Imediatamente o motor foi ativado e a videochamada foi cortada, sendo substituída por um relógio em contagem regressiva de 30 minutos.- Adeus para sempre, monstros - disse Débora olhando para a tela onde se via como eles pareciam muito felizes e animados colocando o cinto de segurança, enquanto Federico pisava no acelerador para dar partida no veículo.- Obrigado por dar início à tortura, Débora - disse Brandon divertido.- De nada... e sinceramente não desejo ver o final dessa corrida, já que ainda tenho a lembrança fresca das fotografias que mostraram no julgamento - mencionou ela apertando os punhos ao lembrar da imagem de como ficou o corpo de sua mãe após aquele acidente.- E respeitamos sua decisão - indicou Hernán - nada de emoções fortes porque você deve cuidar do seu bebê.- Nesse caso, deixe que minha querida te leve para comer algo enquanto nós desfrutamos do show - mencionou Brandon estalando os dedos.A castanha agradeceu movendo ligeiramente a cabeça e nisso viu que uma
- Já posso sentir o cheiro da nossa liberdade - declarou Vanesa emocionada enquanto arrumava seu cabelo.- Eu sei, amor, logo tudo isso ficará no passado.Justamente quando estavam perto de chegar à saída, viram que havia uma barricada com umas 10 viaturas bloqueando a rua.- O QUÊ!- Federico...- Entreguem-se agora! - gritou um dos oficiais.- Tsc... - obviamente Federico não ia obedecer, então fez uma perigosa curva em U para voltar a entrar na cidade.Imediatamente o som das sirenes começou a soar atrás deles, deixando claro que os perseguiriam.- Meu amor, o que fazemos? - perguntou ela angustiada e em seguida se ouviu como várias balas começaram a atingir o veículo.- Miseráveis, não vão conseguir - declarou Federico começando a dirigir de um lado para o outro para que os oficiais errassem seus tiros.Os oficiais começaram a atirar neles, embora sua intenção fosse furar os pneus, mas pela velocidade em que iam não conseguiam mirar bem.- Federico, cuidado...- Calma, vou pegar um
Os ouvidos zumbiam enquanto pouco a pouco abriam os olhos, sentindo as pálpebras muito pesadas e seus corpos muito doloridos.A dor predominava sobre seus corpos, mas ele continuou tentando fazer força para abrir os olhos.Federico sentia que tudo girava e ao conseguir focar bem seu olhar, viu que sua esposa tinha um ferimento na cabeça.- Vanesa... - começou a chamá-la enquanto tentava mover sua mão para tocar o rosto dela e fazê-la acordar.Ela, ao sentir esse contato, foi abrindo os olhos lentamente - ah... ah... Federico? - também estava desorientada e era difícil manter os olhos abertos naquele momento.- Não... não durma, acorde e me ajude.- O quê...?- Não estou sentindo as pernas.Diante dessa declaração, Vanesa acordou de repente e ao olhar ao seu redor notou o caos que havia ficado após se chocarem com aquela árvore. Ao se mover, viu que tinha apenas alguns ferimentos um pouco superficiais em todo o corpo, mas ao olhar para seu parceiro viu que este tinha um tubo cravado na
- O quê... - o casal estava assombrado e confuso ao ver aquela pessoa, porque isso significava que os gritos que ouviram eram reais... e não os de uma gravação.Mas não tiveram muito tempo para assimilar o que estava acontecendo porque aquela tocha humana estava correndo até eles.- Me ajudem... por favor... por... - infelizmente aquela pessoa não conseguiu chegar até eles, porque logo caiu no chão de bruços sem vida, já que o calor lhe causou uma parada cardíaca.Federico e Vanesa estavam tremendo ao ver que o cadáver ficou a poucos passos deles.Ficaram observando como o fogo foi se apagando de forma natural daquele corpo, deixando uma pessoa quase irreconhecível... ou foi isso que Vanesa pensou, mas algo em seu interior lhe dizia que devia se aproximar.- Vanesa, não... - Federico tentou detê-la.Ela o ignorou e tentou virar o corpo para ver seu rosto ou o que restava dele...Quando viu quem era o pobre infeliz que morreu queimado, sentiu uma forte dor no peito enquanto negava e com
Federico também reconheceu a nota, que eles faziam quando os familiares dos que sequestravam não obedeciam suas instruções à risca e, apesar de cobrarem o dinheiro do resgate, matavam as vítimas como um lembrete do poder que eles tinham.- NÃO, NÃO, MEUS FILHOS - gritava Vanesa abraçando a cabeça de sua filha e apertando-a contra o peito - MEUS BEBÊS... NÃO...- E por que você chora? - nisso ouviram uma voz atrás deles.Ao se virarem para ver quem lhes falou, notaram que havia cerca de 10 pessoas paradas na frente deles, que estavam vestidas com trajes pretos e para ocultar sua identidade usavam capacetes de motociclistas e luvas de corpo inteiro... além disso, todos tinham nas mãos um taco de beisebol ou um tubo de metal.- Vocês... - disse Federico irritado, tentando encará-los.- Ei Vanesa, me diga, você gostou de como eu entreguei sua filha? - perguntou uma dessas pessoas, ignorando Federico.- Monstro, como você pôde? - mencionou a loira irritada, deixando a cabeça no chão para se
A busca pelos fugitivos se estendeu por toda a tarde daquele dia, até que uma ligação anônima à noite informou os policiais sobre algo estranho que havia sido visto em uma das estradas para sair da cidade.Seguindo essa pista, o detetive e sua equipe foram ao local, onde encontraram uma cena digna de um filme de terror: uma árvore, uma pessoa e um carro queimados; uma mulher mutilada dentro de duas malas e dois corpos deformados e despedaçados.- Chefe... - disse um policial angustiado ao ver essa cena.Alguns policiais, ao verem isso, sentiram uma horrível vontade de vomitar, já que os corpos no chão estavam tão despedaçados que duvidaria que alguma vez foram humanos.- Sim, estou vendo - disse o detetive Alex deixando escapar um suspiro - isolem a área, verifiquem se há câmeras próximas e...- Chefe - um dos policiais se aproximou correndo até o mais velho.- O que foi?- Senhor... o... o corpo mutilado é de Casandra Torres.- O quê? Isso é impossível, ela está na prisão - comentou o
Desde que eles escaparam, Jayden, Cristian e Nico se uniram à busca por Federico e Vanesa.Eles se integraram à equipe do detetive e até lhes emprestaram coletes à prova de balas para sua proteção, porque não sabiam se eles aproveitaram o momento ou se alguém os estava ajudando.No meio dessa busca, Nico sumiu de vista, mas pensaram que pela sua idade foi descansar sem avisá-los, então não o julgaram.Ao chegar o entardecer, eles ainda não tinham notícias deles ou uma ideia de onde poderiam estar escondidos.Pela hora, Cristian e Jayden decidiram se retirar e deixar tudo nas mãos do detetive porque estavam preocupados com suas esposas.O mais velho os compreendeu e disse que qualquer novidade os manteria informados.Mas quando retornaram ao lugar onde elas haviam ficado, descobriram que não estavam lá e nem os oficiais que deveriam cuidá-las.Primeiro tentaram localizá-las pelos seus celulares, mas uma secretária eletrônica os informava que o telefone estava desligado ou fora da área d
Na manhã seguinte, Débora acordou um pouco desorientada e um tanto assustada, porque sua última lembrança foi de ter se deitado para descansar um pouco no quarto que aquela garota lhe ofereceu.Nisso sentiu que alguém a estava abraçando, então se virou rapidamente um pouco assustada, mas esse medo desapareceu ao ver que era Jayden.Isso a confundiu um pouco, mas ao olhar e analisar melhor seu entorno, notou que estava no quarto de sua casa.- Bom dia - ouviu ele dizer, então levantou o olhar encontrando um par de olhos cor de chocolate que a olhavam com amor.- Bom dia - disse ela se movendo um pouco para lhe dar um beijo nos lábios.- Você está bem?- Sim, por que pergunta?- É que ontem você desapareceu por um tempo e fiquei preocupado com vocês porque até seu telefone estava desligado.- Não se preocupe, estamos bem - mencionou pegando a mão do loiro para que tocasse seu ventre e sentisse seu pequeno.- He... vejo que alguém também está acordado - opinou ao sentir os chutinhos do be