Houve uma pausa do outro lado da linha, um silêncio pesado que pareceu durar para sempre. Quando ela finalmente falou, sua voz ainda estava cheia de ceticismo. "Desesperada? Essa é uma palavra forte.”
Senti meu coração batendo forte no peito enquanto lutava para encontrar as palavras certas, aquelas que a convenceriam a me dar outra chance.
"É a verdade…. Preciso de sua orientação, de sua experiência. Quero trazer o projeto de volta à vida, para levá-lo até o fim. E... Eu tenho meus motivos. Urgentes.”
“Você também tinha motivos para sair.”
Engoli seco, o nó na garganta dificultando a fala.
“Você conhece as estatísticas. Meu relógio já está correndo e minha filha mais velha vai completar cinco anos no ano que vem”, admiti, com a voz trêmula. “Quero estar lá para ver meus netos, para viver uma vida plena. E não posso fazer isso se continuar cometendo os mesmos erros. Não posso fazer isso se não levar isso até o fim.”
“E se você falhar?”
“Então, eu falhei, mas saberei que fiz tudo o que