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Ele é um renegado que juntou alguns selvagens e destrói coisas por ai, já fez alguns arrastões por casas de luxo dos humanos e tem cada prostituta bonita que dá gosto andar naquele lugar.

Coloco o filhote numa cesta de piquenique e amarro em minha moto para seguir viagem, alguns quilômetros depois sou recepcionado por dois seguranças de Mark já a minha espera na estrada, assim que entro em sua casa, tem musica tocando, mulheres dançando pelo salão e uma adolescente novinha ao lado de Mark segurando o filhote dele nas mãos.

_ “Trouxe o que te pedi Laércio, ou veio para um piquenique?” todos a minha volta riem, _ “Mas é claro alfa, pode conferir, te garanto que será uma boa reprodutora e te dará netos saudáveis para continuar seu legado, ela vem de fontes confiáveis” falo vitorioso.

Um segurança leva a cesta com a bebê para que Mark a olhe e diz _ “Ela é forte, dará bons filhotes”, e entrega a cesta para uma empregada mais velha que a leva para dentro, _ “ E então, vamos falar do meu pagamento?” pergunto a alfa Mark que me olha com desdém.

_ “É claro Laércio, pague a ele”, alfa Mark diz ao segurança, me viro esfregando as mãos querendo ver o dinheiro, mas tudo o que vejo é uma lâmina afiada passando pelo meu pescoço.

_ Arrgghhh....” agarro meu pescoço tentando conter o sangramento, mas já é tarde, o desgraçado também me enganou me ajoelho envolto na poça do meu próprio sangue, olho para alfa Mark com seu olhar triunfante e tudo escurece.

Léa

Alfa Mark trata as mulheres nesse lugar como se fossem objetos, servi durante muitos anos seu pai e agora ele e nada nunca muda, sem companheiras destinadas apenas se apropriam e estupram a mulher que desejam até que tenham filhotes juntos, mas não é qualquer filhote, precisa ser menino para que o legado dele continue.

As meninas nascidas viram objeto de troca e desejo de outros, são vendidas como escravas e vivem na miséria, essa criança terá uma vida difícil nesse meio, observo a pequenina enrolada em uma manta rosa ainda com o cordão umbilical, toda suja e tenho certeza que aquele crápula que a trouxe a roubou de algum lugar, noto apenas uma pequena pulseira dourada em seu pulso com um nome, Alita.

Tiro a pulseira e a guardo, pego uma bacia com água morna e dou um banho na pequena que chora desconsolada com fome, mal coloco a mamadeira em sua boca e rapidamente o líquido se vai aquietando e ninando a filhote que agora dorme.

Fico responsável por cuidar e manter saudável a pequena até que esteja pronta para o seu destino, Alfa Mark deixou bem claro a todos que Alita era exclusivamente de Dante, seu primogênito e futuro alfa dessa casa.

Anos depois

Alita

Depois de mais um dia cansativo ajudando a Bá a limpar tudo nessa casa enorme, sigo para a casa onde moramos, é mais como um quartinho, só possui uma cama e a Léa ou Bá como eu a chamo dorme nela, ela já não tem mais idade para dormir no chão, fizemos uma verdadeira faxina na casa grande hoje, a matilha está em festa.

Hoje é dia de lua de sangue e mesmo muitos aqui não aceitando seu vínculo de companheiros destinados, há quem procure pelo seu par nesta noite, então tem muita festa rolando pela cidade toda, mas eu não vou, sou destinada a Dante o futuro alfa dessa casa, mas sei que ele não gosta de mim, sempre tem garotas a sua volta e ele sempre solta uma gracinha quando me vê, ele me odeia e não posso dizer que gosto dele, seu jeito ignorante e bruto, igual ao pai me enoja, mas aqui nós não temos muita escolha a não ser cumprir nosso destino.

Já tentei fugir, mas a Bá foi quem acabou sofrendo as consequências pela minha tentativa de fuga, me arrependo muito por não ter conseguido levar ela também e só voltei por causa dela, já estava longe, mas seus gritos enquanto Mark a espancava me fizeram voltar, aqui preciso manter a cabeça baixa e ser uma boa menina para que ninguém me machuque ou torture Bá.

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