Kyle..No fim da manhã, quando todos estavam indo pras suas casas, eu vi a Celine no fim do corredor indo em direção a reitoria, eu caminhei atrás dela mantendo uma certa distância e esperei de trás de alguns armários ela passar de volta, e isso durou cerca de 10 minutos.Assim que eu vi ela voltando, eu caminhei novamente atrás dela e vi o momento que ela entrou no banheiro.Uma aluna saiu de dentro, e eu esperei mais um pouco pra ver se mais alguém saía, como ninguém mais saiu, eu invadi o banheiro novamente, olhei por baixo das cabines, e a única cabine ocupada era a que a Celine estava usando.Eu tranquei a porta de entrada, e fiquei aguardando ela sair da cabine privada.Assim que ela me viu, automaticamente o olhar dela foi em direção a porta, e em seguida ela iniciou com aqueles joguinhos psicológicos que só ela sabia jogar.Eu estava disposto a arrancar dela qualquer resposta que pudesse me dar esperança.Naquele momento tudo o que eu queria era sentir novamente a sensação d
Celine ..Depois de nós dois tomarmos banho juntos no banheiro da universidade, saímos de lá como dois fugitivos, e eu não vou negar que eu estava morrendo de medo de sermos vistos.Na tentativa de me tranquilizar o Kyle acabou tocando no assunto sobre o horário que os alunos da tarde chegariam e eu me lembrei que ainda precisava conversar com ele sobre a decisão que eu havia tomado. Quando falei sobre isso, eu esperava uma carinha triste ou algo parecido, mas ele sorriu e disse que aquilo não seria um problema, pois tinha o banheiro e salas secretas, dando a entender que continuaríamos tendo tempo de sexo, mesmo dentro da universidade.Eu o chamei de pervertido por ter aquele pensamento, e ele me chamou de indisciplinada por eu ter falado o nome dele em vez de usar o "Professor", então eu aproveitei a situação pra dizer que eu merecia outro castigo. Convenhamos que os castigos daquele professor eram os melhores, e eu estava ansiosa pra saber qual o próximo ele iria me fazer pagar
Como uma espécie de impulso eu fui até a casa do Kyle, ele iria saber me acalmar e me dar a coragem que eu precisava naquele momento.Assim que ele me viu, ele já notou que eu não estava bem, eu entrei e comecei a falar feito uma tagarela e ele me disse o óbvio, que os únicos que poderiam tirar a Karen de lá eram os meus pais, eu fiz uma análise mental quase que imediata sobre qual dos dois eu ligaria, se pra minha mãe ou pro meu pai, mas se eu ligasse pro meu pai e a minha mãe não concordasse seria o mesmo que nada, pois a última palavra sempre era a dela, então peguei o celular do bolso e liguei logo pra ela, enquanto o Kyle ouvia toda a conversa com aquela cara de preocupado. — Oi filha, tudo bem? Por pouco você não conseguia falar comigo, pois eu já estava indo almoçar com uma cliente. — Você pode me dar cinco minutos mãe? Preciso de ajuda.— Nossa filha, você está me deixando preocupada, o que houve?— Mãe, você sabe que eu e a Karen somos amigas a anos, não é? — Claro que sei
Kyle..Depois da Celine encerrar a ligação com a mãe dela, eu pude entender o motivo de tanto medo, a única coisa que eu pude fazer naquele momento foi abraçá-la.Pela primeira vez eu a vi indefesa, como se ela estivesse esperando o mundo desmoronar na cabeça dela, afinal a Karen era a única amiga que ela tinha, e eu sabia que o medo maior que ela estava sentido era a possibilidade de perder aquela amizade que significava tanto pra ela.Eu passei um longo tempo tentando dar pra ela um pouco de conforto, como se fosse possível amenizar tudo o que ela estava sentindo, mas então ela se soltou dos meus braços e eu me senti vazio.— Eu vou pro meu apartamento e esperar por notícias.— Porquê você não fica aqui? Assim você não fica em casa alimentando pensamentos ruins.— Não, eu preciso ficar sozinha, mas obrigada.— Você vai continuar fugindo de mim? Pensei que depois de hoje você...Ela não me deixou concluir a frase, mas ela já sabia exatamente o que eu iria falar.— Você disse que ir
Celine ..Sabe aqueles momentos que você observa toda a situação e chega a conclusão que enlouquecer não irá mudar nada? Foi dessa forma que eu me senti nos logos minutos que passei abraçada com o Kyle. Quando eu decidi ir pro meu apartamento, eu realmente precisava ficar sozinha e recuperar todo o meu controle emocional, afinal a Karen já era adulta, e ela estaria com uma das melhores advogadas defendendo ela, se bem que eu cheguei a pensar que depois que a minha mãe conversasse com a gente, ela iria querer ter permanecido presa.Eu preparei um chá pra mim, fui sentar na minha sacada e deixei o vento levar embora todas as minhas preocupações, mas eu mal tinha ideia que em breve eu estaria vivendo um dos maiores pesadelos da minha vida.Uma hora depois, eu estava indo pro meu quarto quando o meu celular tocou e eu atendi. — Oi mãe.— Problema resolvido Celine, já pagamos a fiança e eu estou indo até o seu apartamento com a Karen. — Mas já?— Eu não sei o que significa esse seu "J
Kyle..A Monique estava bem na minha frente, com um semblante indecifrável, enquanto eu esperava ela me dar uma resposta.— Precisamos conversar.— Eu esqueci de falar na sala que estava proibido visitas de alunos na minha casa.— Eu não estaria aqui se não fosse realmente sério.— Eu já conheço seus joguinhos Monique, conta outra.— Kyle, eu não vim aqui pra tentar nada com você, se eu tentar alguma coisa você pode me expulsar, eu prometo que serei breve.— Tudo bem, eu quero me livrar de você logo, entra.Ela passou por mim, eu olhei pra porta do prédio da Celine e torci mentalmente pra ela não bater na minha porta enquanto a Monique estivesse lá.Quando eu fechei a porta e encarei a Monique eu senti um frio na espinha, como se aquela conversa fosse uma espécie de agouro.— Fala logo o que você quer Monique.— Você não vai me oferecer nada pra beber?— Se você disse que seria breve então não é necessário.— Da última vez que eu vim aqui você me expulsou e disse que estava namorand
Celine..Três anos depois...Durante três anos eu repassei aquela cena na minha mente, dia após dia eu tentei me convencer que a escolha que o Kyle havia tomado era o melhor pra mim, mas a dor era constante, e não dava pra negar que eu não era mais a mesma depois dele.Acho que hoje em dia aquilo tudo não me provoca mais dor, pois eu sobrevivi a uma das piores fases da minha vida, e é sobre ela que eu vou contar agora.Depois daquele momento em que aquela vagabunda disse que estava grávida eu só me lembro acordando no sofá do Kyle, enquanto a Karen passava um pano frio no meu rosto, e naquele momento eu senti vontade de morrer, pois tudo veio a tona na minha mente.— Amiga, não tente se levantar, fica deitada.Eu ignorei o pedido dela, me sentei e encarei o Kyle que estava nitidamente abalado, ele tentou se aproximar de mim, mas eu o impedi.— Fica longe, eu não quero você perto de mim.E desmoronei feito uma criança, os meus soluços foram altos e constantes, o ar me faltou e eu bus
Kyle..Ver a Celine caída e desacordada me encheu de um remoço esmagador, depois de eu mandar a Monique ir embora eu peguei a Celine nos braços e a levei pra dentro, eu tentei acordá-la e o desespero tomou conta de mim, pois ela não acordava, eu peguei o meu celular e liguei pra Karen, eu já não sabia mais o que fazer. — Oi Kyle, vocês já estão indo buscar o meu carro?— Karen, você está no apartamento da Celine?— Estou, ela não te disse?— Vem pra minha casa agora, ela desmaiou e não quer acordar. — Puta que pariu, que merda você fez agora?Eu nem cheguei a respondê-la, ela desligou e três minutos depois já estava na minha porta.— Cadê ela?Ela perguntou já entrando.— Pega um pano com água gelada pra mim agora.Eu corri pra pegar e ela foi passando no rosto da Celine. — O que aconteceu? Você vai me falar ou quer que eu descubra?— A Monique veio aqui me dizer que estava grávida de mim.— O QUÊ? — A Celine apareceu e ela falou pra Celine, e logo em seguida ela desmaiou. — Eu