PAOLA Chegamos em casa rapidinho. Julian e Meg deram boa noite e foram dormir.Jared e eu caminhamos até o quarto em silêncio. Ele não falou uma palavra comigo desde que voltei da delegacia.Tirei meu vestido e visto minha camisola.Fui ao banheiro, fiz minhas necessidades e lavei as mãos antes de retornar ao quarto.Jared já estava despido e deitado de costas com os braços atrás da cabeça.Quando ele me viu, ele se aproximou mais da cama e levantou as cobertas, sorrindo e me pedindo para me juntar a ele.Subi na cama ao lado dele e descansei minha cabeça em seu peito, aconchegando-me em seu calor.— Você está bem, baby? — Estou bem. Cansada, mas bem. — Fecho meus olhos.— O que aconteceu na delegacia?— Eles me fizeram perguntas. Foi realmente perturbador. Especialmente o fato de que eu estava sendo acusada de algo que eu não sei nada.Senti seus lábios nos meus e meus olhos se abriram de repente. Ele apenas me deu um beijo suave.— Relaxe. Não é bom se você estiver nervosa. — Ele
JARED Eu ainda conseguia sentir o som ressonante em meus ouvidos. Meu rosto ardia.Droga! Aquelas mãozinhas com certeza têm muita força.Por que ela tinha que mentir sobre a minha mãe? Ela não tinha o direito de simplesmente falar mal dela.Caí na cama quando a porta se abriu e Julian entrou.— Seu bastardo! O que você fez com ela? — Julian disse me encarando, seus olhos estreitados maldosamente, acertando um soco que me mandou de volta para a cama.— Você não deveria estar na cama, dormindo? _ Você simplesmente não conseguiu se conter, não é? Do que ele estava falando? Ele achava que eu a forcei?Do que você está falando?— A gritaria. Por que sua noiva saiu chorando e brava?Merda, ela estava chorando? Eu não vi nenhuma de suas lágrimas.Isso é porque você não se importou! Meu cérebro lhe disse.— Estou confuso, Julian. Ela me contou algumas coisas terríveis sobre a mãe e eu sei que não são verdade.— Então ela finalmente te contou, graças a Deus! — Ele disse enquanto se sentava
PAOLA Afastei meu rosto do toque dele e fui pegar uma roupa no armário. Um vestido longo. Isso serve, pensei.— Paola! — Jared gritou, fazendo sua presença ser notada. Não quero dar uma resposta a ele agora. Não estou com vontade de começar a relembrar os eventos de ontem.— Jared, vou pensar sobre isso, você realmente me machucou. Agora tudo o que quero é visitar minha mãe. — digo enquanto coloco minha calcinha, nem me importei em estar nua.— Então você está fugindo agora? Por que não podemos resolver isso? O que acontece quando eventualmente nos casarmos e brigarmos? Para quem você vai correr? — Sua voz endurece com raiva. Por que ele está bravo?— E qual é a melhor maneira de resolver isso? Me esclareça. — Pergunto cruzando os braços sobre o peito, olhando para ele com um olhar interrogativo.— Paola eu... Ele estava prestes a dizer e então parou. — O motorista está à sua disposição. — disse enquanto se preparava para sair da sala. — Paola, só prometa que você vai voltar. — Ele
PAOLA — Querida, você não pode ser presa por algo que não fez. — ela diz enquanto me prepara uma xícara de chá.— Eu sei, mãe, mas eles não têm mais ninguém para culpar e é por isso que estão me fazendo culpada.— Não se preocupe, tenho certeza de que o juiz não deixará isso acontecer, além de não ter nenhuma evidência incriminadora contra você.— Sim. — Digo enquanto pego o lenço e assoo o nariz.— A verdade logo aparecerá. Ela não pode ficar escondida para sempre. — Ela diz enquanto me entrega a xícara de chá. Sorrio para ela e tomo um gole. — Agora sobre Jared, você sabe que depende de você o que você faz. Naquele momento, ele desconsiderou todos os seus sentimentos e despejou sua mágoa e raiva em você. Ele pediu desculpas. Que bom que ele reconheceu seu erro, mas torture-o para se arrepender do que fez, assim ele pensará antes de fazer algo assim de novo. Não o deixe escapar tão facilmente. — Ela diz, sorrindo. Sorrio para ela e bebo o resto da minha bebida quente.— Seu avô me co
JARED Há três dias Paola está inconsciente e por esses três dias eu não sai do seu lado.Eu não conseguia suportar, me arrependia de tudo que havia dito a ela. Eu ainda não tinha certeza sobre o que ela me disse, minha irmã, Lily, tinha chegado no dia em que o incidente aconteceu. Ela me contou sobre os comportamentos da nossa mãe e sua razão para viver na Espanha.Flashback...— É assim que você vai receber sua irmã mais velha, Jared? — Lily disse enquanto soltava Julian de um abraço. Ela disse que sentia nossa falta, mas não queria viver perto da nossa mãe cheia de ódio. Nossa mãe confessou a história da vida dela para Lily uma noite em que estava bêbada. Lily tinha quinze anos o suficiente para saber que havia algo errado com o casamento dos nossos pais.Nossa mãe contou a ela sobre o casamento falso com o nosso pai por causa dos pais dela. Ela pensou que seria feliz com toda a riqueza que tinha, mas se sentia sem amor como um objeto inanimado com toda a atenção que ele dava a M
NARRADORA — O quê?!? — Paola gritou, balançando a cabeça freneticamente e passando as mãos pela cabeça. Ela curvou um braço protetoramente sobre a barriga. O que eles acabaram de me dizer? ela pensou.— Não!! — Ela gritou começando a processar a informação. Ela havia perdido um bebê. Não estava em forma o suficiente para ter três bebês. Ela foi descuidada. Todos esses pensamentos cruzaram sua cabeça enquanto ela procurava freneticamente no meio das pessoas ali por alguém que ela conhecesse. Ela puxou os fios conectados ao seu corpo enquanto estava prestes a alcançar o médico.— É melhor você me dar meu bebê. — Ela ameaçou enquanto segurava firmemente a camisa do homem assustado. Sangue escorria de seu pulso. — Meu noivo não vai aceitar sua desculpa. Onde está meu bebê? — Ela gritou enquanto olhava ao redor da sala. Uma enfermeira estava vindo em sua direção, segurando uma agulha. Ela estava assustada e sozinha com todas essas pessoas estranhas na sala.Liana entrou, orientada por uma
ARIANADuas semanas depois.....Sentei-me calmamente no escritório do vice-chefe de polícia contando a ele tudo o que aconteceu quando eu estava com Regina. Ele continuou me encarando estranhamente, como se estivesse me lendo e isso fez eu me mover desconfortavelmente.Quando ele percebeu meu nervosismo, suavizou o olhar e sorriu para mim. Ele era definitivamente um homem bonito com 1,88 m, era moderadamente mais alto que meu corpo de 1,70 m.— Ariana, posso te chamar assim? — Ele perguntou, exibindo seus dentes. Não tenho certeza se ele estava flertando comigo, mas sorri de volta. Não queria parecer rude, ele também era um homem atraente.— Sim, se eu puder te chamar de Tony. — digo sorrindo seus olhos azuis estão brilhando intensamente para mim.— Claro. — Ele diz então se inclina sobre a mesa, mais perto de mim. Eu congelo momentaneamente com sua proximidade. Sinto um arrepio percorrer minha espinha. — Você sabe que nunca vemos moças bonitas como você na delegacia, tudo o que vemos
PAOLA Pulei da cama acordando encharcada de suor. Eu estava tendo um pesadelo de novo, podia ouvir o choro do meu bebê. Era um menino. Ele estava coberto de sangue e estava me implorando para salvá-lo, mas eu não conseguia me mover.Não percebi que havia lágrimas em minhas bochechas até que Jared começou a enxugá-las.O que ele estava fazendo acordado?Deixei que ele me pegasse em seus braços enquanto eu continuava a chorar silenciosamente.Desde que saí do hospital. Tenho tido pesadelos. Eles eram todos iguais, meu bebê me implorando. Meu bebê morrendo.Não sei se Jared tem dormido ultimamente, mas ele passa a maior parte do tempo no escritório e quando chega em casa já é quase meia-noite.Quando acordo à noite para usar o banheiro, ele está sempre acordado. Sei que isso é difícil, mas com os pesadelos, não aguento mais. Perder um filho é a pior coisa que pode acontecer a uma mulher. Mesmo que meus bebês ainda estejam comigo, há esse sentimento de vazio no meu coração. Vai ser preci