Capítulo 4
“Perfeito.” Ele rosnou, deslizando as mãos sob meu vestido e me levantando. Envolvi minhas pernas em volta de sua cintura e nos beijamos enquanto ele me carregava em direção ao sofá. Eu tinha aberto alguns botões de sua camisa, desesperada para colocar minhas mãos nele, quando seu telefone tocou. Ele gemeu, recuando. Ele me abaixou no sofá enquanto eu olhava para a marca em seu peito.

“Não sai daí.” Ele rosnou, roubando outro beijo, e se virou para pegar o telefone.

Meu corpo ficou frio de decepção. A marca do vínculo de companheira em seu peito estava inteira e ainda de um vermelho vibrante como sangue: ele ainda estava com sua companheira e traindo ela comigo.

A fúria me encheu, mas eu a empurrei para baixo, olhando para ele enquanto ele abria a camisa, revelando os músculos esculpidos de seu corpo e a totalidade da marca que abrangia a maior parte de seu peitoral direito. Ele era mentiroso bonito pra caralho. A escória da terra e tão parecida com Devin, fez meu sangue ferver. Todos os licanos traíam? Eles achavam que ser mais forte significava que tinham o direito de brincar com as emoções das outras pessoas?

Eu queria atacar e sair furiosa, mas ele estava mais perto da porta do que eu. Ele era um licano em seu auge. Ele era definitivamente um licano alfa, maior que eu, e claramente com intenção de fazer sexo esta noite. Eu não podia me dar ao luxo de irritar esse cara. Se ele ficasse violento, eu ia lutar, mas não acha que seria capaz de ganhar. Quando ele me lançou um olhar de desculpas e se virou para sair do quarto, ainda ao telefone e se despindo, abri minha bolsa e abri uma mensagem para Eason.

SOS

Coloquei o telefone de volta na bolsa e respirei fundo tentando voltar à mentalidade de fingir até que Eason me ligasse.

“Se eu pudesse usar o modo silencioso…”, disse Charles, zombando e colocando o telefone no bar. Ele sorriu e desceu as mãos até seu cinto. “Eu disse para não ligar de volta a menos que estivesse morrendo. Já que ele basicamente nunca sai de casa, vamos ficar bem.”

Ele se ajoelhou do outro lado do sofá, olhando para mim com tanto desejo que meu estômago embrulhou. Como sua companheira ia se sentir sabendo que ele estava aqui comigo assim?

“Agora, onde é que a gente estava mesmo?” Ele perguntou suavemente, baixando o olhar enquanto passava as mãos pelas minhas coxas. “Acho que prometi fazer valer a pena, né?”

Então, meu telefone tocou. Sua cabeça virou para minha bolsa e depois de volta para mim enquanto eu mordia meu lábio. Ele mordeu o lábio, respirando fundo. Seu olhar caiu entre minhas pernas. Ele parecia faminto. Quase quis deixar ele continuar, mas minha consciência não me deixou ser a outra mulher.

Eu tive o suficiente disso para durar uma vida inteira.

“Sinto muito.”Sussurrei, me sentando. "É meu irmão; ele está cuidando dos meus filhos…”

Charles pegou minha bolsa do chão e me ofereceu. Não consegui conter meu olhar de surpresa. Seus lábios se curvaram.

“Você tem filhos pequenos. Posso esperar se eles precisarem de você.”

Ele sentou sobre os calcanhares e me observou enquanto eu pegava meu telefone e atendia.

“Oi Eas. O que foi?” Perguntei. "O que aconteceu?"

“É o Wolfe…” Disse Eason. “Nada funciona para baixar a febre. Ele está dormindo agora, estou preparando Cecil para ir ao pronto-socorro.”

Eu mordi meu lábio e balancei as pernas para fora do sofá. Charles colocou a mão no meu ombro.

“Eu posso te dar uma carona para casa.” Ele se levantou para minha surpresa, deu a volta para pegar seu telefone e ligar.

“Eu já chego aí, Eas.” Fiquei de pé enquanto desliguei. "Me desculpe, de verdade, eu-"

“Não se desculpe. Seus filhotes vêm primeiro; você é tudo o que eles têm agora… Que tal você ir no meu carro? George te leva aonde você precisar, você só precisa explicar pra ele.”

Engoli em seco e verifiquei a hora. Era quase meia-noite. Eu não ia achar um táxi. Eu balancei a cabeça. “Eu ia gostar muito. Obrigada."

Ele segurou meu queixo. “Eu queria ver você de novo… Mesmo que não continuemos de onde paramos. Posso anotar seu número?"

Arrastei os pés, fingindo timidez, mesmo com um nó no estômago. Ele estava sendo surpreendentemente gentil, mas imaginei que até que traía a esposa tinha consciência. Eu recitei o número falso padrão que dava a qualquer cara agressivo demais para aceitar um não. Ele me acompanhou até o térreo e passou pelo saguão com sua camisa amassada e me colocou no carro como uma princesa.

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