O carro freou bruscamente.Rafael tinha uma expressão sombria e fria, com um leve tom de obscuridade em seus olhos, olhando para aquelas duas pessoas. Por algum motivo, uma raiva inexplicável surgia em seu coração, incontrolável.As buzinas dos carros atrás começaram a soar, exigindo movimento, pois parar ali não era permitido. Com um semblante indiferente, Rafael pisou no acelerador e rapidamente deixou o local.Sarah e Osvaldo compraram muitos itens.Hoje, principalmente, foi Osvaldo quem pagou, visto que Éder, da família Andrade, o colocou para trabalhar na empresa, e ele retomou seu papel de rico arrogante da segunda geração.Com um certo embaraço, Sarah abraçava os presentes ao entrar no carro e, com uma cortesia forçada, disse:— Essas compras foram demais, como vou usar tudo isso?"Quando Osvaldo passou o cartão, pagou milhões sem piscar um olho, nada parecido com o rapaz pobre que pedia dinheiro emprestado antes."Osvaldo, com um gesto largo, sorriu e disse:— Não finja, você
"Ele pensa que só porque é o Rafael, pode fazer o que quer?"Rafael virou a cabeça, seus olhos indiferentes e sobrancelhas afiadas exibindo um ar de frieza.Ele observou os itens que Sarah tinha comprado, seus olhos se aprofundaram levemente:— Você comprou isso para o Osvaldo, ele tem coragem de aceitar?Ele claramente não havia esquecido que ela havia jantado com Osvaldo e depois comprado abotoaduras para ele.Sarah permaneceu imóvel, encarando-o friamente:— Você mandou alguém me seguir?Rafael se levantou, sua presença subitamente se tornando mais imponente e intimidadora.Ele caminhou em direção a ela, seus olhos e sobrancelhas carregados de severidade e restrição, sua voz profunda e sombria:— Não continue se encontrando com ele, não permita que ele venha procurá-la, entendeu?Sarah olhou para ele, confusa, suas sobrancelhas franzidas:— O que isso tem a ver com você?Para ela, a postura de Rafael era ridícula, por que ela deveria cortar laços com Osvaldo?Ela conhecia Osvaldo mu
Sarah sorria encantadoramente, parecendo um tanto destemida.Já que ele havia entendido mal seu casamento com Davi, não havia necessidade de explicar, melhor deixá-lo pensar assim.A expressão de Rafael escureceu, se tornando sombria.Suas palavras o fizeram sentir como se tivesse algodão preso na garganta, sufocando-o."Eu poderia me contentar em ser apenas uma amante?""Isso seria motivo de riso para todos!"Rafael disse: — E se eu disser que você deve se divorciar?Sarah, com um ar frio, caminhou até o sofá e se sentou com um sorriso leve e distante: — Então não há nada para discutir, você pode ir embora agora.Sua atitude enfureceu Rafael extremamente."Ela gosta tanto de Davi?""Não, ela apenas gosta de ser Sra. Rocha!"Ele reprimiu as emoções tumultuadas em seu coração, respirou fundo e resistiu ao impulso de sair batendo a porta, permanecendo firme ali: — Você não precisa se divorciar, mas enquanto estiver comigo, não pode estar com outros homens.Como uma chama intensa sob u
Cláudio disse:— Sim, nosso Presidente Rafael não tem tempo, nem à noite, nem amanhã, desculpe...Rafael, rapidamente pensativo, se aproximou, escondendo o cansaço e a fadiga:— De quem era o telefone?Cláudio desligou o telefone, pausou por um momento, visivelmente sem escolha:— Era o assistente Murilo, da Srta. Sarah do Grupo Dias. Ele queria marcar um jantar com você e Maitê. Não havíamos combinado que, sobre este projeto, só deveríamos conversar em encontros privados, evitando discussões abertas?O olhar de Rafael escureceu, fitando-o sombriamente, com uma expressão fria e imponente.— Pessoa da Sarah?Cláudio assentiu.Pessoa da Srta. Sarah, mas o assunto era o projeto, não questões pessoais, o Presidente Rafael sempre fez a distinção entre o público e o privado, então ele recusou!Cláudio estava confiante de não ter cometido erros.Nunca antes Rafael se sentiu tão irritado.Ele havia esperado por um encontro a noite inteira, apenas para seu assistente cancelá-lo?Olhou furiosame
As palavras de Maitê tornaram o ambiente instantaneamente tenso.A expressão de Rafael permanecia impenetrável, não revelando qualquer emoção.Ele olhou involuntariamente para Sarah e então, como se nada tivesse acontecido, se virou e disse:— A família Lopes já enviou alguém para cuidar dela, ela não voltará tão cedo.Maitê suspirou, como se estivesse apenas comentando casualmente:— Ela acabou de chegar ao País das Colinas Verdejantes e já foi assaltada, que azar, parece que nosso país é mais seguro mesmo!Sarah levantou levemente as sobrancelhas."Então Joyce não contou o que aconteceu naquele dia.""Por quê?""Será que é por se sentir culpada?"Sarah baixou os olhos e sorriu levemente, mantendo uma distância cortês e reservada em relação ao assunto discutido.Finalmente, Maitê trouxe a conversa de volta ao assunto principal:— Srta. Sarah, é surpreendente que você tenha transferido o projeto do Grupo Céu Estrelado para o Grupo Dias, mas considerando a competência do Grupo Dias, não
Rafael não foi tão absoluto em suas palavras, indicando que ainda havia possibilidade de negociação. Afinal, ele e Sarah mantinham uma relação um tanto nebulosa em outro nível, então era melhor não expor os conflitos publicamente. Maitê recebeu uma ligação informando que alguém a esperava lá embaixo. Ela avisou Sarah e Rafael antes de partir. Sarah e Rafael ficaram frente a frente em silêncio. Rafael recordou a noite anterior, quando ficou esperando sozinho, e sentiu um gosto amargo na boca: — Por que você não entrou em contato comigo diretamente ontem à noite? Sarah semi-cerrou os olhos e sorriu, com uma voz clara e suave: — Porque isso é assunto de trabalho. — Ela pausou por um momento, de repente levantou os olhos. — Você queria que eu te contatasse? Os lábios finos de Rafael estavam apertados, seus olhos escuros como água, e um botão de sua camisa estava desabotoado, revelando um pescoço com linhas afiadas que se moviam levemente conforme ele falava: — Você cort
Chegando ao térreo da Mansão das Nuvens Perfumadas, Rafael não mostrava sinais de querer partir. Sarah o olhou várias vezes, mas Rafael fingiu não ver: — Vamos, suba. Sarah riu levemente e assentiu com a cabeça, levando-o diretamente para o andar superior. O golden retriever, chamado Riqueza, já havia sido levado para a mansão e, ao ouvir os sons, correu alegremente para a porta. Assim que Sarah entrou, ele começou a girar ao redor dela, abanando o rabo tão rápido que quase formava uma imagem duplicada. Vendo-o, Sarah sorriu e, alegre, jogou o presente que carregava e o abraçou: — Riqueza, você já comeu? Riqueza, com a língua de fora, olhou para ela excitado, embora não entendesse, mas de modo muito encorajador. Rafael, parado atrás dela, franzia a testa ao ver a cena. O design do local era surpreendentemente simples, embora os detalhes fossem delicados e acolhedores, sugerindo uma estética mais feminina, no entanto, o esboço geral do design parecia mais do gosto ma
Rafael, sempre acostumado a controlar as situações, não permitiria que ficasse constantemente em posição submissa, almejando retomar o beijo anterior.Mas Sarah já havia recuado um passo, recuperando sua racionalidade e frieza:— Já é tarde, você não vai embora?Rafael franzia a testa.Sarah sorriu, seus lábios brilhavam tentadoramente, ela disse:— Você é meu amante, claro que deve me obedecer.Rafael a observou por alguns segundos, um sorriso descuidado brotou em seus lábios, e então ele se sentou no sofá ao lado, recuperando sua aparência anterior, mas com um toque de erudição e languidez em seus olhos e sobrancelhas, ele comentou:— Sarah, você está brincando comigo? Se temos esse tipo de relação, por que me rejeita?No fim das contas, ele era um empresário que não aceitava desvantagens, Rafael a encarava diretamente.Sarah caminhou até o outro lado e se acomodou preguiçosamente em uma poltrona:— Rafael, para você, sou uma mulher interessante. Mas para mim, já não tenho mais inter