Por favor avalie o livro.
Ele sentia sua cabeça latejando. Ao fundo podia ouvir o crepitar de uma fogueira, contudo, ainda não conseguia abrir os olhos. O homem estava deitado de lado, de maneira fetal, enquanto outro macho o observava. Todo o seu corpo doía, e ele gemeu de dor quando abriu os olhos. Dimitri sentiu seu estomago se revirar, e todo o seu corpo estremeceu enquanto ele vomitava. Sua cabeça parecia que ia explodir. A primeira coisa que ele notou foi. Estava nu, porém havia uma manta sobre ele. Ele a agarrou com mais força, a colocando ao redor de seus ombros, e quando ergueu o olhar viu que estava em uma clareira. A lua nova subia alta no céu estrelado. As arvores ao seu redor lhes davam a sensação de que estavam presos em uma tigela, e quando olhou para as sombras que provinham da floresta sentiu arrepios por todo o seu corpo. Foi nesse momento que ele se lembrou do que havia acontecido. Dimitri se levantou de imediato, com os punhos cerrados pronto para lutar com o seu agre
Axel trincou os dentes, enquanto todo o seu corpo se enrijecia. Ele sabia que Vlad o chamava, e podia sentir pelo tom de voz que havia desconfiança em seu irmão mais novo. O lobo respirou fundo, sabendo que devia parecer o mais natural possível e se virou. Vlad estava vestindo uma cota de malha, e calças pretas. Sua espada estava em sua bainha na cintura, e ele a segurava de modo involuntário. Seus machos o aguardavam perto do portão. — Irmão. — disse Axel olhando em seus olhos. Vlad diminuiu a distância entre os dois, seu olhar preso ao de Axel. O lobo sabia que estava sendo avaliado, e resolveu puxar conversa, para ter certeza do que Vlad sabia. — Está tendo sucesso, com sua busca? Ao ser questionado, Vlad semicerrou os olhos e o encarou. Então lentamente caminhou ao seu redor, e Axel sentiu que ele o estava avaliando. Axel não se moveu, deixando-o avaliá-lo. Vlad parou em sua frente, e levantou o olhar para seu rosto. Sua expressão era séria, seu olhar pareci
Condenado. Era isso que ele estava fazendo com ele? O condenando a viver como um pária em sua ilha? Chase o soltou, como se suas mãos estivessem pegando fogo. Seu olhar ainda estava rente ao chão, enquanto ele ouvia as palavras de Dimitri. Ele podia sentir o olhar dele sobre ele, e sabia que seu coração estava acelerado. Podia ouvir as batidas, rápidas e altas. Dimitri não se conteve, e continuou: — Quer me salvar da minha mãe, e eu posso compreender isso. Mas eu não aceitei sua ajuda na fuga em Mihan para viver sobre sua guarda como um prisioneiro. Chase finalmente levantou o olhar para o garoto, e viu no rosto de um adolescente, a coragem que não via em muitos machos adultos. — Pode viver longe do castelo, e não terá que se preocupar com dinheiro, enviarei uma ajuda para você, sempre. Mas preciso que fique na Capital, perto bastante para que eu cuide de você. — Disse o comandante. Ele viu nos olhos de Dimitri bem antes que ele respondesse, que ele não aceitaria.
Vlad olhou para a caixa de joias a sua frente. A caixa era pequena, toda ordenada com esmeraldas, ao seu redor, feita com o melhor material. Havia um detalhe em forma de flor nas laterais de cor dourada. Era uma pequena caixa vermelha de madeira e esmeraldas. Ela estava posta em cima da mesinha de mogno, em seu quarto. O lobo estava sentado em uma poltrona perto dela, a lama em suas botas ainda sujando o chão de pedra. Ele tamborilou os dedos sobre a madeira escura, enquanto olhava para o presente que havia encomendado do Vale vermelho, onde possuíam os melhores joalheiros da ilha. Lentamente ele esticou a mão, e abriu o objeto. Dentro dele estava perfeitamente colocado, um cordão com uma fina corrente de ouro, seu pingente era uma safira. A pedra preciosa reluzia mais que o sol, iluminando tudo. Vlad a fechou e trincou os dentes. Estava tão perto... Pretendia dar isso a Samanta quando o casamento fosse finalmente acontecer... Como ele pudera deixá-la escorregar d
Seus olhos transmitiam uma ternura que atravessava como uma flecha seu coração. Ela podia ver neles o quanto a saudade do irmão o corroía... Alice ficou olhando-o, enquanto ele limpava as lágrimas que ameaçavam cair, Asher não se escondia ou parecia ter receio que ela o achasse fraco. Como um lobo, seria natural que ele quisesse esconder qualquer fraqueza aparente, mas ela começava a perceber que não era isso que importava para ele. Ele sorriu, e tocou seu rosto de leve com a ponta dos dedos: — Não fique tão séria, Alice. — Ele disse e se virou caminhando até a janela. Alice se esquecera de fechar a janela, e um vento gélido soprava dentro do quarto agora. Ela o observava enquanto ele se dirigia até lá, Asher puxou as portas da janela, e as fechou. O macho se voltou para ela, e murmurou: — Precisa ficar aquecida, Alice. Aquilo foi como um choque que percorreu todo o seu corpo em segundos. Como se suas palavras fossem trovoes, que a atingiram bem em sua cabeça...
Já havia passado tempo demais desde o desaparecimento de Samanta Ludov. Vlad olhou para os lobos ao seu redor. Estavam rodeados de lobos que serviam ao clã Villin, todos montados em seus cavalos, com suas roupas pesadas de cores escuras. Ele correu o olhar novamente pelo pátio, enquanto aguardavam o líder Villin. Como imaginou, seu irmão mais velho Axel não estava entre os lobos. Aquilo o incomodou novamente, e foi como se o tapa que recebera de Marco Villin fosse desferido mais uma vez. Ele trincou os dentes e segurou as rédeas do animal com força. Axel estava dando inúmeras saídas durante sua estadia no castelo Villin, e Vlad verificara que nenhuma delas envolvia tabernas ou prostíbulos. O que tornava tudo mais suspeito. Ele não estava se entretendo nos vilarejos mais pobres, com as fêmeas. Vlad sentiu um frio na espinha, ao pensar que ele poderia ter algo a ver com o desaparecimento de Ludov. Será que ele teria essa ousadia? — Vlad? Ele se voltou para Jonatha
As mãos do alfa Turner se fecharam ao redor do chicote. E as pequenas partes do chicote, feitas com prata queimaram suas mãos, contudo, ele não as soltou. Olhando nos olhos do lobo Haylock. O lobo viu as mãos de Turner, seu alfa queimando e rapidamente soltou o chicote, ele tinha os olhos arregalados. Nate olhou para trás, onde a fêmea estava ajoelhada cuidando do macho que exibia machucados profundos no rosto, devido a prata na convecção do chicote. Seu olhar se cruzou com o da fêmea, ela possuía olhos negros selvagens. Seu cabelo castanho estava preso por uma longa trança, descendo até sua cintura. — Vá cuidar dele. — ordenou o alfa para a fêmea. Ela o puxou do chão, e apoiou seu braço ao redor de seus ombros pequenos, com um último olhar vingativo para Haylock, ela se foi. O Alfa se voltou para o líder do clã Haylock. Rapidamente Haylock o convidou para seguirem até suas plantações, durante o caminho Nate imaginou que as terras de Haylock não eram fáceis de serem
Sua barriga estava roncando, e o garoto revirou sua bolsa em busca de qualquer farelo de comida que pudesse ter sobrado. Não havia nada. Infelizmente Dimitri já havia devorado todo o restante do coelho e das frutinhas há horas. Ele caminhava pela estrada há horas, e pensou que falta fazia um cavalo. Não que ele não tivesse tentado pegar carona com os carroceiros que passaram por ele. Obviamente que ninguém parou. Ele continuou caminhando, enquanto o sol subia alto no céu. Os cascos de um cavalo vindo atrás dele chamaram sua atenção, quando ele olhou para trás viu um macho montado em cima de um cavalo. Dimitri saiu do meio da estrada, e alguma coisa no rosto do lobo o fez olhar mais de uma vez. Um brilho dourado. Ele o lembrava de alguém, mas Dimitri não sabia dizer quem era. Apenas que seu rosto era familiar. O macho vestia roupas longas, de seda azul e sua posição elevada estava claro. O ouro em seus pulsos e orelhas reluziam ao sol. Seus cabelos eram longos e negros,