Um gemido a tirou de seus sonhos. A princípio Ava não sabia de onde vinha o som. O grito se repetiu novamente e ela percebeu que vinha do interfone. Seu cérebro fez a conexão. As crianças estavam acordadas e aparentemente chorando.A preocupação a colocou em alerta. Acendeu a luminária de sua mesa e calçou os chinelos, começando a andar muito antes de terminar de calçá-los.Ela descobriu que a porta do quarto das crianças estava fechada, o que significava que seu pai não tinha vindo. Provavelmente ele ainda estava trabalhando em seu escritório.Ao abrir a porta, viu as duas crianças sentadas na cama do mais jovem. A luminária no meio das duas camas estava acesa, mas ela ainda acendeu as luzes para iluminar melhor o quarto.Piero chorava inconsolavelmente e seu irmão tentava consolá-lo. Fabrice levantou a cabeça enquanto as luzes iluminavam o dormitório e olhou para ela com olhos suplicantes.Ela não ficou nem um pouco surpresa que o mais velho, de apenas 7 anos, estivesse tentando ass
Ava não viu Alessandro durante o café da manhã. Foi um alívio depois de passar a noite em sua cama e ter seus pensamentos confusos. Embora este último fosse algo constante desde que chegou àquela casa.Quando ela não o viu durante o café da manhã pensou que ele estava fugindo, mas descobriu-se que era apenas um daqueles dias em que ele tinha que ir para a empresa, mais cedo, para resolver alguns assuntos. Às vezes ela se perguntava como ele conseguia ter tempo para os filhos com tanto trabalho para fazer.Sua empresa era uma das maiores do país e ela tinha certeza de que Alessandro tinha muitas responsabilidades. Porém, até agora, procurei sempre estar presente em todas as refeições das crianças ou em pelo menos uma delas. Isso foi muito bom porque dava para ver que seus filhos estavam crescendo com amor e estabilidade, apesar das circunstâncias.Ela olhou para as crianças sentadas nas laterais da mesa de jantar da família. Havia outra sala do outro lado da casa que era para grandes e
Ava foi para o escritório de Alessandro perdida em pensamentos. Era sexta-feira por volta do meio-dia. As crianças estavam na escola e em algumas horas estariam em casa. Algumas semanas se passaram desde a apresentação deles e as coisas com Alessandro mudaram um pouco desde então.Foram pequenas mudanças, mas criaram confusão em relação aos seus sentimentos.Nas noites em que ele não ia ao quarto dela porque estava trabalhando, ela levava café para ele no escritório e ficava lá apenas lhe fazendo companhia por um tempo. Ele não parecia incomodado com a presença dela, parecia até gostar do gesto. As piadas haviam se tornado mais comuns entre eles e ela se sentia cada vez mais confortável na companhia dele.Não demorou muito para que as crianças esquecessem que a mãe não tinha vindo vê-las na apresentação. Embora eles não tenham perdido a oportunidade de contar a ela como tudo correu bem e como Ava os recompensou com suas sobremesas favoritas.Marena não fez nenhum esforço para esconder
Depois de tomar banho, Ava se sentiu um pouco mais humana, embora sua cabeça ainda doesse um pouco e ela sentisse que sua força não era a mesma de sempre. Ela se agasalhou assim que saiu do banho para não ter uma recaída.Ela encontrou Alessandro esperando por ela em seu quarto. Ele também havia tomado banho, seu cabelo estava úmido. Eu estava conversando ao telefone com alguém. Ao vê-la, ele se despediu e desligou.—Você não vai trabalhar hoje? —Ava perguntou quando percebeu que ele não estava usando suas roupas típicas de escritório.—Não. —Ele não deu mais explicações.—Bem, eu tenho que me apressar, as crianças vão se levantar logo para ir ao clube de natação. Obrigado por ontem à noite.—O que você deve fazer é tomar café da manhã e tomar seus comprimidos. Liguei para o clube e informei que as crianças não viriam hoje.—Você não deveria fazer isso.—Pela sua cara, acho que tomei a decisão certa. Aproveitaremos o dia para passá-lo em casa com tranquilidade.—Achei que você não sou
Ava se olhou, pela última vez, no espelho de seu quarto antes de sair em busca de Alessandro. Ela usava um vestido de noite azul que chegava aos tornozelos com gola canoa. Seu cabelo, naturalmente liso, caía em ondas. Ela havia colocado um pouco de maquiagem, nada chamativo, mas um pouco mais que o normal.Ela soltou um último suspiro e se aventurou para fora. A noite havia chegado rápido demais. Ela ainda não conseguia entender o que motivou Alessandro a convidá-la para sair. Mas o que mais lhe causou confusão foi o fato de ela ainda não saber ao certo por que havia aceitado.As coisas estavam ficando cada vez mais complicadas e seus sentimentos mais profundos.Havia tantas coisas contra e eles nem tinham falado sobre metade delas. Mas, por um momento, quis aproveitar um pouco. Depois de tudo que Ava passou, ela merecia. Ou pelo menos foi o que disse a si mesmo para não se arrepender.Seus saltos estalaram quando ela chegou à sala de estar. Ela encontrou seu acompanhante parado perto
Mesmo antes de abrir os olhos, Ava sabia que estava sozinha na cama. Seu corpo poderia reconhecer a presença de Alessandro apenas por estar na mesma sala. Mesmo que ela tentasse negar, ela estava ligada a ele além do aspecto físico. Durante a noite ela aceitou que estava completa e irrevogavelmente apaixonada por ele. Ela teve que se conter para não contar a ele. Ela esticou o braço para o lado e descobriu que ainda estava quente, o que lhe disse que Alessandro não tinha se levantado há muito tempo. Inalou o cheiro dela do travesseiro e depois se sentou na cama, o que exigiu um pouco de esforço. Ela sentiu dores em muitas partes do corpo. A dor o lembrou da noite maravilhosa que passaram. Um sorriso enfeitava seu rosto e não havia nada que pudesse apagá-lo. Foi isso que o amor fez. Ela afastou os lençóis para se levantar e foi até o banheiro, onde pegou um roupão para se cobrir. Era melhor do que caminhar para o quarto dela com o vestido da noite passada. Se os filhos a vissem saind
Ava ainda estava tentando descobrir o que Alessandro quis dizer quando as crianças voltaram. Ela apreciou a distração que eles proporcionaram, mas também desejou ter tido um pouco mais de tempo para esclarecer as coisas.—¡Pai! —disse o mais jovem, pulando para cima e para baixo. Estava claro que ele estava animado com alguma coisa.Alessandro lançou-lhe uma última olhada antes de se voltar para os filhos.—Vimos um lindo pássaro. Ele está parado em uma das árvores ali. —O menino apontou para a orla da floresta.—Sim? —Alessandro perguntou, incentivando o filho a contar tudo.—Sim —disse Piero—. Era muito grande. Ele parecia um pouco triste. Por que você acha que ele ficará triste?A pergunta do garoto fez Ava sorrir levemente. Foi incrível como funcionava a cabeça das crianças. Era muito provável que ele já tivesse inventado uma história triste sobre por que o pássaro estava triste.—Talvez ele não se sinta bem.—Acho que talvez ele se sinta sozinho —sugeriu Fabrizio, olhando de sosl
A porta se fechou atrás dela. Isso quase lhe deu satisfação. Fiquei furioso. Ela se sentia como uma bomba prestes a explodir e tinha diante de si a causa, por assim dizer, de seu desconforto.Alessandro olhou para ela com confusão marcada no rosto. Tenho certeza que ele não imaginava o que o esperava.—É isso que você quis dizer quando disse que cuidaria disso?Ele contornou a mesa dela e caminhou em sua direção com passos largos. Antes de continuar a reclamar com ele, ele roubou o fôlego com um beijo.—Não me distraia —disse ele, afastando-se um pouco.—Eu não tentaria.Ela olhou para ele irritada, esperando que desta vez ele a levasse a sério. Ava não estava com disposição para piadas.De manhã tudo parecia perfeito. O mundo parecia brilhar mais forte do que o normal e ela se sentiu realizada. Sua alegria não durou muito. A notícia de seu romance com Alessandro foi capa de diversos jornais e até de diversos sites. Foi uma loucura total e completa.Seu dia havia piorado enquanto ele