Capítulo 23Após tomar um banho e se vestir, o casal acabou se encontrando na sala de estar. Patrícia ficou surpresa ao vê-lo ali, já que nos últimos dois dias Augusto passava as tardes no escritório.Ele entrou com passos mais firmes, segurando a bengala com naturalidade. Patrícia observou satisfeita o progresso dele em tão pouco tempo. Seu trabalho estava dando resultado.Augusto a cumprimentou com um aceno discreto e seguiu até o bar para preparar um drink. Ela não disse nada, embora soubesse que o médico havia recomendado moderação no álcool. Como ele nunca exagerava, preferiu não intervir.— Você é uma caixinha de surpresas, Pequeno Tesouro.Patrícia arqueou uma sobrancelha.— Por que diz isso?Ele colocou uma pedra de gelo no whisky e girou o líquido no copo antes de responder:— De enfermeira para fisioterapeuta… Como consegue ser tão profissional em tantas áreas?Ela sorriu levemente, pegando uma almofada no sofá e a ajeitando no colo.— É simples. Sempre ajudei meu avô. As ma
Capítulo 24Na manhã seguinte, Patrícia já estava pronta na academia da mansão quando Augusto entrou, vestindo uma camiseta de treino e calça esportiva. Seu andar estava mais firme, mas ainda dependia da bengala. Ela notou que, com os treinos diários, ele já demonstrava sinais de melhora, e isso a deixava satisfeita.— Pronto para mais um dia produtivo? — ela perguntou com um sorriso desafiador.Ele bufou levemente, ajustando a postura.— Desde que você não me faça correr uma maratona, pequeno tesouro.Ela riu e se aproximou, entregando-lhe um par de halteres leves.— Vamos começar com um pouco de resistência. Apenas algumas repetições.Augusto aceitou os pesos e começou a levantá-los conforme a orientação dela. No início, estava tudo bem, mas depois de uma série de exercícios, seu corpo começou a demonstrar sinais de exaustão. O suor escorria por sua testa, e a respiração estava pesada.— Acho que já deu por hoje — ele disse, tentando disfarçar o cansaço ao colocar os pesos no chão.
Capítulo 25Patrícia foi para o quarto organizar seus pensamentos. Não tinha muito tempo para se arrumar, mas queria impressionar ao estar ao lado do marido naquela noite especial. Pegou o telefone e ligou para sua amiga cabeleireira, pedindo um horário urgente.Antes de sair do quarto, pegou a bolsa e verificou o cartão que Rafael havia lhe dado. Mais uma vez, o usaria. Pegando as chaves do carro, desceu as escadas com pressa.Ao sair pela porta, não havia percebido um olhar sobre si a observando de longe. Augusto sorriu levemente, entendendo que ela estava preocupada com o evento e não disse nada dando a ela todo o espaço que precisava para se arrumar.Na garagem, ela foi direto para seu carro, mas ao girar a chave na ignição, nada aconteceu. Tentou mais uma vez, sem sucesso.O motorista, que estava por ali finalizando os preparativos da limusine para o evento, percebeu sua dificuldade e se aproximou.- Algum problema, senhora Avelar?Ela suspirou, frustrada.- O carro não liga.O m
Capítulo 26Dentro do carro, Patrícia contorcia os dedos, distraída, enquanto olhava pela janela. Augusto, atento aos mínimos detalhes, percebeu seu nervosismo e franziu o cenho.- Algum problema?Ela respirou fundo antes de responder:- Eu tive um probleminha com o seu carro hoje.Ele estreitou os olhos, curioso.- O meu carro? O que aconteceu?Ela mordeu o lábio, hesitante.- Um homem atravessou o sinal vermelho e bateu na lanterna do carro. O farol quebrou.A expressão dele ficou séria, mas antes que ela pudesse se justificar, Augusto perguntou, preocupado:- E você? Está bem? Se machucou?- Não, estou bem. Não foi nada grave.Ele relaxou os ombros, aliviado.- Que bom. O carro é o de menos, já estava pensando em trocá-lo de qualquer forma.Ela o olhou, surpresa com a reação tranquila dele. Sentiu um calor suave quando Augusto segurou sua mão, afagando-a com carinho.- Fico feliz que não tenha sido nada pior. Se algo tivesse acontecido com você... - Ele parou, apertando levemente o
Capítulo 27Tudo parecia perfeito naquela noite. O jantar transcorria harmoniosamente, com conversas animadas e brindes entre os convidados. Patrícia se sentia mais confortável, e Augusto, apesar de manter sua postura reservada, parecia relaxado ao lado dela.No entanto, a atmosfera leve foi interrompida pela aparição de uma mulher no meio da multidão. Sua presença imediatamente atraiu olhares. Ela era deslumbrante, com um vestido sofisticado que ressaltava suas curvas e uma postura imponente que exalava confiança. Homens e mulheres desviavam a atenção para observá-la enquanto ela caminhava apressada em direção a Augusto.Quando finalmente o viu, parou por um instante, como se estivesse processando a cena diante de si. Seus olhos brilharam de emoção ao vê-lo ali, de pé, vivo, segurando a bengala. Sem hesitar, ela avançou e o abraçou com força.- Ah, querido... - disse, a voz embargada. - Pensei que... que jamais voltaria a vê-lo.Augusto ficou imóvel por um momento, surpreso com o ges
Capítulo 28Augusto caminhou até a sala sem pressa, indo direto até a cristaleira onde guardava suas bebidas. Patrícia, havia pensado que ele subiria para o quarto, mas percebeu que ele estava indo em outra direção. Algo dentro dela dizia que aquela conversa ainda não tinha terminado.Descalça, segurando os sapatos nas mãos, ela o seguiu. Parou no batente da porta e o observou servir-se de uma taça de vinho. Seus olhos estavam focados no líquido escuro, que ele girava suavemente na taça antes de levá-la aos lábios.Ele sentiu a presença dela antes mesmo de olhar. Quando finalmente ergueu os olhos, encontrou o olhar distante da esposa.— Você deveria estar dormindo — comentou, tomando um gole do vinho.Patrícia deu um sorriso leve, sem humor.— Você também.Ele ergueu uma sobrancelha e indicou a garrafa com um movimento sutil.— Eu prefiro terminar a noite assim.Ela hesitou por um momento, depois caminhou até o sofá e sentou-se, colocando os sapatos no chão ao lado.— Ainda pensando n
Capítulo 29Ele segurou a mão dela e a puxou suavemente.— Vem, pequeno tesouro.Sem hesitar, ele a guiou até a escada, subindo ao seu lado. Patrícia se perguntou o que ele tinha em mente. Será que fariam amor novamente? Ou talvez ele apenas quisesse uma massagem para relaxar antes de dormir?Quando chegaram ao quarto, Augusto parou diante da porta e girou a maçaneta. Patrícia entrou hesitante, seu coração batendo acelerado. Mal podia acreditar que estavam ali, sozinhos, com a tensão no ar crescendo a cada segundo.— Você está muito calada. — Disse, enquanto fechava a porta e girava a chave na fechadura.Ela ergueu os olhos, surpresa com o gesto, mas permaneceu em silêncio. Observou-o se afastar, notando como ele andava sem a bengala, apenas com um leve mancar. A cada dia, ele parecia mais forte, mais recuperado.— Sente-se, pequeno tesouro. — A ordem veio com um tom aveludado, enquanto ele seguia até o closet.Ela obedeceu, erguendo levemente o vestido antes de se sentar na cama. Cru
Capítulo 30Seus dedos deslizaram até seu centro, já úmido. Seus dedos habilidosos, massagearam-na com uma lentidão torturante, provocando um arrepio que a fez arquear as costas. — Ahh… — O gemido escapou antes que pudesse conter.— Mal a toquei, querida… — Augusto rosnou, mas as palavras morreram em sua garganta quando encontrou o ponto certo: aquele nódulo inchado, pulsando sob seus dedos. Ela estremeceu, um suspiro preso nos lábios, e ele soube exatamente o que fazer. Deu a ela todo o prazer que lhe pedia. Cada movimento calculado, cada círculo firme, até que seus gemidos se tornassem mais altos, mais desesperados. Ele estava endurecido, as bolas pesadas de necessidade, mas nada importava além do corpo dela se entregando. — Isso, querida… Encha meus ouvidos. — Sua voz era áspera, dominadora.Ela tentou responder, mas o corpo traiu-a primeiro. Hipnotizado, Augusto assistiu enquanto ela se desmanchava: tremores violentos, gritos abafados pelo eco do banheiro, até que, devagar,