18

Samanta narrando

Eu desço do carro e entro pela porta, Mateus me encara.

— Eu achei que não iria aparecer aqui em menos de uma semana – eu me sento na sua frente e abro uma garrafa de bebida – você acha que os seus problemas vão desaparecer após a bebida?

— Não vão desaparecer, infelizmente – eu respondo – eu fui conversar com Rafael.

— E? – ele pergunta

— Eu lembro muito bem quem acendeu o fogo naquele galpão – eu olho para ele

— Samanta – ele fala

— Dói muito Mateus – eu falo chorando

— Eu sei que doi – ele fala – mas, para que remoer isso anos depois?

— Eu tenho pesadelo com aquela noite todos os dias – eu olho para ele – a minha vida toda.

— Porque todos sempre te alimentaram aquela noite na sua cabeça – ele fala – me tira daqui, eu te ajudo.

— Não – eu respondo – você vai estragar tudo.

— E vai me manter aqui? – ele pergunta – Vai manter com Rafael na sua cabeça, eu iria matar ele e você não deixou.

— Ele não me manipula mais, eu disse a ele, eu ameacei ele.

— Rafael é perigoso
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