Katellyn Welsh
A semana se passou muito rápido, chegando assim ao fim o meu período de trabalho na empresa de Josh.
Todos os dias quando largava, sentia a mesma sensação de estar sendo observada, mas, ao olhar ao derredor, não via nada de anormal, talvez fosse coisa da minha cabeça ou talvez por estar com a cabeça cheia com tantas coisas, eu estivesse ficando neurótica.
Eu estava nervosa.
E ainda mais agora depois da briga horrorosa que tive na quarta-feira com Josh, como prometido, ele veio até minha casa, por poucas horas, mas que rendeu em um belo desentendimento.
Primeiro porque ele queria que eu pedisse demissão ao Sr. Martinelli para cuidar das coisas do casamento e segundo que deixasse de trabalhar para ficar exclusivamente com Liam após nos casarmos, como bati o pé em negativa quanto a isso, ele voltou atr&a
Levi MartinelliChego à empresa com um péssimo humor. Deveria estar feliz, já que hoje Kate retorna as suas atividades aqui. Mas nem a perspectiva de vê-la me anima, ainda mais sabendo que ela está noiva de outro. O melhor que eu faço é ficar na minha.Para piorar ainda mais, continuo com aqueles sonhos com a Srta. Morgan e isso têm me deixado bastante irritado e intrigado.Quando saio do elevador, vejo as duas de conversa e trato logo de marcar uma reunião com todos, quero retomar o projeto que Kate tinha começado e que foi interrompido com sua ausência. Informo a Lindsey para providenciar isso e a chamo em minha sala, quero ver minha agenda da semana antes de tudo.Digo a Kate que quero um relatório do que foi feito na companhia Ferrell e ela diz que já está pronto e que na reunião me entregará. Pede licença e sai
Alguns dias depois...Levi MartinelliASrta. Morgan tem se mantido arredia. Desde que voltamos daquele almoço, ela adotou uma postura indiferente e fria, mas, ela continua tão atrapalhada quanto antes, e claro, falando sozinha como sempre.Hoje mesmo pretendo acabar com essa frieza e sentir de novo o vulcão que essa mulher é, e que povoou meus pensamentos todos esses dias, me fazendo inclusive a recorrer a banhos frios em pleno expediente.Mas antes, vou precisar derrubar sua resistência. Tenho um jantar hoje e pretendo convidá-la.Com isso em mente, levanto e saio da minha sala. Olho para seu local de trabalho e não a vejo, a única coisa que entrega que ela está lá, são os xingamentos baixos que ela profere. Aproximo-me com passos lentos, quando estou bem próximo a ela, escuto.— Minha nossa senhora
Levi MartinelliCheguei pontualmente no horário combinado em sua casa, não queria correr o risco de ela desistir porque eu estava atrasado, apesar de não ser do meu feitio tal coisa.Ela estava muito bonita e uma sensação estranha se apoderou de mim ao imaginar todos os olhares daquele lugar em cima dela. Por um momento tive vontade de desistir de ir.Deixando de lado nossas diferenças, o jantar foi agradável e até certos momentos, descontraído, e me fez pensar em certas possibilidades. Ela tem um senso de humor contagiante quando não está implicando comigo.Agora aqui, em frente a sua casa, eu estou receoso em deixá-la ir.— Obrigado por esta noite — digo.— Não fiz mais que a minha obrigação, afinal o senhor pagou por isso.Eu a fuzilo com o olhar, a Lindsey de sempre dando as caras, es
Nicole O'MalleySinto um enorme desespero tomar conta de mim. A cólica está muito forte e eu fecho os olhos em uma prece silenciosa. Não quero perder meu bebê.— Meu Deus! Meu bebê... — murmuro ao sentir outra pontada e quase desmaiar. — Victor, eu estou perdendo meu bebê.— Calma... — ele está nervoso, olha para os lados. — Eu não vou deixar isso acontecer, gata — segura em minha mão, já tem um grande número de pessoas se aglomerando em volta da gente. De repente alguém grita.— Chamem uma ambulância.— Não! — ele diz imediatamente. — Não vai dar tempo, ela está grávida, precisamos de um carro.— Aqui... — alguém fala. — Eu levo vocês.Rapidamente ele me coloca em seus braços, eu
Matheus O’MalleyGiro a maçaneta e entro. O ambiente é frio e tem um aspecto estéreo, sombrio e triste. Ela está encolhida na cama, que está um pouco elevada, de costas para a entrada. Vou até lá, passo a mão em seu cabelo e chamo.— Branquinha?Ela vira-se e quando olhamos um para o outro, palavras não são necessárias, me sento na beirada da cama, a acolhendo entre o calor dos meus braços e ali damos vazão a nossa dor.O nosso choro é sentido, doído, como se rasgasse nossa alma. Perdemos um filho, o qual jamais nós iremos conhecer ou acompanhar seu desenvolvimento. Nunca tinha sentido uma dor tão grande como a que estou sentindo agora.Aliso seus cabelos, quero que ela pare de chorar, para não prejudicar o outro bebê, mas, eu mesmo não consigo conter o meu pr&
Lindsey MorganHoje, durante todo o período da manhã, após repassar os compromissos do dia ao querido e idiota do meu chefe, que agiu como se a noite de ontem não tivesse acontecido, fui designada a ficar com Kate, dando suporte ao que ela precisasse em seu projeto, já que sua assistente ficou doente e não pôde vir.Passar a manhã com ela foi uma experiência boa, que tem um método de trabalho diferente, já que lida com muitas pessoas e em grupos, o que não é fácil, ainda mais em meio a tantos homens que não deixam ser facilmente liderados por uma mulher.Ela com muita calma e perspicácia, iniciou com uma abordagem diferente da que eu tinha visto outro dia, pois o grupo desta semana tinha pessoas com mais idade, onde se via claramente que estavam reticentes e não muito amistosos.Primeiramente foi feit
Katellyn WelshDepois que Josh e Matt saíram, Nick e eu ficamos conversando um bom tempo. Apesar da tristeza profunda, pois, uma perda como essa é algo que destroça o coração de uma mãe, minha amiga tem ciência da benção que é ter dois bebês crescendo em seu ventre e que terá que ter cuidado redobrado a partir de agora. Não quero nem imaginar quando tia Mel e tio Ottavio souber que serão avós de gêmeos, dramático do jeito que ele é, será capaz de dizer que ficará gagá bem rápido com duas crianças.Nick pediu que não dissesse nada a eles sobre o que aconteceu, para não deixá-los, que contaria pessoalmente, pois iria manter os planos de ir para Calgary no dia seguinte, com a única mudança de que agora ela iria permanecer mais tempo por l&aacu
Joshua FerrellO voo de volta foi tranquilo, bem melhor do que a ida. Kate e a amiga conversaram o tempo inteiro e eu não pude deixar de me condoer com a situação do meu amigo. Diferente de mim, ele é muito complacente. Eu jamais deixaria minha mulher ficar longe de mim, espero que ele resolva logo a situação dele para assim ficar junto de sua família. E, se o que ele me falou der certo, muito em breve ele estará de volta a nossa cidade permanentemente. Pensando nisso, pondero se não posso deixa-lo de alguma forma e se eu não puder, eu sei quem pode.Quando chegamos ao aeroporto, o motorista dos meus pais já estava esperando. Depois de acomodados, enfim, a amiga tagarela se calou um pouco e pareceu cochilar, olhei para minha vida e seu rosto estava com aspecto cansado. Vou sugerir que não vá trabalhar hoje, se bem que a conhecendo, acho dif