Débora estava irritada, mordendo o interior da bochecha para reprimir os insultos que desejava dizer àquele sujeito, pois já estava cansada de sua atitude grosseira.Mas ela não podia falar, porque isso fazia parte do plano que elaboraram para essa ocasião.Duas noites atrás, quando soube da cruel verdade sobre o que Federico fez, obviamente ficou furiosa ao saber que ele planejava usar seu avô como moeda de troca para conseguir sua liberdade... então buscou uma maneira de recuperar seu avô e não deixá-los sair.Conhecendo aquele par, eles não saberiam que ela já podia falar... porque sempre foi assim, não se interessavam por nada que tivesse a ver com ela, a menos que se tratasse de dinheiro.Contando com essa vantagem, fizeram com que a saída ao ginecologista chegasse aos ouvidos daquele advogado para que ele buscasse usar esse dia para entrar em contato com ela.Ao confirmar que o peixe mordeu a isca, procuraram criar uma rota e um lugar seguro para que ele pudesse conversar com ela
- Hã? ah... am... desculpe, mãe - disse envergonhado, agora tentando cumprimentá-la.- Meu amor, não o repreenda - disse Enrique, aproximando-se para abraçar sua esposa - ele estava nervoso porque estava preocupado com Débora e James, tanto que no trabalho derrubou sua xícara de café duas vezes por distração.- Pai... - reclamou Jayden, corando ao ver que sua parceira ria divertida.- Bem, sendo assim, eu o perdoo - disse Samanta, deixando-se mimar por seu marido.- Você fez isso? - perguntou Débora ao seu loiro.- Am... nã... - começou a dizer envergonhado, mas então recebeu um beijo nos lábios - bem, talvez sim - declarou, fazendo seus acompanhantes rirem - e bem, me digam, como foi? O que aconteceu com aquele sujeito?- Não se preocupe, tudo está de acordo com o plano - declarou a castanha.- Embora, filho, você me deva um grande favor por isso - mencionou Samanta - já que eu realmente estava me contendo para não sair do meu esconderijo e bater naquele suposto advogado, porque ele p
No dia seguinte, Débora chegou junto com Carolina ao local indicado para assinar esse perdão, para poder libertar seus pobres pais.- Com cuidado, Deb, tem degraus aqui - dizia a castanha, segurando sua mão ao entrar no lugar."Obrigada por me acompanhar, Caro"- Está brincando? Eu não ia perder isso, você sabe que eu amo o drama - sussurrou ela, fazendo a castanha rir.Quando chegaram à porta do escritório que Camilo indicou, viram que havia uma mulher sentada em sua mesa ao lado dela.- Bom dia, viemos para uma consulta - mencionou a castanha.- Bom dia, em nome de quem está a consulta?Carolina olhou para Débora, que negou na hora - bem, não sei em que nome foi registrada, mas estamos procurando o advogado Camilo Palma, foi ele quem nos chamou aqui.- Ah... os da prática para o perdão - disse a secretária, confundindo um pouco as garotas - claro, enquanto aviso sobre a chegada de vocês, podem se sentar.- Obrigada - disse a castanha, ajudando sua amiga a se sentar na cadeira mais pr
- E aí, já terminou de ler? - perguntou Camilo, exasperado."Sim, mas não entendo... a primeira folha é o perdão, mas para que são as outras folhas?"- Por isso eu te falei, pare de ler coisas que você não entende e assine logo."Não tão rápido. Não se lembra do que eu disse?"- Do que você está falando?"Não vou assinar nada até que me entregue o que foi prometido"- Primeiro assine..."Então não"- Ei, você - falou Carolina, chamando a atenção de todos - garoto, você não tem nada a dizer sobre isso? Porque esse advogado está fazendo algo ilegal neste momento.- Hum... - o ruivo parecia um pouco nervoso com a situação.- Pelo que eu sei, um perdão não deve estar condicionado a receber algo em troca, porque é por isso que é um perdão - enfatizou a morena, cruzando os braços.- Ah... bem, isso...- Mulher, cale a boca, não fale do que não sabe - disse Camilo, irritado - e olhe, para que pare de choramingar, veja aqui - declarou, olhando para Débora enquanto tirava de suas roupas um chav
- Jeremy, estou muito decepcionado com você, olha só usar o escritório do seu irmão para fazer algo ilegal - declarou irritado - em casa vamos falar sobre seu castigo e você - disse olhando para Camilo - se sabe que por esse tipo de ação pode perder sua licença profissional, porque está chantageando essa mulher e enganou meu filho para roubar o carimbo do irmão dele.- Tsc... o que o senhor tem a ver com isso, velhote? Melhor voltar pro asilo de onde fugiu.- Mais respeito... advogado, porque embora meu pai já esteja aposentado... eu SIM posso ordenar que o proíbam de exercer sua profissão novamente... Maria, chame o pessoal da segurança.- Imediatamente, chefe - disse a secretária pegando o telefone para ligar.- Não, espere... acho... acho que isso é um mal-entendido - Camilo estava um pouco preocupado porque agora sim estava em apuros."Agora me devolva esse chaveiro que você roubou de mim" - escreveu Débora estendendo sua mão direita.- Isso não fazia parte do acordo.- De qualquer
- Esse idiota já está demorando - reclamou Federico enquanto andava de um lado para o outro em sua cela, ele disse que teria tudo pronto antes da hora do almoço.- O mais provável é que ele teve diarreia de novo e por isso não chegou - comentou Vanesa, deixando escapar um suspiro.Por sorte, os policiais os haviam colocado em celas contíguas, embora essa emoção se desvanecesse ao perceber que os colocaram juntos para poder vigiá-los melhor... mas preferiam isso a estar entre toda a população comum da prisão.- Tsc... quanto tempo pode levar para conseguir uma assinatura? - a cada minuto que passava, Federico sentia que era uma eternidade, porque não entendia o quão difícil poderia ser... já que ele sempre conseguiu esse tipo de assinaturas em segundos de suas vítimas anteriores.- Calma, amor, você vai ver que ele chega agora e nos dá a grande notícia, com certeza está demorando porque está fazendo os trâmites necessários para nos tirar de uma vez - disse ela de forma otimista.- Você
- Na verdade, não me importo, mas suponho que vocês devam procurar um novo advogado para ajudá-los com esse problema - mencionou o oficial - bem, já dei a notícia, então podem continuar com o que estavam fazendo, imaginando sua liberdade - declarou, dando meia-volta para se afastar e deixá-los sozinhos novamente.Eles estavam furiosos, esse policial só foi humilhá-los e incomodá-los com essa notícia.- AQUELE IMBECIL FILHO DA PUTA... NEM ISSO ELE CONSEGUIU FAZER DIREITO? - Federico golpeou as grades com os punhos - Qual é a dificuldade em fazer a muda assinar? Meu Deus... não devia ter confiado num idiota como esse...- Eu te disse que não devíamos confiar naquele estúpido do Alejandro.- Tá bom, mulher... admito que foi meu erro, mas não entendo como eles descobriram.- Esquece isso... agora temos um problema grave.- Qual?- Ontem você contou a ele sobre nossos planos. E se ele abrir a boca e contar ao detetive o que queríamos fazer com o bastardinho da Débora?- Cala a boca, ele sab
A um dia do julgamento, Cristian estava terminando de organizar seus papéis enquanto explicava o plano para Débora, já que ouviram que Federico e Vanesa haviam conseguido um novo advogado e queriam estar preparados para tudo, pois não sabiam o que esperar desse sujeito.Nesse momento, estavam reunidos na casa de Débora, já que desejavam aproveitar todo o tempo possível para revisar seu plano de ataque, mesmo que isso significasse trabalhar no domingo.Embora esse trabalho estivesse pela metade, porque os parceiros deles estavam terminando de preparar a comida, já que hoje James disse que queria comer hambúrguer com batatas fritas cobertas com vários molhos.- E olha, estas são as provas de... bem, você sabe, são as ordens e papéis que Federico falsificou para poder fazer com que seu avô e sua mãe... bem... isso... - disse Cristian fazendo uma careta antes de olhar para a direita, já que na prateleira daquela parede havia colocado o chaveiro que recuperaram junto com uma foto do avô e d