Entre corredores médicos

Estar num hospital nunca foi tão recorrente para mim como nas últimas vezes, muito menos tão tempestuoso como tem sido até agora. Olho para minhas mãos cheias de sangue e tento limpá-las com a calça que estou vestindo. Provavelmente os enchi tentando carregar Amber. Um nó se instala na minha garganta, só de lembrar dela banhada em sangue, ela é tão pequena, tão frágil, que o que aconteceu me incomoda ainda mais.

-Quer café? —Aidan pergunta, sentando ao meu lado.

Concordo com a cabeça e levo o copo à boca.

Enquanto bebo café, lágrimas caem dos meus olhos novamente. Aidan me dá um tapinha nas costas e pergunta:

-O que aconteceu? Quem quer machucar Amber? —Não respondo nada —Andrea! —ela levanta um pouco a voz e se vira para olhar para ele.

Estou ciente de que meus olhos azuis estão fixos nos olhos dele. Meu olhar está perdido, eu sei disso, e nunca imaginei ter meu olhar perdido como até agora.

“Minha esposa, Astrid, ela e seu amante querem nos machucar.” Esfrego o rosto com as mãos e s
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