O jantar foi ótimo, meu pai aceitou numa boa nosso namoro, eu ainda estava com receio do que poderia acontecer, mais foi tudo bem, Brenda amou meu pai.—Filha, quase esqueci, eu fui a consulta hoje, estava na casa do John e me ligaram dizendo que tinha sido adiada para hoje, então eu fui lá. Meu pai fala e olho para ele atenta.—E os exames? Está tudo bem? Ele pediu mais algum? Passou novos medicamentos?Pergunto tudo de uma vez.—Está tudo bem, ele disse que não se desenvolveu mais, está tudo do mesmo jeito de antes. Ele fala.—E as quimioterapia?Faz algum tempo que suspenderam as quimioterapia dele, mesmo eu vendo o quanto ele esgava sofrendo, eu nunca quis o deixar partir, quando ele começou a responder o tratamento, me deu um alívio tão grande, finalmente ele não teria crises de vômito, de insônia, de fraqueza.—Eu queria está com o senhor, deveria ter pelo menos me avisado!Falo e ele põe a mão em minha bochecha.—Eu estou bem, não se preocupe. Ele fala.(...)Quando terminam
A organização do aniversário da Brenda está linda, ela parece uma princesa com um vestido rodado, Bernardo olha radiante para a filha, eu fico feliz em ver eles mais próximos, sei que ele está aprendendo agora a ser pai, falar nisso, meu pai está aqui, apesar dele não poder comer essas comidas, ele fez questão em vim prestigiar a pré adolescente.—Está linda meu amor!Bernardo fala se aproximando de mim, ele está de uma forma diferente, parece está radiante, quando eu o conheci na escola, ele tinha a feição muito dura, aparentava ser um homem muito rígido, hoje eu não o vejo mais daquela forma.—Você também está perfeito. Falo arrumando a gravata estilo borboleta. —Ela está perfeita!Falo olhando para Brenda.—Sim, está, eu praticamente nem vi minha filha crescer, hoje ela já é uma mocinha. Ele fala e posso ver a emoção em suas palavras.Estávamos distraídos olhando para a Brenda conversando com alguns amigos, até uma pessoa chegar chamando nossa atenção.—Bernardo, vejo que conseg
Chego ao hospital onde o pai da Gabi está e adentro o local, pergunto onde ele está e só me falam que ela está na sala de espera.Assim que chego na porta da sala, vejo um médico conversando com ela, Gabriela chora compulsivamente, percebo seu corpo caindo e vou até ela, consigo segurar ela antes que seu corpo se choque contra o chão.Olho para o doutor que apenas balança a cabeça em negação para mim, entendo o que ele quer dizer.—Eu sinto muito. Ele fala e olho para minha mulher deitada em meus braços, seu rosto está pálido.—Como isso aconteceu?Pergunto.—Ele não estava se tratando já fazia alguns dias, a doença se agravou bastante, já tinha se espalhado por outros órgãos. Ele fala e então pego Gabriela nos braços.Coloco ela deitada no sofá e ele me olha.—Bou mandar preparar um soro para ela. Ele fala e sai.—Eu sinto muito meu amor, não consegui fazer você não sentir essa dor. Falo segurando a mão dela.Já faz duas horas que ela está sem se mexer, os médicos aplicou um seda
Carta 1Sei que se está lendo esta carta é por que já não estou mais ao seu lado, deve está com raiva de mim, eu entendo, mais peço que me compreenda, essas últimos meses meu corpo deu sinal de que estava piorando, eu não te falei por que sabia que iria ficar triste assim como está agora, até algum tempo atrás eu fazia o uso da medicação e mesmo assim não estava me sentindo bem, apenas na sua frente para você ficar feliz, sentia muitas dores quando me alimentava e quando me deitava para dormir, me perdoe filha, eu fui fraco e hoje não posso mais te proteger, mais eu vou cuidar de você onde quer que eu esteja. Vou te contar uma história sobre sua mãe que nunca te contei, eu e ela nós conhecemos na oficina onde eu trabalhava, eu vi aquela menina ali tão linda e fiquei desnubrado por tamanha beleza, ela também não parava de me olhar, então começamos a namora escondido, eu alguns anos mais velho que ela, e ela uma menina ingênua, até que casamos por que ela descobriu a gravidez, o que eu
Chegamos na minha casa, e Brenda assim que viu que era Gabriela veio correndo abraçar ela.-Gabi, eu estava com muita saudade de você!Ela fala agarrada a Gabriela.-Eu também estava com saudade de você meu amor, me deixe ver como você está!Ela fala se afastando um pouco da Brenda para olhar ela de cima a baixo.-Linda como sempre. Ela fala e as duas se abraçam novamente.-Vamos entrar, parece que vai chover novamente. Falo olhando o céu bem nublado.-Sim. Elas falam em uníssono.Entramos e logo Matilde se aproximou.-Que bom que está bem menina, estou fazendo um jantar especial para vocês. Ela fala e Gabriela agradece.-Você quer descansar?Pergunto e ela me olha.-Vou conversar um pouco com a Brenda, depois eu subo. Ela fala e as duas senta no sofá.(...)BrendaEu e Gabi sentamos no sofá, meu pai sobe as escadas e provavelmente vai tomar banho.-E como foi esses dias na escola?Ela pergunta segurando minha mão.Eu não sei o que é perder alguém, quando eu nasci minha mãe morreu no
Bom, o que dizer sobre os últimos meses? Já fazem onze meses que meu pai me deixou, eu e o Bernardo oficialmente o nosso namoro, agora toda a empresa sabe da nossa relação, a Sandra está literalmente morando com o Bruno, isso me deixa muito feliz, eu não estou morando com o Bernardo, um mês depois da morte do meu pai, eu resolvi que era a hora de viver, mesmo sendo difícil, foram momentos dolorosos, eu visitei as casas que ele me deixou, e resolvi me mudar para uma delas, descobri também que todos esses anos ele guardou o dinheiro do aluguel, a casa era de um amigo, eu entendi que o que meu pai fez não foi me enganar, e sim me preparar para uma vida sem ele, é difícil compreender os planos que nossos pais têm para a gente, eu nunca me importei muito em saber quem era o dono da casa que moramos por tantos anos.Caminho devagar até chegar onde meu pai está sepultado, as vezes não damos valor quando temos em vida, nesses onze meses eu vim aqui muitas vezes, perdi a conta, mais olhand
Chego em casa e vou direto a procura de algum analgésico, tomo um e me deito um pouco, minha cabeça está doendo bastante hoje, além da dor no corpo. Fecho os olhos e tento dormir, mas meu celular começa tocar.—Merda, quem me liga a essa hora?Pego o celular e vejo o nome da Sandra.—Amiga você está aonde?—Estou em casa, tentando dormir.—Estou indo aí. Antes que eu fale que não ela desliga.Levanto e tomo um banho antes que ela chegue, pego alguns remédios para gripe e procuro o que faz efeito mais rápido, tomo um deles e sento no sofá.Não demora muito e o furacão chamado Sandra adentra como se estivesse tirando alguém da forca.—O que aconteceu?Pergunto olhando ela andar de um lado para o outro.—Estou desesperada!Ela fala e isso eu percebi des da hora que ela pisou aqui.—Isso eu percebi, posso saber o por que?Pergunto e ela joga uma sacolinha para mim. Abro e vejo um teste de farmácia.—Sério?Pergunto e ela faz cara de chror.—Eu não sei, eu vim para fazer aqui, estou com
Fazem exatamente uma semana que não vejo Gabriela, se está fácil? Nunca foi tão difícil, por mais que eu esteja com muita raiva dela, esses dias eu não consegui fazer nada, não consegui me concentrar no trabalho, não estou nem mesmo conseguindo fazer minhas caminhadas matinais, por enquanto só a garrafa de whiskey está me consolado.—Bernardo?Ouço a voz do meu irmão do outra lado da porta.Esses dias estou sem usar o celular, sem contato com ninguém, não quero nem mesmo ouvir o nome dela, e se o Bruno está aqui tem haver com ela.—Vai embora Bruno, não quero falar com ninguém. Falo mais ele insiste.Bruno fica batendo na porta várias vezes, mais faço de contas que não estou ouvindo.Quando terminei com Gabriela, eu saí de lá e liguei para ele, falei que ela tinha pedido demissão e disse para ele cuidar de tudo, inclusive da empresa esses dias, eu preciso desse tempo para mim, mais agora ele está incansavelmente na porta do meu quarto gritando.Não aguento mais ouvir ele bater na port