"Posso te jurar que Frederick não suspira por você há muito tempo."Regina não queria acreditar nas palavras de Henry, no entanto, Frederick havia se comportado de forma distante quando a cumprimentou, seus olhos já não brilhavam como antes. A mulher sentiu um vazio no estômago e teve que se sentar para não cair de bruços.Henry observou o rosto pálido de Regina e se sentiu satisfeito.—Esta é a sua única oportunidade de se tornar Rainha um dia —disse, testando o terreno em que estava pisando.Regina o olhou sem entender.—Como você pode dizer uma coisa dessas? Casada com você, só posso aspirar a ser a esposa do Duque.—Sou o legítimo herdeiro, Regina.Ela o olhou.—Isso não faz de você o possível herdeiro a menos que... —Regina abriu os olhos ao entender a que Henry se referia.—Você está comigo ou contra mim, você decide, Minha Senhora —disse com seriedade e um toque de ironia. Regina não tinha a mínima chance de recusar; seu pai já havia chegado a um acordo com Frederick, e as coi
Marcus levantou-se ao ver seu tio aparecer, acompanhado do Rei, a quem fez uma breve reverência.— Ficarei encantado em ser seu anfitrião esta noite, Marquês — disse Frederick.— A honra é minha, Sua Majestade — exclamou o homem com um leve aceno de cabeça.Frederick lançou um olhar de relance para Marcus e deixou a sala.— Tudo bem? — perguntou Marcus, ficando sozinho com seu tio.O homem o olhou com uma intensidade que o assustou.— Sua Majestade e eu tínhamos muitos assuntos a tratar, Marcus. Alguns mais importantes que outros, mas chegamos a um acordo magnífico — disse ele.Marcus assentiu.— Então, vamos ficar? — perguntou o rapaz, sentando-se ao lado do Marquês.— Você ouviu, e não pretendo desonrar o Rei, então peço que mantenha a compostura e, se puder, nos deleites com uma de suas belas melodias, ficarei muito agradecido a você.— Você está agindo mais sério do que o normal, há algo que eu precise saber? — questionou Marcus.O Marquês negou com a cabeça.— Tudo a seu tempo, M
Samantha sentiu vontade de sair correndo, mas a mão da Rainha a deteve quando pousou em seu ombro.— Eu não quero estar aqui — murmurou Sam tão baixo que ninguém a teria ouvido, se não fosse pelo fato de sua mãe estar realmente próxima.— Samantha, por favor, seu irmão tem um anúncio importante — a rainha retrucou em tom baixo. Ela também se sentia mal por casar sua filha tão cedo. Elas tinham passado apenas algumas semanas juntas, e agora ela estava prestes a enviar Sam para longe. No entanto, preferia isso a deixar sua filha nas mãos de Henry. Tudo era pelo bem dela, e ela confiava que o homem que seu filho tinha conseguido fosse o homem que Sam precisava ao seu lado.— Por favor, tomem assento — insistiu Frederick, e Samantha não teve outra opção senão sentar ao lado de sua mãe, enquanto Marcus caminhava ao lado de seu tio.— Vossa Majestade, por favor, continue — pediu o homem, mantendo seu olhar atento na princesa. Um olhar que Sam sentiu como se queimasse sua pele.— As famílias
Samantha sentiu um arrepio percorrer todo o seu corpo e um nó se formarem em sua garganta, mas o desejo de ver com seus próprios olhos o que ouvia foi mais forte e a impulsionou a dar os passos necessários para descer as escadas. No entanto, ao chegar embaixo, seu irmão a estava esperando, e Henry já estava se afastando, segurando o braço de Regina, sem sequer olhar para ela.—Você está pronta? — Frederick perguntou ao se juntar a ela.—Isso importa? — ela questionou sem olhar para o irmão. Samantha sorriu para o casal que passava ao seu lado, fingindo que tudo estava bem, quando na verdade, tudo o que ela queria era correr e se trancar em seu quarto.—Samantha...—Estou pronta para continuar com tudo isso, Majestade — ela murmurou sem olhar para ele.Frederick apertou os punhos diante da atitude de sua irmã, no entanto, estava satisfeito com o fato de as feições de seu rosto não refletirem sua insatisfação com a festa. A última coisa que ele queria era levantar suspeitas entre os con
Selene terminou ao lado do jardim, longe dos olhares dos convidados. Seu estômago protestou quando ela tentou se acalmar, mas não conseguiu e perdeu a batalha. O som de ânsias de vômito ecoou, e Frederick teve que olhar para trás para se certificar de que ninguém estava seguindo.—Selene —ele a chamou.—Sinto muito, não consigo me conter —murmurou ela, com o rosto vermelho e os lábios pálidos por causa do vômito.—Não peça desculpas, meu amor. É minha culpa, eu deveria ter avisado para que não servissem vinho a você esta noite —ele se desculpou, ajoelhando-se ao lado dela.—Eu nem sequer consegui prová-lo, o cheiro era demais —ela disse, acariciando o estômago, que agora estava desconfortável e com um gosto horrível na garganta —. O pior é que aconteceu na frente de muitos convidados, tenho medo de que possam suspeitar —acrescentou Selene, preocupada.Frederick havia esquecido completamente dos convidados, e se alguém tivesse ouvido as ânsias de Selene, os rumores logo surgiriam, e o
Frederick olhou nos olhos de Selene, e a felicidade foi avassaladora naquele momento. No entanto, o que mais importava agora era saber os cuidados que precisariam seguir a partir de agora.—Quais são os cuidados a seguir? —perguntou o rei, já que Selene era incapaz de dizer algo.O médico não demorou em dar as explicações e sugestões para que o casal pudesse levar a gravidez da melhor forma possível. Além disso, era evidente que os sintomas seriam fortes, pelo menos nos primeiros meses, e a futura rainha não poderia permanecer doente.—Ficarei de olho em todo o processo, e por favor, se sentir qualquer desconforto estranho, não hesite em me chamar —pediu o médico, e Selene assentiu —. Será um bebê saudável, Minha Senhora, não se preocupe.Alegria, euforia e medo tomaram conta de Selene diante da confirmação de suas suspeitas. Ela não esperava outra notícia, pois tinha estado com Frederick tantas vezes que perdeu a conta das noites em que se entregaram à paixão sem nenhuma precaução.—
"Sim"Selene olhou para Henry e deu um passo para trás. Nos seus momentos mais estranhos, ela nunca imaginou que Henry fosse capaz de algo assim, mas sabia que estava enganada.—Não entendo como pode ser tão cega com ele, Henry —ela disse com certa dificuldade.—Isso não é culpa minha, Selene. Se está procurando um culpado, olhe para o homem ao seu lado e o encontrará —ele disse com um leve sorriso.Selene apertou os punhos, sua mandíbula se contraiu, e um grunhido quase escapou de sua garganta.—Não culpe Frederick por suas ações, Henry. Você não é um cavalheiro como fingiu ser o tempo todo, você não é o homem que eu pensei e pelo qual senti pena —ela disse, atacando o orgulho do Duque.As feições de Henry mudaram ao ouvir as palavras de Selene.—Pena? —ele perguntou com raiva na voz.—Sim, você vivia reclamando do tratamento que seu primo lhe dava e das humilhações às quais estava sujeito; no entanto, estive tempo suficiente neste castelo para saber que nada do que você dizia era ve
Frederick pegou Selene novamente em seus braços e a deitou suavemente na cama, enquanto ela permitia e aproveitava os carinhos.—Sinto sua falta — murmurou o rei, ao mesmo tempo em que seus lábios se encontravam com os de sua noiva.Selene riu suavemente, mas aceitou com prazer o beijo, que rapidamente se intensificou, obrigando-os a se separarem por falta de ar.—Você é uma feiticeira... Minha feiticeira — declarou Frederick, olhando para Selene com olhos nublados de desejo.—Serei o que você quiser que eu seja, mas só sua — respondeu Selene com fervor, gerando um desejo incontrolável em Frederick.O amor entre eles era uma mistura perfeita. Não só estavam repletos de paixão e desejo, algo em que se entendiam perfeitamente, mas o respeito, o carinho e a compreensão que haviam nascido em pouco tempo demonstravam o quanto suas bases estavam fortes para sustentar sua união ao longo da vida.As mãos do rei se moveram ágeis sobre os laços que aprisionavam os seios de Selene sob o espartil