Deivid

Peguei um ônibus, as lágrimas rolaram no meu rosto, tentei reprimi-las com vergonha, mas não conseguia. Os passageiros, motorista ficaram olhando-me com se fosse um pobre coitado. 

Uma senhora idosa sentou-se ao meu lado e perguntou:

— Você foi assalto, filho?

— Não, eu fui agredido pelo meu sogro.

— Deves amar muito essa garota, né?

— Sim, eu a amo mais-que-tudo nessa vida.

— Então lute por esse amor, no final vai valer apena— deu um sorriso carinhoso e desceu próximo à praça.

Ao retornar do hospital com o rosto todo machucado, minha mãe ficou desesperada:

— O que aconteceu, meu filho?

Relatei todo ocorrido na clínica, ela ficou muito assustada. Foi em direção ao armário, pegou a caixa de primeiros socorros e cuidou dos meus ferimentos.

— Mãe, a família dela me odeia porque sou pobre!

— Tenta conversar com eles filho! Quando te conhecerem melhor, vão mudar de ideia.

— Não posso

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