Dias actuais:Passei o dia com meu filho, mas ele mal quis comer. Levantei-me devagar para não acordá-lo e fui até a cozinha pedir algo para ele.Procurei por Damon, mas os empregados disseram que ele já havia saído. Sentei-me na sala, peguei o telemóvel e liguei para ele, mas não atendeu.De noite, meu filho já estava mais tranquilo mas não falava nada.Tentei ligar para Damon mas ele não atendeu.Tentei de novo e de novo. Nada. Ele simplesmente não entendeu nenhuma das minhas ligações.O relógio marcava quase meia-noite.Ele não voltou. E o celular já não chamava mais.De manhã...Eu tomava o pequeno-almoço com meu filho, tentando me concentrar nele, mas minha cabeça estava em outro lugar. A noite anterior tinha sido longa, e Damon não atendeu nenhuma das minhas ligações.Quando ouvi a porta da entrada se abrir, meu coração disparou. Levantei-me apressada e fui até os empregados.— O Damon voltou? — perguntei, ansiosa.— Sim, senhora. Chegou há pouco — respondeu um deles.Sem perder
POV ELISA:A noite avançava e Damon finalmente chegou em casa, mas sua atitude era a mesma de sempre, indiferente. Quando ele entrou, nem se deu ao trabalho de olhar para mim. Passou por mim como se eu fosse uma sombra.Ele subiu as escadas dirigindo-se diretamente ao seu quarto. Eu estava paralisada, sem saber se deveria gritar de raiva ou simplesmente deixar a raiva se acumular.Levantei-me rapidamente, correndo atrás dele. Como ele podia ser tão frio? O homem que eu amava, o homem que deveria se preocupar com seu próprio filho, estava agora agindo como se nada tivesse acontecido. Esse não era o Damon que eu conhecia. Não é o homem que eu quero.Subi as escadas atrás dele, mas respirei fundo antes de bater à porta.Abri a porta e o vi tirando a sua camisa e caminhando em direção à janela com um cigarro entre os dedos, pegou o celular e ficou fumando enquanto olhava para o celular. Bati a porta com força, fazendo-o se assustar.— Que merda você está fazendo? — ele disse, me olhando c
POV OLEG:— Entra.Depois de ouvir a voz de Damon, abro a porta e entro em seu escritório, me sentando à sua frente.— Preciso que você vá para os Estados Unidos, daqui a 3 dias. — ele diz, olhando os papéis à sua frente, sem nem me direcionar o olhar.— Por que você precisa de mim lá?— O pai da minha cunhadinha está querendo se rebelar. Então quero que você mantenha ele na linha. Se for preciso, mate todos da família.— O pai da mulher de Aleksei?Ele para de escrever nos papéis em suas mãos e me olha com ignorância.— Sim, a mulher do meu maldito irmão.— Se você me permite dizer...— Não, eu não permito. Agora saia da minha sala.Me levanto e saio da sua sala, rogando mil pragas. O orgulho dele está mais alto que nunca. Respiro fundo, tentando controlar a minha raiva, entro em meu carro e olho pelo retrovisor.— O que você faz aqui?— Eu preciso da sua ajuda, por favor.— O que tanto precisas para invadir assim o meu carro?— Dirija para um lugar seguro, onde ninguém possa nos ver
POV ELISA: Anos antesMeu pai me entrega uma caixa preta com um laço da mesma cor. Eu estava surpresa pelo fato de ele ter me dado uma caixa de presente, ele nunca foi desses. Tipo, ele nunca tinha me dado um presente.— O que é isso? — pergunto, abrindo a caixa.— É um presente do Damon, ele lhe convidou para jantar. Não faça nada que manche a honra do nosso sobrenome.Ele fala ríspido, antes de sair do quarto.Abro a caixa e vejo um vestido lindo, era rosa e curto. O tipo de vestido que eu gosto.Chamei uma maquiadora profissional, porque eu quero estar deslumbrante essa noite.Ela chegou e me fez a maquiagem. Quando eram pontualmente 20h, o motorista do Damon chegou e ele me levou em direção ao hotel mais caro do país. Mesmo sendo praticamente uma prisioneira de meu pai, eu conheço os lugares mais badalados da cidade. Não é à toa que eu tenho uma amiga de uma vibe safadinha.Sou acompanhada até uma ala VIP, o andar todo estava praticamente vazio. Eu não estava conseguindo acreditar
POV ELISA:ANOS ANTES:Eu estava na cozinha, com minha tia Joana e a filha, Ana Clara. Quando de repente tudo virou um caos.Tiros invadiram a cozinha, acertando na cabeça de Ana Clara. Ela caiu no chão enquanto eu estava imersa em confusão e medo. o choro da minha tia me trouxe de volta a realidade, ela sacudia a filha pedindo que ela acordasse, enquanto chorava e abraçava o corpo.Me assustei ao ver homens entrando na cozinha, seguidos de meu pai. Me senti aliviada vendo que o meu pai estava a salvo, e corri para abraçá-lo.— Tirem elas daqui, rápido. — meu pai ordenou aos seus homens.Segurando em meu braço, meu pai me guiou para fora, onde haviam dois carros estacionados a nossa espera. Atrás de nós vinha a minha tia, chorando e chutando o homem que a arrastava e colocando no carro que estava atrás.— Pai, eu quero ir junto da minha tia.Ele me olhou e depois olhou para o homem que estava atrás de mim antes de me dar a resposta.— Vai!!!O motorista abriu a porta para mim e me se
POV ELISA: MOMENTOS ACTUAIS:Já estava tudo preparado para que eu e meu filho fossemos para longe daqui. Mas eu precisava levá-lo um dia antes, como estava previsto.Organizei um malinha do meu filho, com tudo o que ele iria precisar e segurei seu braço enquanto caminhavámos para fora da casa.— A senhora não tem permissão de sair com a criança. — o segurança me interpelou na saída.Peguei em meu celular e liguei para Damon, depois de muitas tentativas, por fim ele atendeu.— Mande o seu homem me deixar sair.— Para onde você vai?— Eu preciso levar meu filho ao médico, para fazer o controle da sua condição.Ouvi sua respiração antes de me dar a resposta.— Tudo bem. Mas você vai ser acompanhada pelos seguranças.— Tudo bem. Desliguei o celular e, pouco tempo depois, o homem à minha frente recebe uma ligação, provavelmente de Damon. — Eu vou acompanhar a senhora. — ele disse, depois de finalizar a chamada. — Espera um pouco, eu esqueci uma coisa.Ainda segurando no meu filho e na
Eu sabia que algo estava errado, que ela escondia algo. Não fiquei surpreendido quando o meu informante me informou que ela é uma das que conspirou contra o meu sobrinho, ela é uma das culpadas que ajudou Damon a voltar ao poder.Eu estava tomado pela raiva, eu não poderia deixar que ela escapasse impune, mas não seria um monstro ao ponto de levar a criança na mesma cova que ela. Ainda não acredito que ele é filho de Aleksei, pois é mais parecido com Damon. Mas sendo de Aleksei ou de Damon, eu vou protegê-lo com a minha vida.Coloquei um localizador no carro dela, permitindo que ele o localizasse, o resto, seria sorte ou azar dela.Eu sei que eu não vou escapar para sempre, que uma hora eu serei pego. Mas por uma vez na vida, quero fazer algo pela minha família. Mesmo que esteja contra Damon.— Preciso que leve ele a um lugar, fora do país.— Você só pode estar brincando. Você sabe o que aconteceu com os homens que te ajudaram a fugir com o corpo de seu sobrinho. Se você não lembra, o
POV NATASHA: — ETHAN — Grito pelo supermercado como louca à procura desse moleque. Não poderiam ter trazido um menino mais calmo? Vejo-o sentado emburrado no canto do supermercado. — Ai, graças a Deus! — Suspiro aliviada por tê-lo encontrado. Ele me vê e sua carranca aumenta. Meus pés doem por ter andado o supermercado todo e, sem contar que, estou andando por dois, já que estou com uma barriga de 8 meses. Me sento no chão ao lado dele, sem me importar se era um sítio inapropriado ou não. Meus pés estão me matando. — Você pode me dizer o que houve? — pergunto ao menino ao meu lado, que estava com a cara fechada por estar irritado. — Tudo bem. Vamos ficar aqui até que você queira falar. — digo, me colocando à vontade ao seu lado. — A senhora sabe o porquê! — ele declara, olhando para as suas mãos. — O que eu não entendo é por que não gosta do Jack, ele é uma pessoa legal... — Antes que eu termine, ele me corta. — Eu não gosto dele. — Por quê? — Eu não sei, mas eu