Ponto de vista em terceira pessoaNo momento em que Sofia entrou na casa da alcateia, Pedro desviou o olhar dela. O brilho em seus olhos era mortal. Ele estava calmo, mas era o silêncio antes da tempestade. Não havia dúvida em sua mente de que ela estava tramando algo. Caso contrário, como ela conseguiu se colocar na frente de seus carros? Ela até fingiu que ia desmaiar na frente dele. Se o irmão dela não tivesse vindo para levá-la, ele a teria deixado no meio da estrada.Ele conhecia muito bem esse tipo de garota. Sempre que passava por mulheres, elas só queriam chamar sua atenção, assim como ela tentou fazer ontem. Ele estava furioso por ela ter acusado seu irmão apenas porque viu que ele se tornara o companheiro da Alfa-chefe. Ele assumiu que ela estava de olho na posição de Luna agora.— Pedro, no que você está pensando? — Seu pai, Francisco Castro, perguntou, andando de um lado para o outro na sala.— Pai, relaxa.— Relaxar? Como posso relaxar? Você trouxe a filha do Alfa do Vale
SEIS MESES DEPOIS Ponto de Vista de SofiaA névoa pairava sobre o céu, tornando o dia sombrio. Escolhi vestir um casaco branco para não ter que lutar contra o clima frio. Eu não era fã do inverno. Enquanto me olhava no espelho, dei um pequeno sorriso para mim mesma. — Calma. Tudo vai ficar bem. — Depois de respirar fundo, sussurrei isso para mim mesma enquanto tentava parecer confiante.Hoje era dia de apresentação na minha universidade, e eu tinha trabalhado duro para isso durante todo o mês. O resultado do primeiro ano foi publicado, e eu fui a primeira da turma. Agora que estou no segundo ano da universidade, estou procurando um trabalho que me permita trabalhar meio período. Então, vencer essa apresentação era realmente importante para mim. Porque isso me proporcionaria a oportunidade de um estágio em uma grande empresa, o que poderia levar a um emprego permanente se eu ganhasse. Nos últimos seis meses, minha vida mudou totalmente. Naquele dia, ao sair da casa da al
Ela sempre implicava comigo espalhando mentiras sobre mim. Disse a toda a universidade que eu era uma interesseira, e que esse era o motivo de eu estar em um relacionamento com Bruno. Depois disso, todos começaram a me odiar. — Sofia.Minhas amigas sorriram para mim quando parei na frente delas. — Você conferiu a apresentação? — Sara perguntou.Eu balancei a cabeça. — Sim. Vou entregar o pen drive e o arquivo para o Professor Daniel.— Ok, pode ir. — Sara respondeu, e eu segui em frente.Depois de virar à esquerda, fui até a cabine do Professor Daniel, que estava encarregado do evento de hoje. Quando bati na porta, ninguém respondeu. Para minha surpresa, não havia ninguém lá dentro quando abri a porta. Saí da cabine e fui até os professores-assistentes, que eram uma espécie de voluntários para o evento de hoje. Eles me informaram que o Professor Daniel estava muito ocupado, o que significava que eu poderia entregar tudo a eles. Fiz o que disseram e voltei para minhas amigas.
Meu coração quase parou de bater. A aura que esse homem tinha era algo fora do comum. Com seu corpo bem definido, ele exibia uma forte sensação de autoridade. O terno preto que ele usava encaixava-se muito bem em seu corpo.Um poder de dominância gritava de dentro dele!Quase instantaneamente, todos se levantaram e inclinaram a cabeça para Pedro. Enquanto ele fazia seu caminho até os assentos da frente, seus olhos, que eram escuros e sinistros, olhavam ao redor. Enquanto se curvavam, as garotas o olhavam com um olhar curioso. Ao começarem a experimentar sentimentos de submissão, algumas delas quase caíram de joelhos.Durante esse tempo, os rapazes pareciam estar aterrorizados.Pedro não estava sozinho. Ele estava acompanhado por dois outros indivíduos, nenhum dos quais eu conhecia. Um grande número de seguranças estava parado atrás dele.Por um breve momento, desejei poder encontrar meu irmão.No entanto, ele não trouxe seu gama ao seu lado. Seus oficiais não estavam trabalhando
Meu olhar estava fixo no palco. Luísa estava falando sobre o meu projeto sem nenhum pudor. Agora eu compreendia o motivo de sua chegada tardia. Ela estava preparando discursos para o meu projeto. Mas como ela fez isso? Quem a apoiou? Luís puxou minha mão para que eu me sentasse. — Ei, o que está acontecendo? — Ele perguntou. — Isso é o meu projeto. — Respondi com um tom de raiva. — Que droga! — Sara murmurou. — Devemos reclamar. — Luís disse, levantando-se. Mas eu o impedi segurando seu pulso.— Não podemos fazer nada agora. Ninguém vai acreditar em nós. — Eu disse, olhando para o chão para esconder minha emoção.O que eu poderia fazer agora? Trabalhei com sangue, suor e lágrimas. Embora nunca tivesse pensado em vencer a competição, eu queria demonstrar que era capaz de fazê-lo. Dei uma olhada nos voluntários a quem eu tinha entregado meu pen drive e tudo mais que tinha trazido comigo. Do nada, um deles cruzou o olhar com o meu. Sem demora, ele evitou o contato visual.
Eu sabia quem estava atrás de mim. Passei dois anos com esse garoto. Estava tão furiosa com ele que me virei e o empurrei com força.— Eu te odeio, Bruno. — Eu disse, lançando-lhe um olhar hostil.A força do meu empurrão quase o fez perder o equilíbrio. Ele franziu a testa, como se estivesse confuso com a minha reação.— Ouvi o que aconteceu no auditório. Você não precisava se preocupar conosco. Eu estava esperando um sinal seu. Querida, eu sempre fui seu. — Ele disse em um tom convincente.Um senso de alívio, ausente nos últimos meses, era visível em seu rosto bonito. Como se ele finalmente tivesse conseguido algo que buscava, seus olhos brilharam de excitação.Eu zombava dele enquanto enxugava minhas lágrimas. — Se você acha que fui eu quem fez algo assim, então está enganado. Sou uma tola aos seus olhos? Nunca na minha vida vou querer você de volta. Isso foi um golpe.Suas sobrancelhas se levantaram ao me ouvir. No entanto, seus olhos ficaram frenéticos ao ouvir que eu não o queria
Eu não conseguia desviar meu olhar de Pedro. Eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo naquele momento. O cheiro dele cativava meu coração e o torcia de uma maneira cruel. Era como se eu fosse atraída por ele sem nem estar ciente disso, ou como se fosse viciada nele. Eu estava sob seu controle. Ele parecia ainda mais bonito de perto. Eu podia ver seu rosto com clareza. Ele tinha um maxilar afiado que poderia cortar a pele de qualquer um que o acariciasse. Suas sobrancelhas grossas, quando franzidas, lhe davam uma aparência intimidadora. Qualquer mulher ficaria louca por seu nariz afilado e seus lábios perfeitamente formados. A forma como ele penteava o cabelo, expondo a testa clara, dava a impressão de que ele era um deus grego que havia saído de um mito e aterrissado no mundo presente. Eu estava quase perdida em sua aparência majestosa. Por que? Por que eu tinha que sentir isso por um estranho? Eu sabia que ele era meu companheiro. Mas nada poderia acontecer entre nós
Eu me virei e olhei para Luísa. Seu cabelo loiro estava estilizado liso na parte de cima e cacheado nas pontas. Ela parecia diferente hoje. Parecia que ela havia aplicado mais maquiagem para expressar sua alegria por ter vencido a competição.— Cinderela falsa? Quem você está chamando assim? Você mesma? Porque eu não sou um espelho. — Respondi com ousadia.De jeito nenhum eu era uma garota fraca e indefesa que não conseguia se defender. Foi minha mãe que me criou assim. Ela sempre me dizia para me comportar com calma e decência. Eu nunca discutia com os outros. Se alguém me machucasse, eu me afastava dessa pessoa. Luísa parecia mais agitada com a minha resposta. Depois de zombar de mim, ela olhou ao nosso redor.— Bom dia a todos. Venham aqui. Deixem-me dar um novo assunto para fofocas.Assim que as pessoas a ouvissem, elas vinham para o nosso lado. Como eu já estava ali, isso atraiu ainda mais a atenção deles. Eu já estava na conversa deles.— Ontem, essa garota tentou desrespeitar n