo, colocando Amanda em perigo.Amanda observava Theo, surpresa. Ninguém tinha uma visão mais clara do que ela naquele ângulo.Ela viu com seus próprios olhos a faca de prata cravada na carne de Theo, como se uma faca também tivesse perfurado seu próprio peito, fazendo ela esquecer até de respirar.- Solte ele! - Amanda gritou de repente. - Eu não preciso que você me salve, não preciso. Quando você escolheu Helena, já não tínhamos mais nada a ver um com o outro! Mesmo que você seja apunhalado até a morte, eu não olharei para trás.Theo sacudiu a cabeça, sorrindo levemente em sua direção.- Uma pequena ferida não é nada para mim.A respiração de Amanda falhou, e ela subitamente se lembrou da primeira vez que viu Theo, também coberto de feridas.
Theo baixava a cabeça, mas em sua mente se repetia sem parar a cena de Amanda atirando para cortar a corda e salvá-lo.Ela, que à primeira vista parecia uma pequena mulher tão frágil, se mostrava incrivelmente persistente nos momentos cruciais, deixando ele sempre impressionado.Após um longo momento, ele finalmente abriu a boca, com uma voz rouca:- Quem disse que eu terminei com ela?Joaquim ficou surpreso por um instante, antes de ter um estalo de realização:- Você está planejando reatar com ela?Theo resmungou, pensando que queria mantê-la ao seu lado para sempre. Mesmo que ela o odiasse, o xingasse, ele não a deixaria ir novamente.- Mas e quanto à Helena? - Joaquim franzia a testa. - Mesmo que Helena aceite, sua cunhada não vai aceitar tão facilmente, senão vocês não teriam terminado.Theo já havia pensado nisso e disse prontamente:- Quando a empresa de design dela abrir, vou arranjar tudo para ela.Joaquim concordou:- Se for assim, seria bom para todos!Mas por que ele sentia
A escuridão diante de seus olhos de repente se dispersou, e ela finalmente conseguiu ver claramente como era o quarto. Um espaço úmido e abafado, iluminado apenas por uma luz amarela oscilante no teto. Ela viu uma criança sendo ferozmente açoitada por um chicote que parecia vir do nada. Ela queria avançar, mas seu corpo parecia estar aprisionado, incapaz de se mover. Ao mesmo tempo, a cada golpe do chicote na criança, ela sentia uma dor imensa, como se estivesse sendo rasgada por dentro. Ela gritava desesperadamente:- Corra!A criança, que até então mantinha a cabeça baixa, de repente levantou o olhar para ela. Amanda estremeceu por completo, pois era, incrivelmente, ela mesma quando criança. Seus olhares se encontraram, e Amanda sentiu como se uma força invisível a sugasse, e no segundo seguinte, ela estava novamente no ar. Até que uma voz masculina profunda ecoou aos seus ouvidos:- Amanda.Ela abruptamente abriu os olhos, se encontrando diante de um teto branco. O ar carregava um l
Cláudio falava enquanto entregava o vídeo gravado para Amanda. Ela, animada, pegou ele e começou a assistir com interesse. Especialmente ao ver os jurados no local elogiando muito seu trabalho, ela se sentiu verdadeiramente feliz.De repente, seu estômago roncou, deixando ela bastante envergonhada.Cláudio, no entanto, sorriu:- Está com fome, né?- Não é nada, logo mais a enfermeira trará a comida.Cláudio balançou a cabeça:- Melhor eu ir comprar algo para comer. A comida do hospital é tão ruim que nem as pessoas saudáveis conseguem engolir, imagine os pacientes.Dizendo isso, ele se levantou.Amanda rapidamente falou:- Ah, mas não precisa se incomodar!- O que tem de mais? Não somos amigos? - Cláudio disse, e depois deu um olhar irônico para ela antes de sair.Amanda não teve escolha a não ser voltar a assistir ao vídeo. Apesar da decepção, saber que seu trabalho foi tão apreciado a deixou satisfeita.Cláudio foi rápido; enquanto Amanda assistia ao vídeo por mais um tempo, ele já t
A interação entre os dois parecia extremamente íntima. Theo, inconscientemente, ia abrir a porta para entrar, mas de repente se lembrou de algo e parou.Somente quando o telefone de Michel tocou novamente, Theo se virou para sair.Depois de trocar de roupa e se lavar novamente no carro, Theo finalmente voltou para o quarto do hospital.A refeição já havia terminado, e Cláudio estava conversando com Amanda. Ao vê-lo entrar, as vozes de ambos se calaram imediatamente.Cláudio, em particular, se levantou imediatamente em alerta, como se o recém-chegado fosse um adversário prestes a começar uma batalha.Theo não se irritou, apenas sorriu levemente e disse:- Presidente Cláudio está aqui?Cláudio franziu a testa:- Theo, você ainda tem a cara de pau de vir aqui?Theo arqueou uma sobrancelha:- Por que eu não teria?- Foi você quem colocou Amanda nessa situação, e agora está aqui fingindo ser o bom samaritano?Theo apertou os lábios:- Isso é algo entre minha noiva e eu...Cláudio imediatame
- Você não tem escolha! - Theo disse friamente.- Então vamos ver! - Amanda respondeu teimosamente.Ela sempre foi assim, teimosa, deixando os outros sem saída.Theo, no fim, teve que recorrer ao seu último recurso:- Você nunca se perguntou por que o Grupo TEM se interessaria pelo Grupo Martins?Amanda ficou surpresa:- O que você disse?Theo não respondeu, mas Amanda já tinha arregalado os olhos:- Você conhece alguém do Grupo TEM?- Mais ou menos. - Ele respondeu.- Então, foi você quem interferiu na aquisição do Grupo Martins pelo Grupo TEM?Ao ouvir isso, Theo ficou com um olhar sombrio:- Eu sou tão ruim assim aos seus olhos agora?Amanda mordeu o lábio:- Não é?Ele riu baixinho:- Se você diz que sim, então deve ser. Agora, vou te dizer oficialmente, eu sou o presidente do Grupo TEM, e o Grupo Martins está nas minhas mãos. Se você não quer ver todo o esforço de Cláudio ir por água abaixo, então faça o que eu digo e fique ao meu lado.Amanda estava desacreditada; ela pensou que
Quando Theo finalmente soltou Amanda, ele perguntou:- Quer mais?Amanda continuou negando com a cabeça, e Theo tomou outro gole, alimentando ela da mesma maneira que antes.Depois de algumas tentativas, Amanda finalmente cedeu.- Eu como sozinha.- Isso aí! - Theo disse, sorrindo ao passar a mão pelos cabelos dela e dando a ela a colher.Quando terminaram de comer, Theo colocou a colher de lado e pegou um lenço de papel para limpar a boca dela.- Durma, eu ficarei aqui com você.Amanda franziu a testa:- Você não precisa ficar aqui comigo.Theo não disse nada, apenas a ajeitou sob as cobertas:- Eu sei o que estou fazendo....Enquanto isso, Helena estava comendo em seu quarto no hospital quando Natacha entrou, dizendo animadamente:- Senhorita, adivinha quem eu vi saindo do quarto da Sra. Amanda esta tarde?- Quem? - Perguntou Helena.- Um homem, não sei quem era, mas vi que o senhor estava bem irritado e saiu direto.- É mesmo? - Helena sorriu levemente. - Bom, Amanda e Theo já term
- Não precisa! - Helena saiu diretamente e caminhou lentamente em direção.Na manhã cedo, havia poucas pessoas no corredor, e Helena rapidamente chegou à porta do quarto de hospital mencionado por Natacha.Ela abriu a porta do quarto diretamente.Contra a cama de solteiro perto da porta, a luz do sol entrava pela janela, e Helena viu imediatamente duas pessoas deitadas na cama.Um homem abraçando uma mulher por trás, ambos ainda não haviam acordado.E aquele homem, não era outro senão Theo!Não é à toa, ela ligou para ele ontem à noite, e ele não atendeu, originalmente, ele estava aqui.Então, ela perdeu novamente?Helena mordeu o lábio, sua figura vacilou, e ela recuou inconscientemente um passo. A porta atrás dela bateu, fazendo um som.O homem na cama foi o primeiro a abrir os olhos, olhando agudamente nesta direção.Quando viu claramente que era Helena, ele se levantou e franziu a testa:- O que você está fazendo aqui?Helena respirou fundo, tentando engolir o ciúme no fundo do cor