"Eu ainda não morri." pensei sentindo o ar fresco batendo em meu rosto.Em algum lugar, alguém continuava me mantendo viva para sofrer um pouco mais nas mãos daquele maldito rei. Eu não queria mais pertencer àquele lugar, não queria mais fazer parte daquilo, mas ainda assim continuavam a me manter viva, para ser o divertimento da corte. Para ser a punição mais louvável que todos poderiam sofrer caso fossem contra aquele ser cruel."Kayla?" ouvi uma voz sussurrar em meus ouvidos, mas não abri os olhos. Até mesmo esse movimento doía. "Kayla, acabou, querida. Acabou, volte para nós." Aquela voz era de Clarissa, eu tinha certeza. Ela era a única que me ajudou nos primeiros dias, até que aquilo se tornou perigoso demais e a afastei. "Oi..." sussurrei sentindo minha garganta arder pelo tempo em que fiquei sem falar nada e pela sede que sentia."Oi, meu amor." ela falou com a voz embargada. "Oi, minha menina. Acabou, você está segura agora." Segura? O que isso queria dizer? Tyler me prom
Demorei alguns dias para entender que ainda estava em Thalassia, dentro da enfermaria do castelo. Clarissa não deixou mais que Tyler viesse até mim.Eu dormia boa parte do dia e da noite, e os poucos momentos acordadas eu tentava me alimentar da forma que o médico tinha pedido para que eu ganhasse peso e as forças perdidas.Minha recuperação estava lenta, por não haver reservas em meu corpo, entã
Lucy falou comigo sobre mais alguns acontecimentos de Kingswoos e o único que eu acreditei foi sobre a rainha Cecil. Aquela mulher era uma víbora tão peçonhenta quanto Penélope.Os dias continuaram a passar e as ataduras estavam sendo retiradas aos poucos. Meu corpo começava a responder as minhas ordens e eu já não sentia tanta fraqueza ao ficar de pé."Mandaram-me entregar isso para a se
TylerO escritório do rei era exatamente o que eu esperava, cheio de mobílias sem utilidades, livros intocados e papeis contábeis ignorados.Aquele monarca não tinha qualquer pretensão de gerenciar o reino. O que ele queria era mostrar poder e assim deixava o reino padecer. TylerAndei em direção à sala onde Klaus e Robert costumavam ficar com os principais comandantes da guarda. Todos estavam sentados e relaxados, suas expressões eram tranquilas e confiantes."Preciso que me acompanhe." falei olhando para Klaus que se levantou imediatamente.Ele andou em silêncio ao meu lado e permanece assim até chegar a minha nova sala."Descobriu alguma coisa?" perguntei me sentando."Os guardas não querem falar nada, sabem que vamos agir assim que suas palavras ganharem vida.""Mate o líder, de uma forma bem lenta e dolorosa. Quero que eles escutem. Não vou mais esperar por respostas."56. Descobrindo a Verdade
"Bem-vinda a sua nova vida, prisioneira." Penélope me encarou e depois correu os olhos pelos criados ao seu redor, erguendo os olhos para os membros da corte de cochichavam entre sí."Façam alguma coisa." ela gritou se debatendo. "Vocês são meus súditos, devem me proteger." não havia um pingo de remorso ou medo em suas palavras. Ela acreditava fielmente que qualquer um ali se levantaria contra mim."Eles vão fazer, não se preocupe." comecei a descer a escada que levava diretamente para a aren
TylerAndei em direção à biblioteca do castelo. Precisava encontrar alfo que deixasse Kayla mais à vontade comigo. Queria que ela se lembrasse do tempo em que leitura era algo que compartilhávamos, queria que ela se lembrasse de mim.A biblioteca era sombria e a impressão que eu tinha era que os livros nunca tinham sido lidos. Observei cada prateleira e nada parecia interessante, até que um título me chamou a atenção. Puxei o exemplar velho e descascado, com páginas amareladas.
TylerAssim que Lucy saiu de minha sala, pensei no que fazer para mostrar a ela que eu não era nenhum monstro, e que tudo o que inventaram para ela nesses 6 meses era mentira.Eu não entendia muito sobre a mente das pessoas, a única coisa que resolvi me especializar foi no corpo e isso eu tinha certeza de que estava em plena recuperação.Kayla já não aparentava tantos hematomas nem feridas,