Antes de sair do escritório, a Rainha se dirigiu ao espelho que estava no canto do local. Era um espelho de corpo inteiro, com uma moldura de madeira esculpida e incrustações de ouro, que havia sido especialmente encomendado pelo Rei Oliver, mas que ela não quis ter em seu quarto depois de viúva. Leonor terminou de limpar o rosto, arrumou o cabelo e se certificou de que não estava parecendo que tinha chorado... E suspirou.—Vou ver como Selene está, porque não estava muito bem — comentou a rainha e viu no reflexo como os olhos de seu filho se abriam atrás dela e ele caminhou em direção onde ela estava.—O que aconteceu com Selene? — ele perguntou preocupado e Leonor sorriu.—O almoço não caiu muito bem para ela— ela informou e Frederick mordeu o lábio.—Você sabe? — ele perguntou e engoliu em seco.—Não era o que eu esperava que acontecesse, mas fico animada— disse Leonor e Frederick sorriu envergonhado. "É urgente que eles se casem, para evitar fofocas."—Eu sei, mãe. Gostaria que fo
O Conde saiu apressadamente pelo corredor. Ele não disse nada, mas no pequeno espaço que sua filha deixou aberto na porta, ele conseguiu ver algo que chamou sua atenção do lado da varanda de sua filha, e temeu que algo ruim pudesse acontecer a ela. O pobre homem não desconfiava de sua filha, mas achava que ela estava em perigo. Algo dentro dele dizia que Henry poderia estar rondando, procurando um lugar para se esconder, mas sua casa não seria esse lugar. Sua lealdade à Coroa estava acima de tudo, e ele nunca permitiria que sua filha fosse tocada por Henry, que não era mais do que um rato vil, não muito diferente de seu pai, que havia traído sua própria família por ambição.O coração de Regina estava acelerado, e não era por causa de sua recente entrega, era pela decisão que ela viu nos olhos de seu pai. Se alguém entrasse em seu quarto, eles a descobririam, e ela não podia permitir isso.—Você tem que fazer algo, Regina —disse Henry ao vê-la nervosa, pois uma mulher temerosa não lhe
Frederick se pôs imediatamente em alerta, os guardas do castelo correram em direção aos recém-chegados e se reuniram ao seu redor. O rei não demorou a trocar de roupa e saiu de seu quarto, coincidindo com uma Selene perplexa, que mal o viu correu em sua direção. —O que está acontecendo? —ela perguntou preocupada, imaginando que poderia ser um ataque ao castelo ou talvez, Henry tivesse retornado. —Eu não sei, amor. Volte para o seu quarto —Frederick pediu. Em seu íntimo, ele temia que Henry viesse atrás de Selene e que ele não conseguisse protegê-la. —Tenha cuidado —Selene implorou em voz baixa, enquanto Samantha e a Rainha Mãe apareciam no corredor. —Filho? —Voltem —Frederick disse com um tom cortante. Só de imaginar que algo acontecesse com elas, seu sangue gelou. —Venham comigo —a rainha sugeriu, Samantha já estava ao seu lado e segurou a mão de sua mãe —. Selene... —ela chamou. Selene olhou para Frederick e ele assentiu, então ela caminhou em direção ao quarto de Leonor. —Mãe
Frederick se certificou de pessoalmente custodiar a carruagem na qual Henry estava sendo transportado de volta ao castelo, onde seria levado às masmorras. Ele não queria arriscar que algum cúmplice tentasse fazer algo para libertá-lo.—Edward! —ele chamou, e o guarda se aproximou rapidamente a cavalo.—Diga-me, Sua Majestade.—O que aconteceu com a mãe de Henry? —perguntou, temendo que a mulher tentasse fazer algo para concluir os planos que tinha com seu filho.—Neste momento, um grupo de guardas deve estar a prendendo, Sua Majestade —informou ele, e Frederick assentiu. Ele não queria se alegrar até ter certeza de que tudo corresse bem, mas era difícil não sentir que finalmente tudo estava tomando o rumo certo.Anabel ouviu os cascos dos cavalos se aproximarem pela estrada de pedras e terra; seu coração se agitou, especialmente porque fazia vários dias que não tinha notícias de seu filho, e a última coisa que ouviu em um bar próximo à sua antiga casa era que ele estava sendo procurad
Norwood apertou os dentes ao perceber que os homens do Rei estavam chegando, olhou para Regina com seriedade e determinação. Ele havia estado pensando e analisando qual era a melhor maneira de salvá-la da prisão, mas não havia muita escolha.—O que está acontecendo? Quem está vindo? —perguntou Regina, levantando-se da cama.—A guarda do Rei —pronunciou ele taciturno.—Eles estão vindo por mim? —perguntou com voz trêmula.O Conde não sabia a resposta, então olhou para Regina, a tomou pelos braços e falou:—É provável...—Não deixe que me levem, não quero ir para a prisão —chorou, agarrando-se às mãos de seu pai.—Farei tudo o que estiver ao meu alcance, Regina, mas você precisa fazer as coisas como eu disser, caso contrário, não haverá nada que eu possa fazer por você. Eu jamais poderia enfrentar o rei e sair vitorioso.—O que eu tenho que fazer? —perguntou aflita—. Farei tudo o que você me disser, mas não quero pisar na prisão —solloçou.O Conde assentiu, tinha pouco tempo antes de se
—Você está linda —disse a Rainha Mãe, aproximando-se de Selene. Ela acariciou suavemente a bochecha dela —. Você parece um anjo.Selene não conseguiu responder; seus olhos se encheram de lágrimas que ela se forçou a conter, pois não queria estragar sua maquiagem. No entanto, ouvir aquelas palavras confortava sua alma, mesmo que a partisse em pedaços. Estas eram as palavras que ela deveria ouvir de sua mãe, mas agora a Rainha era quem a protegia e cuidava como uma filha.—Eu trouxe isso —anunciou a rainha, colocando um broche de prata com pequenas flores azuis nos cabelos de Selene.—Obrigada —sussurrou Selene, excessivamente emocionada.—Um pouco de sorte para todo o sucesso que o casamento e reinado de vocês terão —declarou a Rainha. A noiva não aguentou mais e se lançou nos braços de Leonor, que a recebeu com calma e todo o carinho que podia oferecer.—Já estão prontas? —perguntou Sam, entrando no quarto de Selene. Ao ver sua amiga e cunhada nos braços de sua mãe, parou como se tive
Marcus respirou fundo e se aproximou do rosto de sua prometida; os olhos dela brilhavam como estrelas, guiando-o pelo caminho. Seus lábios encontraram a bochecha de Sam, muito perto do canto de seus lábios. Marcus deu um beijo suave, arrancando um suspiro da princesa. Ele era todo um cavalheiro, essa era a maior audácia que pensava em fazer, por mais que desejasse mais; no entanto, Samantha teve uma ideia diferente, e antes que Marcus se afastasse dela, ela o segurou pela camisa e o puxou delicadamente para si, unindo seus lábios em um beijo delicado, embora tenha durado pouco, pois o desejo foi avassalador e o beijo intenso. —Eu te amo tanto... —sussurrou Frederick no ouvido de sua esposa, enviando uma corrente de excitação por todo o seu corpo. —Vamos sair daqui —respondeu Selene em tom baixo. O rei sorriu e se levantou rapidamente para continuar a celebração de forma privada. Frederick e Selene se despediram de seus convidados; no entanto, nenhum deles partiu, pois a festa conti
—A mulher parece que sumiu no ar —disse com frustração um dos guardas reais.—Maldição! —gritou seu colega, batendo com força na velha mesa que ainda permanecia de pé na casa deteriorada de Anabel. Voltar à antiga casa não os ajudou em nada. Não havia sinal de Anabel.—A esta altura, o Rei já deve ter se casado e por culpa dessa maldita mulher, não pudemos comparecer —resmungou o outro homem, sentando-se no chão sujo. Tudo estava exatamente como tinham deixado da última vez que estiveram lá, indicando que Anabel não voltou.—O Rei nos confiou esta missão porque confia em nós. Não se lamente e levante-se. Devemos continuar procurando —ordenou o guarda de maior patente.A busca continuou e foi infrutífera, então não tiveram escolha senão afastar-se daquelas terras abandonadas pelo homem, um lugar seco que dificilmente poderia sustentar a vida.Enquanto isso, Anabel entrou no castelo, aproveitando a distração da festa. A mulher apertou os punhos com força e amaldiçoou o novo casamento, d