Capítulo 1

"Tem pessoas que são como vidro, duras e cortantes... Então, melhor deixá-las como estão, 'QUEBRADAS', do que se ferir tentando consertá-las!"

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Falcão

Dias atuais

— Até breve Falcão! Teu lugar vai ficar guardado e bem cuidado até você voltar. — um dos policiais fala rindo após abrir a portão da prisão que roubou cinco anos da minha vida.

Foda-se que foi para pagar por um erro meu e de qualquer forma perdi muito tempo aqui dentro, mais adquiri experiência e vou usa-la ao meu favor.

— Até nunca mais! — falo entre os dentes seguindo meu caminho

Ele ri fechando o portão e farei de tudo para nunca mais colocar meus pés nesse inferno. Ninguém nunca vai valorizar a liberdade ou a vida até se ver sem nada, e foi assim que me senti... Um nada! Mais tenho todos meus planos traçados e lá dentro fiz aliados e a prisão é onde se forja na marra o caráter de um homem. Lá não têm espaço para covardes ou bebês chorões... Era matar ou morrer... Não vou negar, eu matei, mais morri por dentro e hoje me sinto como uma casca ambulante, mais serei preenchido pelo ódio e a vingança que queima no meu sangue...

O Falcão está de volta e agora mais que nunca treinado para enlouquecer e trazer o caos a quem tentou me ferrar...

Mais antes preciso de uma safada gostosa disposta a esfolar meu p@u que esta carente de uma boceta há cinco anos. E só depois vejo o que farei da minha vida.

Acabo de entrar no bar do Zyan um dos mais badalados dessa cidade de merda. Caminho na direção do balcão e têm poucas pessoas, porque ainda está cedo... mais como para alguns não têm dia e nem hora para encher a cara, eles estão aqui começando cedo.

No meu caso só vim cobrar um favor a um velho amigo.

— Caralho!! Não pode ser! O grande Falcão está de volta... — me viro ao ouvir a voz de Zyan e ele sorri estendendo a mão.

Bato na mão dele fazendo um ruído, ele me puxa para um abraço batendo em minhas costas... me afasto e ele continua me olhando como se não acredita-se.

— Sou eu mesmo porra! Ou mudei tanto assim? — falo batendo no peito e ele rir.

— Porra irmão... faz cinco anos que não te vejo... Mudou pra caralho! E essa barba? Lá não dava barbeador não? — ele me olha curioso e tenta mexer na minha barba. Logo bato em sua mão.

— Vai se foder Zyan! — falo com meio sorriso. Ele se senta em uma das cadeiras e faço o mesmo de frente para ele.

— Me fala o que te trás aqui parceiro... — tiro minha mochila das costas e coloco na mesa.

— Quero um lugar para ficar por duas semanas, depois vou seguir meu caminho. — ele parece pensar, mais logo sorrir e não sei qual a graça de toda hora mostrar os dentes.

— Tô ligado que você veio porque estou te devendo uma... Beleza cara! Fica o tempo que precisar, mas não quero problemas no meu bar e se puder dá uma força vou agradecer... Sua moto está na garagem. — estendo minha mão fechando o acordo e estava com saudade de usar minha belezura.

— E meu violão? Tá aí cara? — pergunto segurando minha mochila e arqueando a sobrancelha esquerda

— Tinindo! E no lugar de sempre, só aguardando o dono. — ele fala e balanço a cabeça com um sorriso de satisfação por perceber que enfim voltei pra casa, pra fazer o filho da puta que tentou destruir a minha vida pagar por tudo. — Pensa em voltar pro morro? — Ele pergunta me fazendo ter flashes de uma vida miserável que nunca será esquecida

— Não Zyan! Minha volta tem um só objetivo e a favela do Outeiro não tem nada haver com isso.

— Eu pensei que... — ele tenta falar, mas o corto na hora

— Eu não vim até aqui pra ouvir teus pensamentos. Entende uma coisa de uma vez por todas cara, você é o único que sabe da minha volta e assim eu quero que continue sendo. Estamos entendidos? — falo o encarando e trincando o maxilar

Ele arregala os olhos assustado, porque sabe bem quem eu sou e comigo não tem duas conversas. O papo é firme e reto, assim como deve ser a conversa de um homem de verdade.

— E aí, qual vai ser? Vai aguardar eu criar mofo aqui nessa cadeira ou vai me mostrar onde posso ficar? — pergunto arqueando a sobrancelha

— Bora lá cara! Pelo visto tu saiu muito pior daquele xadrez. Então é melhor não contrariar. — ele fala me olhando de lado e se levantando

Zyan deu passos largos para o interior do bar e me mostrou onde vou dormir. Era um quarto minúsculo com uma cama de casal, pelo menos isso, e um criado mudo e nada mais. Melhor que dormir no chão da prisão com os ratos passando por cima e mais trinta homens amontoados ao seu redor... Acho que vou demorar para esquecer tudo que tive que passar naquele lugar.

Usei o banheiro que têm ao lado do quarto e tomei um banho demorado, coloquei minha calça jeans mais que surrada com rasgões não por moda, mais é que está velha mesmo...

Foda-se! O que vale é que estou estiloso e gostoso como sempre.

Coloco uma camisa preta, a melhor que eu tenho e até que eu vá ao meu apartamento que eu não faço idéia de como está, vou ter que usar essas mesmo... Penteio minha barba e prendo meu cabelo no alto da cabeça. Não sou vaidoso, mais não ando feito um doido. Há quem diga que pareço um, por causa da minha barba e do meu cabelo cumprido, mas não me importo. Tenho meu próprio estilo e foda-se o que pensam sobre mim. Afinal, há sempre quem goste de um viking.

Zyan me mostrou o que fazer e estou ajudando no que posso. O bar ficou lotado ao anoitecer e têm gente de toda idade. E como têm música ao vivo o povo se j**a na dança. Observo todos muito empolgados e aproveitando, mas não consigo me ver fazendo a mesma coisa. Então só observo as gostosas com suas mini saias e vestidos colados rebolarem, já me deixando louco, e posso garantir que meu nível de testosterona está quase explodindo...

Caminho para uma mesa com os pedidos de umas gatinhas e elas começam a rir ao me ver se aproximar.

— Obrigada lindo... tá vendo nossa amiga caladinha ali... ela achou você um gato exótico. — encaro a garota que a morena peituda aponta o dedo. Ela b**e na amiga e esconde o rosto com a mão e não tenho paciência com garotas cheias de frescuras... Analiso as outras e são todas lindas pra caralho, inclusive a tímida.

— Aqui a bebida de vocês... agradeço o elogio e 'gato exótico' é novo, vou colocar na minha lista. — recolho a bandeja e ouço elas falarem em uníssono um "uii". — sorrio ao estar de costas.

"Mulheres e seus truques de sedução."

Me concentrei no meu trabalho, mas não desisti de terminar minha noite com uma gostosa me cavalgando e avisei a Zyan que tinha feito minha parte... Ele apenas sorriu como sempre faz e manda eu aproveitar.

Parei ao lado do balcão observando minha possível presa. E vi uma loira de cabelo curto toda sensualizando, mais já está muito bêbada e não quero ninguém vomitando no meu p@u... Dei mais uma varrida no salão e percebi que um par de olhos claros estava me olhando e logo desviou me fazendo sorrir. Pelo visto a tímida é a única ainda quase sóbria. E porque não ela? Dizem que as quietas são as mais safadas... É o que eu quero ver.

Me aproximo da mesa dela e vejo quando ajeita o cabelo atrás da orelha em sinal que está nervosa. Me sento depositando minhas mãos em cima da mesa.

— Se importa? — a música não está tão alta e minha voz saiu mais grave do que eu queria e não quero assustar a pobre donzela.

— Claro... digo não... Fique a vontade. — dou um sorriso de lado e a garota está tremendo.

Qual é a dela?

— Cadê suas amigas? Abandonaram você? — ela sorrir e noto seus traços de menina, mesmo não parecendo tão nova por causa da maquiagem pesada.

— Não, elas foram aproveitar, estou bem aqui e alguém precisa leva-las para casa. — ela já não parece tão nervosa, mais ainda aperta as mãos...

"Então ela é a paga p@u das amigas, à que não bebe e nem se diverte para as outras curtirem."

— Que tal hoje você aproveitar e elas pegarem um táxi? Tá afim de dá um rolê, prometo te entregar inteira. — sorrio e ela se assusta, fazendo uma cara engraçada.

Acho que fui muito direto. Estou meio sem prática. Eu à analiso comendo com os olhos, sua boca pequena com esse batom vermelho me faz imaginar como ficaria bonito meu p@u sendo engolido por ela.

"Não me lembro de ser tão tarado."

Volto a encarar seus olhos e vejo desejo neles, o que só me motiva a colocar minhas imaginações em prática.

Consegui convencer a tímida de boca gostosa a vir comigo. Ela avisou uma das amigas bêbadas que com certeza não lembrará disso amanhã, mas agora ela está comigo. Peguei a moto na garagem e vou lhe dar um pouco de emoção e uma noite inesquecível que ela lembrará pelo resto de sua vida.

Continua...

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