Os trâmites da audiência ocorreram de acordo com o previsto. Além do depoimento da vítima, foram ouvidos o senhor Thompson, o porteiro do prédio e alguns seguranças que estavam trabalhando naquela noite, mas nenhum desses teve relevância quanto as alegações impostas ao caso.
─ Mais alguma testemunha, senhores? – Questiona o juiz.
─ Sim, meritíssimo. Gostaria de chamar a testemunha, Consuelo Garcia Lopez.
─ Protesto, meritíssimo. Esta testemunha não estava atrelada ao rol de testemunhas, muito menos fui informado sobre ela, sendo assim, não me encontro preparado para interpelar a mesma. – O promotor manifesta-se indignado.
─ Protesto negado. Mas, faremos um intervalo para que o senhor se prepare adequadamente e depois do almoço retornaremos. – O juiz bate o martelo e sai em seguida da sala.
Juntamos nossas coisas sobre a mesa e saímos, com o promotor a nossa frente resmungando sobre não estar certa a atitude do juiz e que ele deveria adiar o ju
Caminhamos pelo píer em direção ao iate, sem emitir qualquer palavra, parece que ambos estávamos concentrados na conversa que se seguirá daqui a pouco. Não consigo controlar o nervosismo, mas também compreendo que colocar nossa situação em pratos limpos é essencial para nosso convívio, principalmente o profissional. ─ Uau! Ele é lindo, Josh! – Exclamo, boquiaberta com o tamanho e beleza do iate. Uma embarcação que pelo que dar para perceber possui dois andares, com um assento acolchoado na parte de baixo, um minibar e uma mesa ao lado deste. ─ Vamos subir? -Sinto a mão de Josh na parte inferior da minha coluna. Concordo com um aceno de cabeça e seguimos em direção a uma escada na parte de trás do iate. Ao embarcamos, só então percebo que a mesa está posta e com um lindo arranjo de flores no meio dela. Tudo muito bem arrumado e organizado. ─ Espero que goste. Enquanto você se trocava e organizava suas coisas eu pedi para que arrumassem tudo para o noss
Acordo com um peito forte sobre minhas costas, estou toda comprimida entre o colchão e o corpo grande de Josh sobre mim. Parece que ele está em toda parte, me segurando forte enquanto ressona em meu ouvido. Tento me mover, para sair do seu agarre, mas ele é muito pesado e ao tentar me mexer sinto-o virar e deitar de barriga para cima na cama.Aproveito a liberdade e corro até o banheiro, pois minha bexiga está em ponto de estourar, depois que me alívio, lavo minhas mãos na pia e dou uma checada no visual no espelho, notando meu estado de total esgotamento. Os cabelos estão uma bagunça, parecem um ninho de pombos, o rosto todo amarrotado com marcas de lençol, a boca inchada, o pescoço com marcas roxas de chupadas. Resumindo, estou um horror, mas feliz porque tive uma das melhores noites da minha vida.Organizo um pouco o visual e saio do banheiro, mas paro no meio da porta encostando o ombro no
Caminho pelo corredor que dá acesso ao escritório de Josh com o coração aos pulos dentro do peito, além da falta que sinto dele apertando o peito. Porém, antes de chegar à mesa de sua secretária sou interceptada por uma mão segurando meu antebraço.- Bom dia, Alycia.- Viro em direção a voz, ainda com sua mão prendendo meu braço.- Bom dia, Scott.- Retribuo o cumprimento.- Você poderia me explicar agora o motivo de ter saído da minha festa tão abruptamente?- Me desculpe pela forma com que sai da sua casa, não foi minha intenção ser mal-educada, nem muito menos indelicada com você Scott. Porém, tive que resolver um problema pessoal e não pude voltar, mas agradeço por se preocupar comigo.- Sorrio um pouco constrangida por estar mentindo para ele, na verdade mentindo não, omitindo o real
Vestida para treinar, espero Josh vir me buscar já que seria desnecessário ir de carro devido ao fato de que irei dormi em sua casa hoje à noite. Escuto o som de uma mensagem no celular, pego-o e leio, nela, Josh informa que está me esperando lá em baixo, então levanto do sofá, pego minha bolsa com os equipamentos de treino, em seguida recolho minha maleta com roupas e outros apetrechos que irei precisar. Tranco toda a casa e desço. Encontro-o encostado em seu carro com os óculos escuros, braços cruzados e sua habitual pose de dono do mundo. Assim que me vê ele vem até mim, deposita um beijo suave em meus lábios e pega a maleta de minha mão colocando na mala do carro, em seguida abre a porta do passageiro para que eu entre, dá a volta no veículo para enfim sentar atrás do volante. ─ Há quanto tempo você pratica Muay Thai? ─ Ele pergunta pouco tempo depois de estarmos em movimento. ─ Há uns três anos mais ou menos. ─ Respondo sem desviar o rosto da janela para
Horas mais tarde, sentados no sofá da sala após o delicioso jantar que compramos no caminho para sua casa, degustamos o maravilhoso vinho tinto enquanto ouvimos música. Conversamos sobre o trabalho e outras amenidades, comigo sentada de frente para ele. De repente uma linda canção começa a tocar, Perfect de Ed Sheeran. Nos olhamos por longos segundos até ele levantar-se com a mão estendida, num claro convite para uma dança. Seguro sua mão, levantando-me, enrosco seu pescoço com meus braços, então olho no olho começamos a nos mover. Dançamos ao som da melodia, girando e rodopiando pela sala, embalados pela letra da canção e a voz rouca e grave do cantor. Josh, encosta a boca em meu ouvido e canta, acompanhando a letra. Ao ouvir suas palavras, sussurradas no pé do ouvido, meu corpo arrepia inteiro, os seios ficam pesados com os bicos intumescidos e meu sexo encharca em antecipação para recebê-lo. O beijo que se seguiu foi só consequência do cl
Minha rotina, nas duas semanas que se seguiram foram basicamente comigo dormindo na cada de Josh praticamente todas as noites, quando isso não acontecia então era ele que ia dormir no meu apartamento. Lembro a primeira vez em que o levei para dormir comigo, ele parecia totalmente deslocado no ambiente. Meu apartamento é bem menor que o seu e bem mais simples, pois sou só uma advogada em ascensão, portanto ganho bem, mas não ao ponto de me dar ao luxo de morar em uma mansão como ele. Porém, aos poucos ele foi se adaptando e hoje em dia adora o meu cantinho também. E eu? Bem, eu estou nas nuvens com tudo que está acontecendo, porque nosso relacionamento está evoluindo pouco a pouco para algo mais sério. Josh tem se mostrado o ótimo parceiro, tanto profissional quanto na cama. O homem é uma loucura! Já me proporcionou orgasmos maravilhosos além de me viciar em sexo anal e em transar nos mais diversos lugares. Fico totalmente envergonhada dos lugares inusitados e
O som do telefone sobre sua mesa tocando preenche o ambiente, tirando nossa atenção dos papéis. Josh levanta e vai até lá atendê-lo. ─ Certo, senhorita Fisher. Dê-me dois minutos e pode mandá-lo entrar. ─ Ele termina a chamada e vira-se para mim. ─ O detetive que contratei está aí fora, ele havia me ligado mais cedo informando que tinha novidades sobre o paradeiro da Senhora Garcia. ─ Que ótima notícia Josh! ─ Exclamo com entusiasmo, pois saber que estamos próximos de encontrar o paradeiro da testemunha que é chave principal da nossa defesa é, com certeza, cinquenta por cento de chances da nossa vitória. ─ Vou ao banheiro e volto rapidinho. Vão começando sem mim. ─ Certo. Ao chegar no banheiro, faço xixi, lavo as mãos, confiro o visual e após checar que está tudo em ordem, saio. Entro na sala e vejo dois homens sendo cumprimentados por Josh com um aperto de mão firme. Assim que adentro ao recinto, seis pares de olhos me f
─ Podemos entrar para falar com a senhora? ─ A mulher olha de mim para Josh e vice- versa. Balança a cabeça num gesto afirmativo nos dando passagem. Quando entramos na pequena moradia é que percebo um senhor atrás da mulher, o que creio se tratar do seu esposo. ─ Sentem-se, por favor. ─ Ela nos indica um sofá no canto da sala. Caminhamos até lá e nos acomodados. O ambiente é bastante humilde, porém organizado. Após a senhora e seu esposo sentar-se em duas cadeiras a nossa frente Josh começa a falar. ─ Senhora Garcia,a doutora Hernández e eu viemos aqui falar com a senhora no intuito de tentar convencê-la a testemunhar a nosso favor no julgamento do seu ex-chefe. Sei que já tivemos esta conversa uma outra vez antes e nessa vez sua resposta foi negativa, porém preciso que a senhora compreenda que se não testemunhar uma pessoa inocente será punida e sua consciência não a deixará viver em paz. ─ A mulher olha, porém faz um gesto negativo com a cabeça e fala.