- Você é muito gentil. - Com uma ponta de alegria no coração, Helena sabia que Lívia tinha mudado muito durante esses três anos e sabia que o presente que ela daria em sua festa de aniversário certamente seria mais valioso que os brincos pequenos que ela lhe deu da última vez....Ao sair do quarto do hospital, Silvio se dirigiu para a casa da família Lopes. Haviam coisas que ele queria discutir pessoalmente com Aurora.Trinta minutos depois que ele se retirou do hospital, finalmente chegou a casa da família Lopes....- Presidente Duarte, o que você quer dizer com "não permitir que eu veja minha irmã"? Minha irmã realmente não me faria mal, o que está acontecendo? - Aurora olhou para ele, incrédula.- Melhor prevenir do que remediar. - respondeu Silvio, de forma sucinta, mas ambígua. - Não quero que o que aconteceu hoje se repita. - Ele sentia que tinha falhado com Lívia quanto ao assunto do filho, mas quando ouviu Murilo falar daquela forma na fábrica, ele reagiu quase que instintiva
No pensamento de Silvio, se criava uma nova trama, ele gostava de Aurora, sempre gostou dela, mas por que, toda vez que se encontravam, não havia uma sensação de prazer? Até sentia o corpo todo ficar rígido? E quando interagia com Lívia, sentia uma imensa satisfação. Silvio estava com a testa franzida, sentindo uma confusão imensa em seu coração, mas dessa vez ele não empurrou Aurora. Ao contrário, puxou-a para perto e beijou suavemente sua testa.- Boa noite, bons sonhos para você. - À luz do luar, ele parecia espetacularmente atraente.Aurora queria devolver um beijo feroz, deixando sua marca nele de forma arrebatadora. Mas ela sabia que não era o momento, afinal, como Isadora sempre havia dito, os homens desejam mais aquilo que não podem ter.- Você pode ir primeiro, vou esperar você sair para voltar ao meu quarto. – Ela disse timidamente. Só quando Silvio entrou no carro foi que sua figura começou a desaparecer. No entanto, Silvio não continuou a dirigir, mas instruiu Pedro a para
- Sou completamente leal a você, não tenho a menor intenção de sair do mercado de trabalho tão jovem. Fique tranquilo! - Pedro se assustou tanto com a pergunta que quase fez uma reverência a Silvio dentro do carro.- Não foi isso que eu perguntei! - Os olhos de Silvio faiscaram.- Então você quer saber como é gostar de uma mulher? - Surpreso e confuso, Pedro não acreditava que estava sozinho naquela situação.- É óbvio! – Silvio respondeu demonstrando a pitada de constrangimento que cruzava seu rosto. - Amar alguém não é como você se sente em relação à Srta. Aurora? - Pedro engoliu a saliva surpreso. Ele já havia se perguntado se Silvio gostava de Lívia. Mas após observar todos os eventos que aconteceram, Pedro tinha certeza de que a pessoa de quem Silvio gostava era Aurora e na sua percepção, não haveria qualquer outra pessoa no pensamento de Silvio. - E quanto a Lívia? – Silvio perguntou novamente.- Em relação à sua esposa... Pedro pensou por um momento e contra-atacou. - Você se
- Claro. - Pedro acenou com a cabeça. - A senhora realmente tem sentimentos por você, há estrelas em seus olhos quando ela olha para você. Um olhar que demonstra que ainda há sentimentos lá, mas por conta do divórcio... - Havia um pingo de remorso em Pedro ao dizer essas coisas, mas mesmo assim continuou. - Além disso, após o incidente com Murilo, observei cuidadosamente. A senhora e Enzo podem ser apenas amigos.- Não, nem amigos eles são. - Silvio disse, inexplicavelmente satisfeito. - Quando fui ao hospital e Lívia não me viu, ela pensou que eu fosse Enzo e disse que transferiria o dinheiro da comida imediatamente. Quanto pode valer a comida que ela gosta de comer? Se fossem amigos, seriam tão específicos na divisão de custos? Lívia come todos os dias na família Duarte, por que ela não divide o custo da comida com eles? Isso prova que Enzo é um estranho.- Você tem razão. - Pedro acenou novamente, concordando que Silvio tinha uma análise mais detalhada e estava totalmente de acordo
- Mesmo que você não diga nada, eu vou! - Ana estava incomodada por não ter acompanhado Lívia até a Quinta das Flores. - Dessa vez, não vou me separar de você nem por um minuto!- Sua presença já me tranquiliza. - Lívia a olhou com um sorriso, os olhos mais ternos do que nunca.- Notei que você mudou um pouco. - Ana observou de forma gentil, como quem estivesse oferecendo algum tipo de ajuda.- Mudei em quê? - Lívia perguntou surpresa.- É como... - Ana pensa um pouco. Dos seus olhos refletiam a preocupação de Lívia - Não consigo explicar bem, mas parece que você tem algo de materno agora. Talvez seja porque sei que você está grávida.Essas palavras deixaram Lívia nervosa, a ponto de ouvir a alteração em seu batimento cardíaco.- Não pode ser. – Lívia olhava com seriedade para Ana. - Você já sabe o que o Silvio pensa. Eu não posso correr riscos. - "Se ele descobrir a existência do bebê e decidir não participar de sua vida, seria o menor dos problemas. Mas e se ele me forçar a abortar?
Ana não se atreveu a contar isso a Lívia, e comprou algumas novas caixas de cosméticos a caminho do hospital. - Ainda tenho muita maquiagem, você não encontrou? - Lívia achou estranho.- Estou com preguiça de ir à Villa da Brisa. Precisarei tirar mais um dia de folga amanhã, então quero voltar ao escritório o quanto antes. - Ana deu de ombros, indiferente, e jogou os cosméticos para ela. - Continue descansando bem. Amanhã venho te ver.Lívia acenou para ela, assistindo-a sair. Depois, secretamente pegou seu tablet e continuou a desenhar seus esboços de design. Desde que se casou com Silvio, seu ritmo de trabalho com design de moda era trabalhar por três dias e descansar dois. Mas ela era verdadeiramente talentosa; não importava quando desenhava, sempre se saía bem. Especialmente o vestido que estava desenhando agora, ela estava mais satisfeita com ele do que com qualquer um de seus trabalhos anteriores. Mas afinal, era um agradecimento a Enzo por ter corrido para ajudá-la na noite ant
Lívia achou que tinha ouvido errado. Segurando a colher de sopa, ela hesitou por um instante. Seus olhos passaram a transbordar incredulidade e confusão.- Ficar aqui? No meu quarto de hospital? – Ela perguntou. - Não. - Silvio soltou uma risada suave. Lívia se irritou com seu riso. Quis perguntar o que ele quis dizer com uma afirmação tão ambígua, mas no momento em que ergueu o olhar, seus olhos se fixaram nas feições deslumbrantes dele. Sempre era assim; por mais que ela olhasse para aquele rosto mil vezes, cada olhar fazia o coração bater mais rápido. Principalmente agora, quando ele estava de perfil. O ângulo favorecia a visão do contorno de seu nariz afinado e de sua mandíbula proeminente, como se fossem traços esculpidos por deuses, dotando-o de uma aura de elegância inigualável. Ele era sempre o centro das atenções, não importava o lugar ou o momento.- Desculpe, eu entendi errado. - Lívia desviou o olhar, sentindo seu rosto queimar, e começou a tagarelar nervosamente- E o q
Somente três semanas... Em mais três semanas, ele iria embora de sua vida, não porque ela o expulsaria ou o colocaria em uma posição difícil, mas porque ele mesmo optaria por partir, e faria isso de forma ainda mais decidida do que ela poderia imaginar. Silvio deixaria de existir em seu mundo. Lívia enfiou seu rosto no meio do travesseiro, esfregando suavemente as lágrimas silenciosas que escorriam. "Espero que esta seja a última vez que eu chore por ele. A última vez que me lembre das coisas boas sobre ele." Mas, em menos de cinco minutos, Silvio, que havia saído do quarto, retornou. Lívia sentiu um peso extra sobre si, ele havia colocado um cobertor extra na cama. - O tempo esfriou hoje. Você costuma ter as mãos e os pés frios à noite. - Antes, ele a convidava a aquecer os pés em seu corpo, mas agora...- Se cubra um pouco mais, assim suas mãos e pés ficarão mais quentes. - Obrigada. - As mãos dela, fechadas em punhos, se apertaram, mas ela não se virou para olhá-lo. Silvio pe