Simão se aproximou e chamou: — Ana. Ana assentiu e disse: — Você chegou? Simão se sentou ao lado dela e, enquanto montavam o quebra-cabeça juntos, comentou: — Eu fui ao cinema com a minha mãe agora há pouco. E também vi a sua mãe lá. Ana estava concentrada encaixando as peças, mas, ao ouvir aquilo, levantou a cabeça imediatamente. — Você viu a minha mãe? Onde? — No cinema. Ana franziu os lábios e retrucou: — Impossível! Minha mãe está muito ocupada. Ela não tem tempo para ir ao cinema. Você com certeza se enganou. Simão não gostou do que ouviu e rebateu, irritado: — Eu não me enganei! Tenho certeza de que era a sua mãe. — Você está mentindo! — Ana não acreditou nem por um segundo. Na noite anterior e naquela mesma manhã, ela tinha ligado para a mãe várias vezes, mas Isabela nem sequer atendeu. Como poderia ter tempo para ir ao cinema? — Não estou mentindo! — Simão insistiu, se sentindo injustiçado. — E sua mãe não estava sozinha. Ela estava com outra crian
Simão simplesmente não suportava ser acusado de mentir. Com as palavras reconfortantes de Júlia, seu humor melhorou imediatamente. Ao lado, Ana também parou de chorar. Sim, era bem possível que Simão tivesse confundido as pessoas. Aquela mulher talvez nem fosse a mãe de Ana. Ao pensar nisso, ela se sentiu muito melhor. Mas, logo em seguida, se lembrou de que Isabela já havia elogiado Nina antes, dizendo que ela era muito fofa. Além disso, elas pareciam até ser bem próximas. Esse pensamento fez Ana agir sem hesitar. Sem nem se preocupar em enxugar as lágrimas, ela estendeu a mão e começou a revirar o bolso de Pedro. — Papai, o celular. Pedro, ao ouvir Júlia, já tinha uma noção do que estava acontecendo. Com o polegar, ele limpou delicadamente as lágrimas dos olhos de Ana e, sem questionar, entregou-lhe o celular. Ana rapidamente digitou o número de Isabela e fez uma ligação. Isabela já havia terminado de assistir ao filme. No momento, estava na área de jogos
Elas já sabiam disso há muito tempo. Agora, ao ouvir Mônica falar sobre o assunto, Yasmin ainda assim sorriu, muito feliz. No entanto, Sofia continuava concentrada na leitura, sem qualquer reação no rosto. Esther também. Parecia que Isabela já não merecia mais a atenção delas. Vendo que Mônica ainda tinha a intenção de continuar falando, Esther interveio com um tom tranquilo: — Mônica, sua irmã está estudando. Não faça barulho para não atrapalhá-la. — Oh... — Mônica olhou para Sofia, que parecia tão aplicada, e comentou. — O professor não chegou de manhã? Já são mais de cinco da tarde e a minha irmã ainda está estudando. Só de olhar, já fico cansada. Ela não se cansa? Yasmin respondeu: — É claro que ela está cansada. Mas sua irmã nasceu para grandes feitos. Sempre digo para você aprender com ela, mas você insiste em não me ouvir. Depois de dizer isso, ela sorriu e se preocupou com Sofia: — Sofia, é bom se esforçar, mas também é importante descansar um pouco. Que t
Na noite em que publicaram oficialmente a tese, eles convidaram Rodrigo para sair para jantar. Desta vez, Rodrigo não recusou. Ao chegarem ao restaurante, Isabela desceu do carro junto com Rodrigo e Luís e subiu as escadas sem notar que o carro de Filipe estava estacionado não muito longe do deles. Filipe, por outro lado, ao avistar Isabela e os demais, hesitou por um instante antes de abrir a porta do carro. Ele esperou dois ou três minutos antes de finalmente sair, carregando Kelly, que dormia em seus braços. Diogo foi o primeiro a chegar. Ao vê-lo, ele disse: — Você veio? Filipe assentiu. — Sim. Poucos minutos depois, Kelly acordou, e Pedro, Sofia, Ana e Mônica também chegaram. Ao ver Mônica, Filipe abaixou levemente o olhar. Mônica, no entanto, parecia animada e se aproximou rapidamente, cumprimentando ele com uma voz delicada: — Oi, Filipe. Filipe a encarou friamente, sem responder. Mônica ficou um tanto sem jeito. Nesse momento, Ana se aproximou e, a
— Filipe? Pedro, Diogo e os outros ficaram surpresos ao vê-lo se levantar de repente. Notando a expressão um tanto estranha em seu rosto, perguntaram: — Aconteceu alguma coisa? Filipe voltou a si, mas seu olhar pousou em Pedro e Sofia antes de balançar a cabeça lentamente. — Nada. Depois de dizer isso, se sentou novamente. Mônica chamou por ele: — Filipe, eu... Mas Filipe parecia não ter ouvido. Se virou para Kelly e perguntou com voz suave: — Kelly, você está com sede? Quer beber água? — Quero. Kelly correu até ele, tomou dois goles de água diretamente de sua mão e, em seguida, voltou para conversar com Ana. Antes disso, elas estavam falando sobre o brinquedinho que Ana tinha trazido para Kelly. Depois de beber água e voltar para perto de Ana, Kelly pegou um brinquedo e o entregou a ela. — Comprei isso quando fui ao cinema. É para você. Ana ficou encantada e pegou o presente com surpresa. — Você também foi ao cinema? — Sim! Meu tio e minha tia me leva
Luís massageava a cabeça dolorida, sentindo os olhos tão pesados que mal conseguia mantê-los abertos. — Eu sabia que você também ainda não tinha dormido! — Vou descer para tomar café da manhã agora. Daqui a pouco a gente conversa? Mesmo com os olhos ardendo e o corpo exausto, Luís se sentou na cadeira com um ar entorpecido, mas sua voz transbordava animação. — Conversar? Claro que sim! Afinal, a inspiração podia desaparecer num piscar de olhos. Era melhor aproveitar enquanto ainda a tinham. — Certo. Depois do café da manhã, Isabela estava prestes a fazer uma chamada de vídeo com Luís quando recebeu uma ligação de João. — Acabei de receber uma chamada do advogado do Pedro. Os títulos de propriedade das três mansões que o Pedro transferiu para você há um tempo já estão prontos. Mais tarde, vou buscá-los. Quando você pode passar para pegá-los? Se não tiver tempo, podemos marcar um horário e eu levo para você. Isabela quase tinha se esquecido disso. Mas, no momento, sua m
Ela ainda estava pensando nisso quando Filipe avistou seu carro e caminhou em sua direção. Isabela abaixou o vidro lentamente. — Presidente Filipe. Filipe cumprimentou ela: — Bom dia. Isabela assentiu. — Bom dia. — Dizendo isso, perguntou. — Presidente Filipe, você veio aqui por algum motivo específico? Na verdade, Filipe não tinha um motivo concreto para estar ali. Ele apenas se lembrou das suspeitas que surgiram em sua mente na noite retrasada. Então, disse: — No sábado passado, na porta do restaurante, vi você com o Presidente Luís e o Sr. Rodrigo. Isabela escutou, mas ainda não entendia por que ele estava falando sobre isso de repente. Antes que pudesse perguntar, Filipe continuou: — Você também foi aluna do Sr. Rodrigo, não foi? Isabela ficou surpresa, franzindo a testa ao encará-lo. — Você... Mas, ao ver a reação dela, Filipe já teve sua resposta. — Então, quer dizer que esses dois projetos da CiaPlus também foram desenvolvidos sob sua liderança? I
Ela estava prestes a avançar para receber a pessoa quando, por trás de seu parceiro comercial, uma silhueta familiar surgiu. Ao ver David, Isabela manteve a expressão inalterada. David, por sua vez, não a notou, mas o jovem de dezessete ou dezoito anos ao seu lado acenou animado na direção oposta da saída: — Mãe, mana, eu e o papai estamos aqui! Ao ouvir aquelas palavras, Isabela parou abruptamente. De repente, entendeu quem ele era. Virando a cabeça, ela de fato viu Esther e Sofia. Esther e Sofia sorriram, enquanto Moisés Mendes correu animado até elas. Nesse momento, Durval, parceiro comercial da CiaPlus, se aproximou de forma sorridente e a cumprimentou antecipadamente: — Srta. Isabela. Isabela soltou lentamente a mão que havia apertado com força, desviou o olhar e, com um sorriso, apertou a mão dele: — Presidente Durval. Foi então que Esther, David e os outros finalmente notaram Isabela. David franziu ligeiramente a testa. O sorriso de Esther diminuiu um p