RavenJá estava de saco cheio de desmaiar, essa era uma maldit4 mania que eu precisava eliminar.Me encontrava deitada de bruços e minhas costas ardiam e doíam como o inferno.“Raven, aquele Alfa incrível… nos salvou!” — Sena me disse, e embora tentasse disfarçar, um pouco de admiração escapou da sua expressão.“Sena, não se empolga, esse Alfa é perigoso pro nosso coração.”“Bom, só disse que ele é incrível… e além disso, não pode negar que você também babou quando viu ele, até se jogou em cima dele!” — ela revirou os olhos, bufando.“Eu desmaiei,” pigarreei, tentando disfarçar.“Claro, essa mentira você conta pra outra! Eu sou sua loba interior, lembra?! Você desmaiou depois, quando as lobas estavam te carregando, sua descarada!” — me pegou no flagra, sem como negar.“Sena, precisamos nos aproximar dele, eu acho… tenho o pressentimento de que ele é o Alfa que precisamos pra despertar nosso poder.”“Também acho. Ele é uma ótima opção. O lobo dele é rabugento e mandão, mas eu não me im
RavenOlhei em pânico para todos os lados, mas não vi nem senti ninguém.Era como se a presença de segundos atrás tivesse simplesmente desaparecido.Se alguém estava me espionando, então viu o meu poder.Um sentimento de urgência tomou conta do meu peito, apavorada com a ideia de acabar antes mesmo de começar.Nessa fase, toda vez que eu forçava meu poder a sair, ficava muito fraca. Eu precisava sair daquela floresta agora!Sena assumiu o controle e suas patas quase voavam sobre a grama, na velocidade máxima, de volta aos alojamentos das escravas, atenta a qualquer sinal de emboscada.Eu já conseguia sentir o cheiro das pessoas da matilha, estava quase salva... quase.Um lobo branco enorme surgiu do nada no meio da escuridão da floresta e correu atrás da minha loba, depois a flanqueou e a obrigou a parar.“É o Alfa”, ela sussurrou assustada e trêmula. Mesmo sem querer, o tamanho imponente daquele lobo era o dobro da minha pobre Sena.“O que está fazendo vagando por aí a essa hora da n
Cedrick, o Alfa“O que diabos você pensa que estava fazendo agora?!”, rugi para Eamon, meu lobo.“Você tem noção do que quase fez com a loba daquela escrava?!”“Só estava cheirando ela”, respondeu como se nada fosse, se fazendo de desentendido.“Cheirando? Você sabe que todos os seus pensamentos luxuriosos chegaram direto na minha mente, né?”“Não vi você resistindo muito, principalmente quando a humana ficou pelada bem na sua frente.”“Eamon, porra! Você vive dizendo que está se guardando pra sua companheira! Toda vez que chega nosso cio, você vira um maldit0 espinho no meu cu! E agora se joga assim pra cima de qualquer loba que vê?!”“Não é qualquer loba, é aquela loba. O cheiro dela é bom demais, é muito tentadora... se for ela... no nosso cio... eu não vou conseguir resistir...” — ele hesitou antes de confessar.Eu não podia estar mais surpreso.Foi aí que senti meu Beta se aproximando da nossa posição.Se não fosse por ter percebido bem na hora, o cheiro de outro macho chegando,
Raven— É... não importa, só não se envolve em nada... é melhor fingir que não sabe de nada, e se alguém te propuser algo, principalmente pra sair à noite ou ir a algum lugar suspeito... Diz que não, não aceita! — concluiu com muita seriedade.E do nada saiu do quarto, me deixando completamente confusa.Tantas emoções e confusões estavam me deixando com a cabeça virada.O que era óbvio, é que nessa matilha estavam acontecendo coisas muito estranhas, secretas e perigosas.Será que o Alfa sabia das tramoias subterrâneas nessa área discriminada e esquecida?Como eu não era ninguém, nem podia consertar o mundo, me troquei por uma camiseta confortável e um shortinho, e fui dormir na minha cama simples.*****Alguns dias se passaram, com relativa tranquilidade, mas eu não voltei a ver o Alfa.Uma manhã, não aguentei mais. Se eu continuasse reclusa na área das escravas, meu plano de me aproximar dele ia pro caralh0.Além disso, nem consegui treinar mais, porque impuseram um toque de recolher
RavenNão consegui evitar ficar surpresa.Estávamos tão intimamente próximos que meu coração batia feito louco e eu tinha medo de que ele escutasse.Os toques úmidos da língua dele me percorriam com erotismo, e fechei os olhos sem conseguir evitar, gemendo, quando a ponta suave contornou o canto da minha boca e começou a deslizar pelo meu lábio inferior.Seus caninos afiados me roçavam de forma perigosa e sombria.Abri os lábios, desejando mais contato.Tinha dado poucos beijos na vida e só no meu ex companheiro, mas nada tão excitante e ambíguo como isso, que nem sequer era um beijo de verdade.Todo o corpo enorme e intimidador dele me prendia contra a árvore, e senti algo duro e quente se roçando constantemente contra minha coxa.Quando achei que aquela língua deliciosa fosse me invadir por completo, a voz rouca e obscura do Alfa soou no meu ouvido.— Hoje, às 7 da noite, te espero aqui.E antes mesmo que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se afastou com passadas largas e me deixo
RavenEu não me importava com nada, só corri pelo corredor escuro e já conseguia ver meu quarto.— Abre, caralh0! — eu girava a maçaneta com força, e minhas mãos suavam.Péssima hora pra essa porta velha emperrar de novo.— Aí está ela! — ouvi vindo do final do corredor, e quando achei que já estava perdida, consegui abrir a porta e entrei direto no quarto escuro.Bati a porta na cara de uma das lobas furiosas, que seguia me xingando e tentando entrar à força.Me encostei nela com o peso do corpo inteiro, segurando as batidas contra a madeira enquanto trancava a fechadura.Corri até a cama da Diana e a arrastei pra bloquear a porta — era o móvel mais pesado ali!Toda a adrenalina fluía pelo meu corpo suado e alerta.Boom! Boom! Boom!— Abre essa porra de porta, sua idiota! Hoje você vai pagar por todas! — os golpes eram fortes e a madeira velha já começava a estalar.Me preocupava que a porta não aguentasse. Agora sim, estava encurralada feito rato, mas também não tinha muitas opções
RavenAtravés dos olhos da minha loba, dentro daquele mesmo galpão, vi a cena mais... na verdade, nem sei como descrever em uma só palavra.Diana, minha companheira de quarto, estava de quatro no chão sujo, enquanto atrás dela, um dos guerreiros da matilha socava suas ancas, transando com ela com brutalidade.Na frente, outro homem enfiava o pau na boca dela, segurando-a pela cabeça para se enterrar fundo na garganta, com sons de engasgos e estalos molhados.Gemidos excitados e o cheiro de sexo e luxúria enchiam o velho galpão.Um rosnado gutural saiu do homem que penetrava sua boca, no exato momento em que gozou.«Cof, cof, cof»Ouvi Diana respirar ofegante e começar a tossir com a cabeça baixa, enquanto fios brancos escorriam pelos seus lábios.— Eu também tô gozando! — gemeu o que estava atrás dela, segurando-a com força, estocando fundo e se esvaziando dentro dela com um gemido grave.Vi Diana desabar exausta no chão, mas aquilo ainda não tinha acabado.— Finalmente! Já estavam de
Raven“Raven, me desculpa”, Sena murmurou dentro de mim, enquanto eu me sentava escondida em um canto da floresta chorando.De verdade, eu não queria mais chorar, mas tanta impotência ia acabar me matando.Meu ressentimento virou determinação, e no dia seguinte, assim que o sol nasceu, me esgueirei pra procurar o Alfa.Estávamos na praça central, e eu observava a vida próspera e aparentemente pacífica dessa matilha, enquanto as escravas — que facilitavam a vida deles e serviam como criadas — sofriam todo tipo de humilhação.Me perguntava: que tipo de Alfa era Cedrick Walker?Achei que, por ter nos resgatado, ele era um dos bons. Agora... já não tinha tanta certeza. Mas ele ainda era meu único caminho.“Olha, Raven, uma carroça. Parece que vai pra mansão do Alfa”, Sena me avisou, e vi que perto de mim estacionou, por alguns segundos, uma carroça carregada de cestos cheios de roupas limpas.Olhei ao redor pra ver se alguém tinha reparado em mim, mas sendo tão pequena, duvidava.Me aprox