VanessaSempre que sinto que estou mais próxima de Matthews a voz na minha cabeça me trava, não temos futuro ele nunca largaria a vida aqui, eu nem ao menos sei a verdade do porque fugiu da Itália. Tudo sobre Matthews é obscuro, Liz não para de falar sobre alguma coisa sobre o almoço de domingo que eu e Matthews deveríamos ter ido, a verdade é que a minha vontade é simplesmente ir embora, voltar para minha casa, para minha rotina segura. — Estou chateado com minhas histórias? — Liz fala, sorriu para ela. — Me perdoe, eu estou com saudade de casa, sabe. — Ela sorriu. — Sei, passei 8 anos longe da minha. — Liz se aproximou de mim, seus olhos grandes e castanhos estavam cheios de ternura. — Não fique assim, se vocês Matthews morarem aqui, poderão ir para Itália sempre….. — Eu não pretendo ficar. — Liz parece surpresa com essa informação. — Eu vi como olha para Matthews, eu achei que…. — Não tem essa possibilidade, eu vim em busca do divórcio e assim que eu conseguir irei embora. —
MatthewsLiz me puxou de canto antes de sairmos. — Ela gosta de você, não estraga tudo. — Liz fala para mim enquanto Marcos conta para Vanessa sobre a foto que tiramos no natal passado, onde todos estamos rindo e completamente sem sintonia, foi o momento em que o cheiro do peru queimado atingiu os nosso narizes. — Ela te disse isso, ou está concluindo? — Liz me olha ofendida.— Eu sei dessas coisas. — Ela fala e me olha com um sorrisinho bobo. — O que foi?— Acho fofo quando vejo duas pessoas se apaixonando. — Liz é prega. — Não enche Liz. — Ela ri. — Mas vocês têm uma grande decisão para tomar. — Qual decisão? — Ela deu de ombros.— Os dois amam países diferentes. Olhei para Vanessa que estava rindo de algo, ela nunca viveria aqui, a vida tranquila e sem glamour não é para ela, e a vida que ela leva com toda a certeza não é para mim, Liz tem razão, ela dá um tapinha em meu ombro. — Vamos salvá-la de Marcos, meu amado tem uma mania de ser receptivo, Vanessa está começando a f
VanessaPela manhã, desci para tomar meu café, a tia de Matthews estava sentada na mesa, ela me olhou com raiva e começou a se levantar. — Bom dia! — Falei à enfermeira que estava com sorriso para mim, constrangida. — Dona Lúcia, não tenho intenção de desrespeitá-la, e espero que tenha a mesma consideração por mim.— Vocês são todos mentirosos e enganadores. — Ela fala irritada. — Aquele lá que acolhi me faz prisioneira aqui. — Prefere ficar só em sua casa? — Ela olha para mim acusadoramente. — Claro, mas aquele moleque acha que sabe mais do que eu. — Eu precisava conquistar a confiança de Lúcia, a convivência ali se tornaria mais agradável. — Podemos ir visitar a sua casa depois do café, o que acha? Se tiver em condições de abrigar-la, eu mesmo irei convencer Matthews a deixá-la a voltar para lá. — Ela me olhou desconfiada. — Quer se livrar de mim, para roubar esse moleque idiota, não é?— Tia, por que me ofende?— Matthews fala, chegando no exato momento em que era ofe
MatthewsAssinei os papéis e os guardei. Entregaria para Vanessa quando estivéssemos um momento a sós, mas ela inventou de trazer a minha tia na antiga casa. Me lembro de bater aqui, pedido para a velha rabugenta abrigo, ela me deixou entrar porque ficou com pena de mim, mas disse que me daria um prato de comida e depois eu que sumisse de sua casa, mas eu fui ficando e ficando até me sentir seguro de sair, a verdade que vim para um país diferente é assustador, e minha tia me dava uma sensação de segurança apesar de ser uma velha reclamona, mas aprendi com ela muita coisa, eu era um garoto mimado e talvez se ela não tivesse sido dura comigo eu não teria focado tanto nas minhas conquistas, e teria retornado com correndo para os meus pais.Esses que me disseram que eu fracassaria e voltaria chorando, implorando para que me perdoassem, mas não voltei, obviamente não tenho nem metade do que eles poderiam me proporcionar, mas construí algo meu. Vanessa entra no carro, seguindo da enfermeir
Vanessa O dia foi agradável até o encontro com o homem, Heitor foi como Matthews o chamou, fiquei insegura ou não se devia contar que ele procurou Leila, mas ela havia me pedido segredo e eu prometi guardá-lo. Matthews estava quieto, estava obviamente preocupado com Leila, e não posso culpá-lo se Heitor é realmente esse crápula que ele falou, é alguém perigoso e pela forma que Leila agiu, com toda a certeza, ainda tem sentimentos por ele. Matthews entrou com o carro em sua casa e ele sorriu para mim. — Está pensando sobre a surpresa? — A surpresa tinha me esquecido, Matthews me fez uma surpresa. — Sim, estou ansiosa para ver a surpresa. — Menti, mas agora que ele falou de fato, estou curiosa. — Espere um momento, vou ver se está tudo em seu lugar, fiquei no carro. — Bem, Matthews é bom em fazer suspense, ele demorou um pouco e logo voltou. — Venha. — Ele estava com meu tapa olho de dormir em mãos. — Não quero que veja antes. Matthews colocou o tapa olho em mim, ele pegou em m
Matthews Vanessa pegou o papel do divórcio, acabando totalmente com o clima. Eu sou uma besta, eu iria entregar a ela, não pedindo o divórcio, seria mais para ela saber que a decisão de ficar ou ir era dela. — Por que assinou o divórcio Matthews? — Ela passou de excitada para irritada em poucos minutos. — Eu quero que a escolha seja sua Vanessa, se quiser ficar comigo ou se quiser dar entrada no divórcio, não quero só três meses do seu lado, não quero só cumprir o acordo, a escolha é sua. — Vanessa olha para os papéis em sua mão.— Matthews…— Eu sei, é seu sonho, a empresa é sua Vanessa, não precisa cumprir o acordo, mas se quiser ficar, se quiser, prometo fazer desses meses os mais felizes da sua vida. — Vanessa se sentou na cama, olhando os papéis.— Eu preciso ficar sozinha. — Ela fala e eu a entendo, me arrependo de ter deixado aqueles papéis ali, era para ser com calma, mas agora parece que eu estava tentando me livrar dela. Peguei minhas roupas, dei espaço para ela. Vaness
Matthews Meses depois. Abrir minha caixa de e-mail pela terceira vez naquele diz, esperava a notificação do divórcio. Meu advogado me falou que quando ela desse entrada eu seria notificado, mas nada nesses últimos três meses, Vanessa não entrou com o divórcio, e simplesmente não sei o que passa na cabeça dela.— Devia ir logo atrás dessa mulher. — Marcos fala, olhando de rabi de olho para o meu notebook. — Não se meta na minha vida, além de me forçar a acordar cedo. — Marcos sabe que sou um investidor fantasma, nunca dou minha opinião, pego meu dinheiro e vou embora, mas eles querem fazer mudanças na empresa e acham que eu devo participar. — Vamos fazer um grande investimento, é bom que entenda o que estamos planejando. — Ele só quer me tirar de casa. Marcos acha que estou deprimido porque Vanessa me deixou, mas não estou, ela fez a escolha dela, não foi a primeira vez que ela esteve comigo apenas porque queria algo.Quando a reunião terminou. Abrir meu e-mail novamente e nada,
VanessaMe sentei na minha cadeira, no escritório que sempre sonhei, eu fui nomeada a CEO da empresa, mas a sensação de vazio é quase sufocante, é como aquele ditado.“Cuidado com o que deseja, pode acabar conseguindo”Eu amo meu trabalho, mas sempre que me sento aqui e olho tudo isso, penso no que fiz para conseguir, eu abrir mão de Matthews o perdi, e mesmo sabendo que era única opção o vazio tem sido sufocante. Sempre achei que, quando me tornasse CEO, tudo estaria perfeito, mas não está. Fiquei tentada a ligar para ele umas mil vezes, mas o que eu diria, como poderia me justificar? Eu fiz uma escolha e não tenho o direito de interferir mais em sua vida, não posso voltar e fingir que não o abandonei, que não fui uma maldita vadia. Meu telefone toca e eu tinha que me preparar para a próxima reunião, Alessia com certeza queria me lembrar, a verdade é que nem tempo para sofrer em paz eu tenho. — Já sei, vou pegar minha bolsa e estou indo. — Falei ao atender o telefone. — Tem uma