Quando Amber entrou em seu quarto, ela encontrou uma enorme bagunça. Aparentemente alguém estava bisbilhotando suas coisas, e isso certamente lhe deu um gosto ruim na boca: "Quem iria querer vasculhar meus pertences?" Ela pensou franzindo a testa enquanto andava de um lado para o outro, desnorteada.Ela saiu da sala furiosa para perguntar a Ramona, que havia entrado em seu quarto, mas encontrou a figura de Astrid no corredor.—O que você está procurando, isso? —perguntou ela com um sorriso torto.Amber sentiu um aperto no estômago ao ver o teste de gravidez na mão da garota.“Você não tem o direito de interferir nos meus assuntos”, respondeu a ruiva, cerrando os dentes.Astrid era bem mais alta que ela, na verdade era alguns centímetros mais alta que ela, porém, a figura da menina não intimidava a pequena Amber, seus olhos âmbar fitavam firmemente a mulher em questão.—Sim, sim eu tenho o direito, porque sei perfeitamente de quem é o filho que está dentro de você —Amber sentiu a corre
—Você está vendo esse pontinho aqui? Amber assentiu, com os olhos cheios de lágrimas. Esse é o seu bebê.As palpitações cardíacas da ruiva aceleraram quando ela viu e ouviu seu bebezinho. Felizmente foi apenas um. Amber agradeceu a Deus por isso, porque ter que lidar com vários bebês, sem dinheiro e sozinha seria definitivamente muito difícil.Ele inspirou, tentando se controlar, observando enquanto o médico limpava o gel de sua barriga ainda lisa.—A que horas você consegue ver o sexo do bebê? —Ela perguntou, abotoando a calça branca, cortando alguma coisa.“A partir das dezesseis semanas poderemos ver”, respondeu gentilmente o médico.Amber pegou o eco nas mãos e saiu da clínica.Ela estava tão distraída que não percebeu a figura imponente atrás dela, aquele cheiro agradável, e aquela sensação imponente que transmitiam, era muito difícil não reconhecer.Virou-se ligeiramente, com o coração na boca, e viu Fernando Laureti com um sorriso nos lábios;—Eu encontrei você—Amber colocou as
O rosto de Fernando passou de vermelho a branco pálido em questão de segundos. Ele se levantou sob o olhar nervoso de Amber e caminhou pela pequena sala.-Grávida? —Amber assentiu, mordendo o lábio. “Andrea?” É óbvio — ele segurou a cabeça entre as mãos — Como? Não me diga —Amber não pôde deixar de sorrir —Você sabe o que isso significa para mim, não é?"Não, eu não sei", disse ela, olhando para baixo.—É como se ele fosse meu filho! —ele tocou a testa que começou a suar—, somos gêmeos, 97 por cento genéticos. Essa criança é minha, Amber.Âmbar franziu a testa.Este aqui é totalmente maluco, pensou ele, balançando a cabeça.—Precisamos conversar com Andrea, isso é muito importante, seremos pais, é uma ótima notícia, mas... O que os pais devem fazer? Porra! “Isso é algo sério”, ela falou com ele enquanto caminhava de um lado para o outro.—Fernando, Fernando, FERNANDO! —Amber gritou para chamar sua atenção. Fernando virou-se para vê-la. Não contaremos a Andrea, e você tem que prometer
Amber não sabia o que fazer, cada parte do seu ser estava rígida como um pedaço de pau graças ao homem que estava na sua frente, um homem que ela amava, um homem com quem ela sonhou todas as noites daqueles dois meses e um homem que olhou para sua barriga com óbvia surpresa.-Está grávida? —ele perguntou surpreso.Amber não sabia o que responder, gravidez era para ser um assunto que Andrea ainda não deveria saber, mas ele estava lá, olhando para a linda barriga de Amber com os lábios abertos e os olhos brilhando."Meu Deus! O que eu faço?, pensou Amber, nervosa."Não, bem, não estou grávido, só comi uma bola", ele respondeu de repente e Andrea sorriu tristemente.Eu queria abraçá-la, queria beijá-la. Eu tinha esquecido como era sorrir, tinha esquecido como era ouvir aquelas piadas, tinha esquecido como era ser feliz.—Amber, que bom ver você, eu..."Sinto muito, Sr. Andrea, tenho trabalho e não posso continuar falando com você", ela tentou se virar, mas Andrea agarrou seu braço.—Você
Será que existem coincidências? Bom, é um mistério, ou simplesmente, é a vida colocando tudo no lugar perfeito, o motivo, não sabemos e acho que nunca saberemos.Andrea estava lá com alguns ecos nas mãos que Amber não sabia de quem eram. Por um momento muitas ideias malucas passaram por sua mente, mas o que o homem em questão disse a deixou estática.—Você sabia que ela ia ter meu filho e não me contou nada? —disse ele olhando para Fernando—Você veio aqui ver meu filho? Ou você gosta de âmbar? —ele perguntou irritado.As veias da testa de Andrea ardiam naquele momento. Ele estava furioso, sempre teve um caráter estóico e ainda mais agora, quando estava cansado de tanto olhar para sua vida.“Andrea, posso te explicar, você não precisa pensar que gosto de Amber”, respondeu Fernando com sinceridade.—Não, então por que você não me contou que estava grávida?—Porque você estava ocupado com sua família. —Amber interveio com o rosto vermelho.—Eu não vou discutir com você Amber, você não es
Um cálculo matemático foi formulado na mente de Andrea Laureti, milhões de pensamentos o invadiram, pois, não só existia a possibilidade de Dante ser filho de Fernando, mas também existia algo chamado lealdade, uma lealdade que Fernando não havia cumprido, e se houvesse. era algo que Andrea se importava, era a família dela.—Você está brincando comigo? Isso é uma piada? —ele perguntou, morrendo de medo.Fernando suspirou e em seguida levantou-se do assento onde estava.—Sinto muito, não, e sinto muito em te dizer até agora Andrea, é que...— Cala a boca, Fernando! Fique quieto! Não me diga merda nenhuma, não acredito que você estava transando com minha esposa enquanto ela estava comigo.—É isso... é isso... as coisas não eram assim, quando descobri que ela estava namorando você parei de procurá-la, Andrea, isso foi há cinco anos.Andrea olhou para seu gêmeo, como se ele fosse um maldito reflexo dele, ele era seu irmão, o homem que ela mais amava depois de seu pai.—Dante é seu filho?!
Amber era a perfeição transformada em mulher, tudo nela era beleza, tudo nela era deslumbrante, e ela sabia disso, porque, quando colocou o vestido prateado, todo brilhante que ela havia usado naquele dia de inauguração da grife isso era de sua mãe, ela estava linda, sua barriga de alguns meses a deixava sexy, somando a isso seu lindo cabelo, e seus olhos claros que contrastavam com seu rosto.Ela delicadamente maquiou o rosto e pegou a bolsa para descer. Álvaro disse-lhe que chegaria cedo à entrada de sua casa. Amber estava pensando seriamente em arriscar com sua professora. Era uma mulher cansada de sofrer e via em Álvaro a fuga da dor que sentia todas as noites ao imaginar Astrid fazendo amor com Andrea. Sim, ela sabia que se contasse a Andrea o que sabia, ele certamente a mandaria investigar com Astrid, mas sentia no fundo que Andrea Laureti merecia sofrer, merecia perceber, tarde demais, que tipo de pessoa ela era. Astrid.Ao chegar ao térreo, descobriu que todas as luzes de sua
Andrea se lançou sobre a mesa e começou a jogar tudo em seu caminho, levando consigo a garrafa de uísque que haviam aberto alguns minutos antes.—Andrea, eu sei como é, mas não dê isso a ela! Ele não merece isso! —disse Fernando abraçando o irmão por trás.Andrea caiu no chão, e com isso Fernando atrás dela. Suas lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto e o aperto em seu peito não o deixou respirar.-Xingamento! Ele deixou seu filho! Estou deixando para ficar sacanagem! Meu filho não se importou! Porra! Dante não se importou! –Ele gritou cheio de dor.—Dante não pode ficar perto dela, ouviu? —disse Fernando, pegando com as mãos o rosto vermelho e encharcado do irmão.Andrea assentiu como uma criança e então levou as mãos às têmporas e apertou-as com força.—Você é pai de Dante? —Andrea perguntou temendo a resposta do homem."Não", respondeu Rodrigo enquanto balançava a cabeça, "sou estéril."Essas palavras doeram um pouco, porque isso significava que o filho que Astrid esperava po