Capítulo 4

Capítulo 4

Ela dorme como um anjo.

Nana, carrega uma bacia com água morna e um pano limpo, se acomoda ao lado da cama e retira os sapatos da jovem com cuidado para não a assustar.

Zayn observa os delicados pés que estão muito machucados.

Nana, molha o pano e começa a passar, delicadamente, o tecido úmido pelo corpo da jovem, dando atenção ao rosto, braços, pernas e pés.

Com a remoção de toda a sujeira, de dias andando pelo deserto, dormindo, só Alá, sabe onde, é possível ver a verdadeira beleza da mulher de cabelos cor de fogo.

"Agora, sim, estou perdido!" — Zayn pensa.

Mesmo de costas limpando a jovem, Nana sente a intensidade do olhar do seu querido Zayn, e ri, fazendo ele franzir a testa.

— O que foi Nana?

— Você olha para ela como se fosse um pote de mel suculento.

— Mel? — Sim, mel, doce, suculento, viciante... ele pigarreia cortando seus próprios pensamentos. — Olhar para ela é como se eu olhasse para um “Sunshine”.

— Pensando por esse lado, ela parece mesmo um raio de sol. — Nana termina e admira a beleza da moça. — Cuidado, meu querido, seu interesse é perceptível de longe, antes que abra seu coração para essa moça, precisa saber se ela é solteira, de onde é, a procedência da família dela, para depois você não se decepcionar.

— Deixe de besteiras Nana, apenas irei cuidar dela e quando se sentir melhor, poderá seguir seu destino — as palavras saem da boca de Zayn, mas nem ele acredita nelas.

Zayn, escuta o barulho da porta mais uma vez se abrindo e vai verificar. Encontra na sala o segurança e o médico, o alívio é imenso ao vê-los, pois a jovem está há muito tempo desacordada, e ele não entende o motivo e teme pela vida dela.

— Doutor — diz estendendo a mão. — Obrigado por vir tão tarde da noite.

Conversa um pouco com o médico, conta como ela parou em suas mãos, e também a falta de cuidados que tiveram com a higiene ou comida dela.

— Me leve até ela — diz o médico pegando a maleta que havia deixado no chão.

Zayn acompanha o médico até a jovem.

Nesse meio tempo, Nana, tinha tirado os trapos de roupas que vestia a jovem e a cobriu com a roupa da cama.

— Nana, fique com o doutor, vou aguardar na sala.

— Sim, meu filho — diz sorrindo para Zayn.

Na sala, Zayn conversa com o segurança enquanto prepara um chá.

— Beba — diz para o segurança que olha a bebida e a nega com todo respeito.

— Fico agradecido senhor, mas estou em horário de serviço.

— Pegue, pode beber, sei que está cansado, e um chá refrescante e forte, irá te ajudar a relaxar, pois assim que o médico for, você estará dispensado por hoje.

— Obrigado, Sheik — fala aceitando a bebida.

Minutos depois o médico sai do quarto.

— E então doutor, como ela está?

— Está muito debilitada, apliquei uma injeção, mas receio não ser suficiente e provavelmente terá fortes dores de cabeça ao acordar. — diz abrindo a maleta e pegando um bloco de papel onde prescreve algumas medicações. — A garganta está muito inflamada, deve ter passado por temperaturas baixa. Sugiro que sua alimentação de início seja líquida, pois está muito desidratada e provavelmente terá dificuldades ao ingerir alimentos sólidos. Caldos leves é uma de minhas principais recomendações, ao menos nos primeiros dias, e lembre-se de oferecer muita água e suco natural, apenas quando ela se sentir melhor, ofereça frutas e saladas.

Zayn escuta atentamente, tudo o que o médico diz.

— Ela teve um trauma muito forte ao ser sequestrada.

— Sim, claro. Também lhe dei um sedativo, por mais tensa que esteja ao acordar, estará calma. A possibilidade dela acordar nesta madrugada, é grande. Aqui estão as medicações, compre o mais rápido possível, qualquer coisa não hesite em me chamar.

— Claro, doutor, obrigado.

O segurança acompanha o médico, Zayn liga para uma farmácia 24 horas solicitando a medicação.

Momentos mais tarde entra no quarto:

— Nana, pode ir descansar, irei precisar de você amanhã.

— Está bem. Estou bem cansada, acordarei cedo para fazer seu café da manhã predileto — diz lhe apertando levemente uma bochecha como sempre fez desde que era um garoto.

Zayn sorri. Nana o criou como sua própria mãe, pois sua mãe faleceu, logo após seu nascimento, por complicações no parto.

Assim que Nana se recolhe, o sheik troca de roupa, colocando um pijama de seda e vai para a cozinha tomar um pouco de água e fazer um café para aguentar ficar o máximo possível acordado.

Beberica o café olhando para um ponto fixo no chão.

O som da campainha o desperta de seus pensamentos. Atende a porta e recebe as medicações. O segurança do prédio se retira, e Zayn e vai dar uma última olhada na bela jovem, antes de ir terminar o café.

Na cozinha volta a pensar na beleza estonteante da ruiva, ao lembrar de seus cabelos avermelhados, só lhe vem uma palavra na boca, e a saboreia como se fosse uma doce tâmara:

— Sunshine...

Termina o café, e volta para o quarto, senta na poltrona, fica ali, no escuro, olhando o lindo rosto de porcelana e os cabelos que com certeza ao serem lavados ficarão mais belos, sedosos e brilhosos do que estão.

Seus pensamentos para com a mulher o estão deixando desconcertado, como uma única mulher pode o deixar assim? Achou apenas que sua ex-noiva, tinha lhe tirado o juízo nos anos que ficaram juntos, mas essa mulher tem algo nela que o deixa afogueado por dentro.

Enquanto pensa, ela se mexe, vira o rosto para o lado da janela, com os pés chuta levemente as cobertas até a altura da cintura, fazendo Sheik Zayn engoliu seco ao ver seios tão belos, mesmo pequenos, não tem como evitar a ereção instantânea que o toma.

— Por Alá!

Engole seco mais uma vez olhando para baixo, seu membro dói, a intensidade do desejo que o tomou é quase avassaladora, respira fundo.

Acreditou que Nana tinha colocado nela, nem que fosse uma de suas camisas, difícil acreditar estar sendo tão fraco, já viu muitos seios em sua vida, mas nunca desejou tanto um único par deles como os que estão à sua frente nesse exato momento.

Levanta, se aproxima da cama, tentando não reparar muito, embora sem sucesso é claro; cobre a jovem, suspirando aliviado, vai até o banheiro lavar o rosto e aguardar sua insistente ereção se acalmar.

Alguns minutos se passam, mais calmo volta para o quarto, ela ainda dorme como um belo anjo ruivo.

— Espero que seja solteira, caso contrário vou seduzi-la até que seja minha... — murmura possessivo com um brilho sedutor no olhar.

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